Capítulo 22 - revelação

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Arthur -  Recebo a visita de um policial em minha casa, ele pergunta se estou pronto para dar meu depoimento, digo que sim mas que não lembro de quase nada. Ele pergunta se tenho algum inimigo, eu digo que não, pergunta se nos últimos dias tive algum desentendimento com alguém, lembro da situação com Augusto e comento sobre isso mas que não vejo nenhuma ligação. Ele pede que eu tente me lembrar de algo mais, contudo, ainda tenho dificuldade de lembrar dos últimos acontecimentos, quando o policial está quase indo embora, me lembro que Carla falou ter quase certeza de ter visto Augusto no dia que o pneu do carro furou. O policial pede que eu tente lembrar exatamente o que Carla me disse, eu falei que paramos para trocar o pneu e quando estávamos indo embora, ela disse ter visto ele passar ao nosso lado de carro. Lembrei que verifiquei o pneu e que tinha um corte parecido com canivete. Ele me pergunta se ainda tenho esse pneu e digo que está no porta malas do carro. Ele fala que vai periciar.

Fico em estado de choque quando o policial me diz que não foi um acidente e que os freios do meu carro foram cortados. Diz que estão investigando e que tudo indica que talvez Augusto tenha algo a ver. O policial me informa que Augusto foi intimado a depor e que hoje eles vão saber alguma coisa. O policial vai embora e me pede que caso eu lembre de algo mais ligue pra ele imediatamente. 

Peço ao segurança que me leve ao hospital, antes passo na casa de Rosa para pega-la. Chegando ao hospital, Dr. Paulo me fala que o quadro de Carla permanece o mesmo e que isso de certa forma é um bom sinal. Encontro D. Mara e Seu Carlos, a gente conversa um pouco sobre o andamento das investigações. Peço para ver a Carla, recebo a permissão e fico em sua companhia por um minuto apenas, ela continua linda e serena. Antes de ir embora, dou um leve selinho nela e ao soltar a sua mão sinto que ela aperta.

Entro em choque, chamo Dr. Paulo e digo que Carla apertou minha mão, começo a chorar compulsivamente, ele me pede para sair da sala para examiná-la. Eu saio, fico olhado pelo vidro, vejo que ele mexe em várias partes do corpo dela, ao sair, Dr. Paulo me diz que ela não respondeu a nenhum dos estímulos e que o que aconteceu ou eu imaginei ou foi apenas um espasmo e que isso é normal. Saio de lá sem acreditar muito pois sei o que senti, não foi espasmos, ela apertou minha mão.  Eu tenho certeza que ela apertou minha mão. 

Chamo Rosa e conto pra ela o que aconteceu, ela sorri e fica feliz, pergunto se ela acredita em mim, ela me fala que só eu sei o que senti então só seu posso saber. Conto para D. Mara e seu Carlos, eles ficam emocionados e resolvem conversar o médico. Nesse momento, meu telefone toca, o delegado que está investigando o acidente pede que eu compareça na delegacia. Fico tenso, e resolvo logo ir.

Delegado - Sr.  Arthur, eu vou se bem direto. Não foi um acidente, isso já sabemos, os freios do seu carro foram cortados, após periciar todo o carro conseguimos identificar uma impressão digital na parte de baixo do carro, próximo ao local onde os freios foram cortados. Já estamos tentando identificar de quem é essa impressão. Sr. Augusto prestou depoimento, fomos investigar o álibi dele e confere, contudo, o senhor disse que um dia antes, por medo, usou o outro carro, então pode ter sido cortado um dia antes... Ainda estamos investigando mas essa impressão nos levará ao culpado.

 Arthur - Volto para casa, tomo um banho e deito no sofá, fico me lembrando da minha última noite com a Carla, sinto lagrimas escorrerem em meu rosto, como sinto saudade dela, hoje faz três semanas que ela está em coma, eu não aguento mais de tanta saudade, meu Deus, quando isso vai acabar? Meu celular toca, vejo que é o delegado novamente, atendo e fico em choque quando ele me diz que a impressão digital é mesmo do Augusto. 


Tô chocada, chocada com esse Augusto hein...comentem aí o que vocês acham que vai acontecer.

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