Capítulo 15 - Recalculando a rota

545 52 11
                                    

Arthur - Eu e Carla transamos dentro do elevador, foi intenso, nossa como foi bom, eu passei o dia desejando estar com ela novamente. Não aguentei esperar chegar até em casa. Chegamos ao meu carro, fomos em direção ao meu apartamento, Carla estava um pouco calada. Achei estranho pois normalmente, ela gosta de conversar.

- Cá, tá tudo bem? Tá calada...

- Tô pensativa.

- Algo que eu deva me preocupar?

- Não, só pensando no trabalho, no projeto, é um grande desafio...

- Tem certeza que é só isso?

- Não.

- Não? Como assim? Não o que?

- Tem algo que está me incomodando muito mas que é muito difícil de lidar.

Arthur - Chegamos ao meu apartamento, apresento tudo a Carla que fica encantada com o lugar. Abro um vinho e ligo para um restaurante pedindo nossa janta. Enquanto isso, sento-me no sofá com Carla e peço que ela confie em mim e me conte o que está acontecendo. Ela me conta tudo, sinto náuseas, meu sangue ferve, tenho vontade de sair, pegar meu carro e ir ao encontro daquele desgraçado. Como ele ousou tocar na Carla?

Carla - Acabo contando tudo para Arthur, eu detesto mentiras e isso estava me incomodando muito. Eu não iria suportar ficar guardando isso. Eu tenho consciência de que Augusto é um grande profissional, considerado um dos melhores em sua área, mas como pessoa, como homem,  é uma decepção,  não é confiável. Me senti mal pelo jeito que me tocou.

- Arthur, por favor  eu não quero criar problemas, eu não quero que você pense que por um segundo que seja eu tenha dado abertura pra atitude dele.

- Carla,  a gente se conhece há pouco tempo mas o suficiente pra pra eu saber que você não faria isso. Além do mais conheço a fama do Augusto,  não é a primeira vez nem será a última,  quase já enfrentei processo de assédio aqui na empresa por causa de atitudes dele. Só que agora é diferente,  ele mexeu com você.  Não posso deixar passar.

- Do que você está falando? Você pretende fazer o quê?

- Prefiro não te falar, não quero te envolver nisso. Vamos fazer o seguinte, estamos aqui a sós,  e a gente tem coisa melhor pra fazer do que ficar falando daquele pulha.

- O que por exemplo?

- Te beijar todinha...

Arthur - Eu e Carla ficamos namorando, conversamos bastante sobre várias coisas, nosso jantar chegou  comemos, conversamos mais um pouco até que ela disse que iria embora e precisava descansar pois o dia foi tenso. Eu concordei sem hesitar, me ofereci para leva-la em casa  ela aceitou. Então a levei e voltei para casa. Em outras circunstâncias eu não teria deixado ela ir de jeito nenhum, teria insistido pra ficar comigo mas eu estava muito precisando ficar sozinho e refletir sobre o que eu deveria fazer.

Carla - Eu disse a Arthur que precisa ir para casa descansar, o dia foi intenso com meu primeiro dia de trabalho e também por causa de todos os acontecimentos. Fiquei preocupada de ele não entender mas foi super compreensivo. Eu confesso que queria passar a noite com ele mas eu precisava pensar, precisava recalcular a minha rota e como eu iria agir daqui por diante. Ele me levou pra casa e se despediu de mim com um abraço longo. Isso me tranquilizou.

Arthur - Chego na empresa já com minha decisão tomada. Ligo para Augusto e peço pra ele vir até minha sala. Não poderia jamais deixar para lá o que aconteceu, ele teve a ousadia de tocar a Carla, mesmo ele não sabendo que ela é minha namorada, isso não dá o direito a ele ficar assediando as mulheres assim, não foi a primeira vez que ele fez isso, e sendo com a Carla não vou conseguir ficar tranquilo sabendo que ele trabalha no mesmo andar que ela. 

- Fala chefe, chegou cedo hoje hein...o que você manda?

- Bom Augusto, eu vou ser bem direto, eu mando você passar no RH, você está demitido.

- O quê? Que você falou?

Eita...🤔 e agora heim? Comentem

As Surpresas da vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora