Arthur é um executivo muito rico, dono de uma das maiores empresas de aviação do mundo, solteiro, e considerado uma pessoa muito fria e calculista. Por trás dessa capa de executivo ele esconde traumas do passado que o fizeram ser assim. O que ele nã...
Arthur - Olho assustado para Carla, ao mesmo tempo que estou sentindo uma tristeza imensa pela partida de Rosa, sou inundado de um mundo de sensações com a possibilidade de ser pai. É um misto de emoções, perda, nascimento, a cirurgia de Carla que nem sei se será possível caso ela esteja mesmo grávida, não sei descreve meus sentimentos. A única coisa que quero nesse momento é abraçá-la.
- Lindo, eu tô achando real que pode ser isso mesmo. Vai à farmácia comprar um teste, mas trás pelo menos dois.
- Eu vou, mas uma coisa está me preocupando muito, caso você esteja grávida, será que você vai poder fazer a cirurgia?
- Não tenho a menor ideia. Mas Dr. César vai saber o que fazer né?
- Vai sim, então a senhora trate de deitar aqui e colocar essa perna para cima, eu vou comprar os testes.
Arthur - Deixo Carla deitada e vou em direção à farmácia, durante o percurso, penso muito em Rosa, penso no dia que nos vimos pela primeira vez no tribunal, quando ela comemorou minha condenação, penso em dez anos depois quando saí e fui em busca do seu perdão e da surpresa que foi pra mim ser recebido com um abraço, penso nela sendo a primeira funcionária contratada da minha empresa, penso nela fazendo parte da minha vida e cuidando de tudo pra mim, eu sempre confiei muito nela, toda vez que eu viajava ficava despreocupado pois sabia que ela iria administrar tudo. Apesar de não ter estudo, Rosa era muito inteligente e ninguém passava ela para trás. Penso no esforço que ela fez para fazer a Carla se convencer a querer me ouvir e me dar uma chance, se não fosse por ela não estaríamos juntos hoje. Chego à farmácia e peço dois testes de gravidez, volto para casa, quando chego, encontro Carla dormindo com as pernas para cima apoiadas na parede. Fico com pena de acordá-la, então deito ao seu lado.
Carla - Acordo sentindo dor na perna, me viro e vejo Arthur dormindo de boca aberta, até assim ele é bonito, aquela imagem me deu uma paz, não resisto e dou um beijo em seu rosto, ele acorda e me abraça. Ele fala que trouxe os testes mas que não teve coragem de me acordar. Levanto, deixo Arthur no quarto e vou ao banheiro. Volto e ele já me pergunta o resultado.
- Então, tá mesmo?
- Calma garoto, tem que esperar um pouco.
- Carla, meu Deus, só de pensar nisso eu já todo arrepiado. Já pensou um menininho...
- Um loirinho com dentinho coisadinho... ah ah
- Se parecer com você já fico feliz.
- Tem que parecer você Lindo.
- Vou buscar.
- Então Carla, fala mulher
- Positivo
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