15- O Que Pode Piorar...?

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Respirei muito fundo para conseguir sair da sala e continuar a ver o andar do evento. No caminho de volta, encontro com o ator Joss WayAr que acabou de passar pela porta do banheiro masculino. Ele sorriu, dando passos em direção a mim, esticou a mão em uma saudação e eu apertei-a.

"Você está bem?" Ele me perguntou baixo olhando para os funcionários que passavam perto de nós dois. Balanço a cabeça soltando um ar que deixei preso em meus pulmões. "Eu sem querer vi o que aconteceu com você" Seus olhos se direcionaram a mim, analisando-me aos poucos. Dou um sorriso sem respondê-lo, eu ainda não quero falar sobre isso abertamente com outra pessoa. Quero esquecer e reerquer minha cabeça para ir até o fim. Eu não estava fazendo absolutamente nada com o diretor geral, eu e Max sabemos disso. O que me afetou foi JK chamar atenção de todos e falar mal sobre o meu caráter. Eu coloquei em minha cabeça que não estou devendo nada a ninguém.

Na porta do evento, Joss abriu-a me dando passagem para entrar primeiro. Tudo já estava ao normal e eu olhei no relógio para ver se falta muito para o fim do evento.

Fiquei deslocada em um canto para não causar mais nenhuma confusão com JK. Tenho quase certeza de que estou sendo observada por ele em algum canto. Eu sinto um olhar frio em direção a mim, mas não consigo encontrar onde está.

Depois de um tempo, o evento chegou ao fim. Os seguranças trancaram a porta de saída para ninguém sair. Aye tomou posse do microfone no palco começando a dizer sobre o ocorrido. Eu me atentei na mulher que falava cada palavra gentilmente. Deixou claro para todos e perdiu a permissão para olhar a câmera de cada um. Pediu também para cancelar qualquer planejamento que tenham em mente de fazer algum artigo sobre o que aconteceu. Caso publiquem algo, ela processará a empresa independente de qual ela seja. Foi só permitido divulgar sobre coisas do lakorn. Ao finalizar, permitiu os seguranças a abrirem a porta e olhar a câmera de cada fotógrafo que está saindo.

Eu fiquei muito feliz que ela quiz me ajudar de alguma maneira, porque eu não via uma saída para resolver o que aconteceu.

Um pouco nervoso, o assistente se aproximou de mim ao fundo da sala com uma pasta em mão. Meu coração celerou apenas em ver como ele está, pode ter acabado tudo aqui. Eu tenho que me preparar para o pior.

- JinJoo, o diretor Max Nattapol quer fazer uma reunião rápida com você.- Ele olhou na pasta depois olhou ao redor- Tem alguma sala que podemos usar?

- A sala R2 está vazia, é nesse andar mesmo. Próximo ao elevador.- Dei as instruções e ele saiu.

Sobre isso, eu não preciso perguntar do que se trata essa reunião, é uma coisa que dá para adivinhar sem pensar muito. Acabou a participação no Lakorn. Acabou expandir para Tailândia, acabou.

Saio da sala que estão desmontando algumas coisas do evento indo para a R2 pensativa sobre o que acabei de perder. Parada na porta, fecho meus olhos e tento tranquilizar minha mente. Inspiro e expiro devagar tentando me manter em paz. Dando alguns passos para trás, recuei caminhando até o banheiro feminino. Fechando a porta, me aproximei da pia e abro a torneira. Enchendo minha mão de água, passo no rosto. O som da água caindo estava me tranquilizando, meu rosto molhado me trazia para a realidade de uma forma menos cruel. Eu tinha que pensar na possibilidade de tudo dar errado. Inspiro e expiro outra vez, contando até cinquenta. Eu consigo manter o controle. Me olho no espelho e prendo meu cabelo. Pegando papel, seco meu rosto, finalizando a contagem até cinquenta. Ajeito meu vestido Chemisier de seda especial da Louis Vuitton, agora estou melhor. Estou pronta para ouvir qualquer coisa. Fecho a torneira e saio do banheiro.

Andando até a sala, uma voz desesperada masculina me chama, fazendo-me olhar para trás. Dando atenção a ele. Se aproximando rápido, ele nem esperou um tempo para respirar.

Meu Caminho Incerto - Jeon JungKookOnde histórias criam vida. Descubra agora