As Surpresas da vida

Capítulo 41 - Augusto

Arthur - Paro o carro imediatamente e entro novamente na garagem, percorro tudo e não vejo nada, vou para a guarita e pergunto ao porteiro se ele viu alguém entrando ou saindo a pé, ele assenti que sim mas que foi o entregador de água, pergunto se ele tem certeza e ele diz que sim. Não totalmente convencido, volto para o meu apartamento, vou para o quarto e vejo Carla deitada vendo TV.

- Voltou garoto, já sentiu minha falta.

- Senti, voltei pra te dar um beijo e dizer que te amo.

- Ai Lindo, eu te amo também. Agora fala sério, porque voltou?

- Por isso mesmo, senti que você estava tristinha, eu saí sem te dar um beijo, se eu pudesse eu ficava aqui o dia todo com você mas preciso ir para empresa. 

- Lindo, eu tô bem, fica tranquilo. Não esquece de falar com Keh.

- Tá bom. Fica com Deus. 

Arthur - Desço novamente para a garagem, olho tudo ao meu redor e não vejo nada. Entro no carro e sigo para empresa, durante o caminho fico pensando que talvez eu esteja só com paranoia mesmo, Augusto não é louco de chegar perto, ele sabe que temos uma medida protetiva. Chego na empresa e antes de entrar para reunião ligo para Carla e me certifico que esteja tudo bem. 

- Bom dia tudo bem? Meu nome é Dr. César, sou médico da Carla, ela está me aguardando para examiná-la.

- Ah, pois não Dr. Ela está deitada o senhor vai até lá ou quer que eu avise que o senhor chegou?

- Não, deixe que eu vou, ela não pode fazer esforço. 

- Eu levo o senhor até lá.

- Pode deixar, eu sei onde fica. 

Carla - Estou no quarto vendo TV, tentando não pensar muito no que Dr. César me falou mas minha cabeça está um turbilhão. Ouço vozes vindas da sala, será que Arthur voltou de novo? Tomo um imenso susto quando Augusto entra no meu quarto.

- Augusto, que isso? o que você está fazendo aqui? E que roupas são essas?

- Você vai ficar quietinha, não vai abrir essa boquinha para nada e vai dar um passeio comigo.

- Augusto, vai embora, você não pode se aproximar de mim, eu vou gritar, vou chamar a polícia.

- Você não vai fazer nada disso minha cara, porque se abrir essa boca eu acabo com você.

- Augusto pelo amor de Deus, eu não posso andar agora, não posso fazer esforço...

- Cala a boca e levanta agora. É o seguinte, nós vamos sair, se a empregada falar alguma coisa você vai dizer que irá para a clínica fazer um exame. Se você não obedecer, eu juro que eu acabo com você e com seu namoradinho.

Carla - Augusto me pega pelo braço com violência e me conduz até a sala, encontro com a empregada que imediatamente pergunta se vou sair, Augusto responde que me levará para fazer um exame pois estou com muita dor, ela pergunta se volto para o almoço e digo que não. No elevador, pergunto a Augusto o que ele pretende com isso, com violência ele coloca a mão em minha boca e pede para eu ficar em silêncio. Chegamos na garagem, ele me empurra para o banco do carona, entra também e sai com o carro em disparada.