Meu Caminho Incerto - Jeon JungKook

27- O Que Eu Realmente Sinto...?

Me alongo ainda sentada na cama bastante sonolenta. JungKook dorme tranquilamente ao meu lado, infelizmente vou ter que fazer o sonho dele chegar ao fim. Dando algumas batidas leves em seu peito, chamo pelo seu nome esperando alguma reação do mesmo. Se virando para o outro lado, se cobriu fazendo um som para não ser incomodando de novo. Eu tenho que acordá-lo, prometi para Aye que hoje nós vamos à praia, uma das maravilhas da Tailândia. Faz todo o sentido o clima  ser do jeito que é, as praias estão aí para ajudar a refrescar.

Dou mais alguns tapas em seu braço levantando da cama para tomar um banho, tiro minha lingerie de olhos fechados e entro no box ligando o chuveiro para me despertar por completo. Água não me despertou, apenas me deu mais vontade de continuar dormindo. Estou parecendo um dos zumbis de The Walking Dead, minha aparição na série custou caro, pena que eu não passei de figurante. Brincadeiras a parte, mas eu estou realmente parecendo, meu corpo está mole, meu cabelo bagunçado e meu rosto? Ainda não tirei tempo para ver o resultado de um bom tapa no rosto.

Entrando toda no chuveiro, deixo molhar meu cabelo passando meus pés no chão brincando com a água que caía. 

– Amor? Vai demorar?– Falou do outro lado da porta.

Sua voz me fez despertar, pela primeira vez eu escutei ele me chamar de "amor". Pode não parecer nada, mas meu coração acelerou ao escutar essa palavra de carinho, isso me faz sentir mais próxima e mais acolhida do que eu era antes. É como se eu tivesse dado mais um passo para frente para chegar até ele. Eu ganhei o mundo.

– Amor?– Deu toques suaves na porta.

Saio dos meus pensamentos ainda sentindo a sensação de ter ganhado o mundo de uma vez só e dou um sinal de que ele pode entrar. Eu vou demorar, acabei de entrar no banheiro.

Abriu a porta do banheiro me deixando ver seu rosto, seus olhos quase fechados o impedia de ver, e caminhou até o vaso com passos vacilantes. Quando abriu a tampa eu parei de prestar atenção para dar privacidade para ele fazer suas necessidades. Volto a ficar atenta em meu banho escutando, que era impossível não escutar, ele urinar. Mesmo o barulho da água do chuveiro caindo ao chão, não impedia de escutar sua urina cair dentro do vaso. Terminando, deu descarga e lavou a mão saindo do banheiro. 

Por que parece que ele ainda está dormindo?

Fecho o chuveiro para escutar o que ele está fazendo no outro cômodo, consegui ouvir no momento certo que se jogou na cama e gemeu. Chamo pelo seu nome do banheiro não recebendo nenhuma resposta dando-me a certeza de está mais dormindo do que acordado.

Terminando de tomar meu banho, saio do banheiro com minha roupa de praia já preparada em meu corpo. Estou animada para sentir novos ares. A Coreia é um bom país, porém, como eu vivo lá, não tem tanto impacto como conhecer algo novo. Amo demais meu país e seus pontos turísticos que eu já visitei mais de milhares de vezes. Minha mãe adora eles, se for possível passa por pelo menos em dois deles toda semana. Ela é apaixonada por paisagens. Eu já disse que ela é a melhor fotógrafa? Se sim, seria um problema eu falar de novo? Acho que não. Todos os seus trabalhos são incríveis, desde quando ela começou a seguir a carreira de fotógrafa até agora. Tem um jeito único para fotos que eu saberia de longe que foi ela quem tirou. Minha própria mãe foi responsável pelo meu álbum de fotos que eu não sei por qual milagre ela ainda não mostrou para JungKook. Ela adorava mostrar minhas fotos de quando pequena para Lisa e ela adorava vê-los. Devo admitir, eu era muito fofa. Eu amo demais minha mãe e agradeço por todo sofrimento que ela teve em tentar me criar, eu sei que não foi fácil.

Me sento no canto da cama olhando JungKook agarrado no cobertor. Ele parece uma criança adulta quando está dormindo, isso automaticamente me faz sorrir. Porra, eu agradeço demais por acidentalmente ter conhecido o vovô jeon, que abriu o  caminho para que eu chegasse até ele, um grande caminho na verdade.

Chamo pelo seu nome esperando ele dar algum sinal de vida, me aproximando de seu ouvido falo calmamente sobre o compromisso que temos hoje com a Aye. Levantando rápido, se sentou na cama ajeitando seus fios bagunçados. Faço um movimento com a mão para se acalmar e vejo ele me olhar com atenção. Vendo o jeito que está, me fez pensar nele também, não só em mim. Quero que seja vontade dos dois para irmos à praia, não só minha. Pergunto se ele quer ir chegando mais perto dele na cama balançando a cabeça, ficou de pé olhando a roupa que está vestindo. Peço para se trocar, e menos de dez minutos ele estava pronto. Seu cabelo está bem penteado e seu conjunto de peças de roupa com a cara do Hawaii combinaram bastante com ele.

....

Sentindo a areia macia tocar meus pés e o vento vindo junto com as ondas da praia, que se perdem na parte rasa, fazendo a água quase vir até nós três, admiro o valor incontável da natureza, um lugar que a natureza proporcionou para nós. O som dos pássaros são mais nítidos, me fazendo olhar para o céu azul à procura deles que voam sem destino. Respirando o ar que vem nos abraçar de vez enquanto, sinto meu corpo relaxar. Aye, que parece vir aqui sempre, admira o mar como se fosse também sua primeira vez,  seus olhos estão brilhando e ela solta um ar pensando em algumas coisas que devem está acontecendo em sua vida. Todos temos problemas. Olhando para trás, sorriu e veio até nós que estávamos um pouco mais para trás.

Jogo minha sandália no chão e coloco minha bolsa sobre ela para não sujar me sentando ao lado das minhas coisas. Penso sobre minha vida e o que eu passei até chegar aqui. Tive muitos altos e baixos para conseguir o que eu consegui, nada foi de mão beijada, tudo foi resultado do meu suor e o dos meus pais. Nós tivemos que  trabalhar muito para chegar até onde chegou, Tailândia. E eu não deixei de lado a ideia de expandir a agência. Aye tem me ajudado muito em relação a isso, e marcamos de vermos um lugar que ela selecionou em Bangkok, como um lugar adequado para abrir a agência.

Prometi não pensar em trabalho nesse tempo, mas eu estou tão feliz por estar conseguindo. Sei que minha vida vai ficar mais corrida, eu tenho a noção disso e vou encarar esse desafio que é para a minha felicidade e a felicidade dos meus pais, não que eu esteja infelizmente agora. Quando jungKook se sentou ao meu lado, eu olhei para ele que me dava seu lindo sorriso.

– O que é a sua felicidade? O caminho para ela?– Pergunto ao perceber que, em nenhum momento, eu perguntei para ele.

Todos temos um sonho, todos temos um desejo e eu quero saber o dele, qual o caminho para a felicidade dele.

– A minha?– Se dirigiu a mim e segurou a minha mão – É  você.

Eu não esperava essa resposta. Um pouco sem jeito, eu puxo a minha mão que ele está segurando. Ao contrário de mim, ele sempre pensa em nós, eu me sinto tão egoísta por pensar em trabalho, expandir para a Tailândia, que eu acabo me perguntando se eu realmente o amo, que tudo não passou de desespero por está sozinha e que coloquei ele ao meu lado para suprir minhas necessidades. Me sinto tão péssima por isso.

– Tudo bem que sua felicidade seja outra, eu entendo – Ficou em silêncio antes de continuar – Você foi a pessoa que ficou ao meu lado quando eu não tinha mais ninguém, você me deu mais uma chance de continuar a viver. Eu não sabia mais o que fazer depois que soube da morte do vovô, eu realmente não sabia. E você me ajudou mesmo não me conhecendo. Eu não tinha dinheiro, não tinha uma mansão como a sua, eu apenas tinha meu coração para te dar e você aceitou. E continua ao meu lado mesmo sabendo dos meus gostos peculiares para algumas coisas– Ele sorriu– A sua felicidade é o que você sempre quis, eu não vou ficar com raiva por causa disso, meu amor– Fazendo carinho em meu queixo, trouxe seu rosto para próximo do meu dando-me um selar rápido.

Ainda me sinto um pouco egoísta, é como se eu tivesse tampado meus olhos e pensado só em mim por todo esse tempo, a única pessoa que eu vi foi só eu mesma e mais ninguém.

E é agora que eu me pergunto: Eu realmente o amo?