Capítulo 45 - De volta para casa

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Arthur - Informo ao médico plantonista que Carla está grávida, ela é colocada em uma maca e a levam para a sala de atendimento, o médico pede que eu aguarde. Fico desesperado pois durante todo o trajeto ela ficou desacordada e quando o médico a colocou na maca percebi uma mancha de sangue em sua roupa. O delegado tenta me acalmar. Ligo para Dr. Paulo e Dr. César e peço suporte a eles informo que tão logo Carla seja atendida vou pedir a transferência dela. Eles me pedem paciência e dizem para eu confiar no médico que está de plantão. Após 40 minutos o médico chega.

- Então doutor, como está minha mulher?

- Ela está bem, está muito assustada, mas está bem. 

- E o nosso filho? Está tudo bem com ele também.

- Sim, está tudo bem com ele também, ela teve um sangramento considerável, mas a criança está bem, ela precisará de muito repouso. Seria bom pedir ao médico que está a acompanhando para examinar a perna. 

- Doutor, ela pode ter algum problema por causa desse sangramento?

- Arthur, fica tranquilo, sua mulher e seu filho estão bem, ela passou por muito stress, foi uma carga emocional muito pesada então é natural que no caso de uma gravidez ocorra esse tipo de sangramento após u stress. Ela agora só precisa de repouso.

- Obrigado Dr. Eu posso vê-la agora?

Arthur - Entro no quarto e vejo Carla fazendo carinho em sua barriga, ela sorri quando me vê. Nesse momento tudo que eu mais quero é abraçá-la, faço isso imediatamente. Ficamos assim por alguns minutos abraçados, um sentindo o coração do outro. A sensação que eu tinha era que meu coração iria explodir. Eu não tenho como dimensionar o tamanho do meu amor por essa mulher. 

- Lindo eu tive tanto medo de perder nosso filho...

- Nem pensa nisso, eu não consigo mais imaginar a minha vida sem vocês. Eu tive muito medo do que aquele louco poderia fazer. 

- Ele foi preso?

- Cá, infelizmente o Augusto morreu. Ele trocou tiros com os policiais e ele acabou levando a pior.

- Meu Deus Arthur.

- Infelizmente, apesar de tudo eu não queria isso. Eu preferia que ele fosse preso e pagasse por tudo que fez, mas era nítido que Augusto estava obcecado, ele não se conformou com a demissão e passou a agir como louco. Mas esquece Augusto, o importante é que você está bem.

- Quero ir pra casa, não vejo de deitar na minha cama. Não gosto de hospital.

- O médico me disse que já vai te liberar mas que você precisa de repouso absoluto.

Carla - Recebo alta e Arthur me leva para casa. Com todo cuidado ele me coloca na cama. É um alívio estar em casa depois dessas horas de pânico que passei, não desejo isso a ninguém, nem mesmo a morte desejei a Augusto, que Deus o perdoe por todo esse mal que ele nos fez e que ele finalmente descanse. Tudo que mais quero agora é fazer essa cirurgia e ver meu filho crescer. Fico curiosa para saber como Arthur me encontrou.

- Lindo, como você me encontrou?

- Lembra do Michael?

- O alemão?

- Isso, ele mesmo, então, ele é fera em TI então pedi a ele para rastrear o celular de Augusto. Quando ele me ligou para dar a locação para levar o dinheiro ele conseguiu identificar o local. Ligue para o delegado e combinamos que ele só agiria quando você segura comigo.

- O dinheiro foi recuperado?

- Sim, o delegado me devolveu. Agora vem cá que eu tô com muita saudade de você.

- Lindo, espera, meu Deus, eu tô sentindo uma dor surreal na perna, está queimando.

- Meu Deus Carla, está muito vermelha e inchada. Acho melhor irmos para o hospital.

- Ai Arthur, eu não estou mais suportando isso. Não aguento mais.

- Calma amor, calma. Vamos logo antes que isso piore.

Arthur - Fico extremamente preocupado quando vejo a perna de Carla e a levo para o hospital. Dr. César a examina novamente e explica que o hematoma de Carla é um acúmulo de sangue fora dos vasos sanguíneos decorrente da lesão devido ao acidente.  Ele fala em outras palavras que algum vaso se rompeu e agora está havendo esse acúmulo de sangue e por isso tanta dor. Explica que irá fazer uma micro cirurgia a laser e que por ser pouco invasiva Carla não precisará aguardar o três meses de gestação. Carla sorri aliviada. 


CarThur não tem mesmo um dia de paz! 

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