As Surpresas da vida

Capítulo 29 - A braba

- Que ciúmes o que garoto, se toca.

- Hum, ela tá com ciúme, meu Deus como ela é brabinha.

- Brabinha é o c4r4lho tá. Não gostei e ponto.

- Deixa de ser braba, a Keh é uma amiga de anos, quando eu soube que ela tinha saído do trabalho a convidei para dar sequência ao seu trabalho, você não confia em mim não é?

- Em você eu confio, não confio é nela, eu reparei bem o jeito que ela olha pra você.

- Carla, não viaja, não viaja. Não tem nada a ver. Para com isso. Se for para você ficar na paranoia eu a dispenso, invento alguma desculpa. Só não quero que você se aborreça com bobagens.

- Também não precisa exagerar, não precisa dispensar a garota, ela é uma boa desenhista.

- Bom, descanse um pouco tá, não faz muito esforço por favor, mais tarde volto.

Carla - Arthur volta para empresa e eu logo levanto e vou para sala, vejo Keh concentrada nos desenhos, me aproximo e peço que ela me fale como era o Arthur na época da faculdade, ela fala que ele sempre foi muito calado e triste e que ele quase não fazia amizade com ninguém, e que ela demorou muito para se aproximar dele, mas logo ficaram amigos e que ele contou tudo que aconteceu com a prisão. Pergunto se eles namoraram, ela me olha assustada e responde que não, que Arthur nunca deu bola pra ela. Pergunto se ela tinha interesse nele, ela fica encabulada e diz que por um momento deve sim interesse nele, mas que nada rolou. Voltamos ao trabalho e percebo que a Keh ficou um pouco desconfortável com a conversa, dou as instruções para as cores do desenho, ela executa e desta vez gosto do que vejo. Elogio o trabalho dela e digo que por hoje já está bom. Ao se despedir de mim me surpreendo com o que ela fala.

- Carla, eu percebi que você ficou com um pouco de ciúmes da mim. Eu e Arthur temos sim muita intimidade, mas é de brodagem, ele é como um irmão pra mim, de fato na época da faculdade eu tive um interesse nele, ele sempre foi muito bonito, mas logo passou e ficamos muito amigos, eu tenho muita consideração pelo Arthur, foi ele quem me estendeu a mão num dos momentos mais difíceis da minha vida, e por isso nos tratamos com tanta intimidade. É amizade pura, sem nenhum tipo de interesse de nenhuma das partes.

- Ker, desculpe se te causei uma má impressão, é que Arthur nunca me falou de você então fiquei surpresa com a intimidade de vocês. Espero que não me leve a mal.

- De jeito nenhum, eu te entendo, acho que eu ficaria muito mais grilada, eu sou muito ciumenta, quando vejo alguma mulher se engraçando com meu namorado eu trato logo de fazer minha presença mas eu não sou educada assim como você não, gosto de um barraco. Deixa eu te dizer uma coisa, quando Arthur me procurou e perguntou se eu topara o trabalho, ele me contou tudo, desde que vocês se conheceram até o dia do acidente, vou te dizer, nunca vi meu amigo tão apaixonado assim, ele ama muito você.

- Eu também o amo muito Keh, não consigo imaginar minha vida sem o Arthur.

- Sem falar que vocês formam um lindo casal né, ele bonitão daquele jeito e você é linda né, parece uma modelo.

- Modelo? Com esse tamanho todo que eu tenho?

- Ah mas hoje isso nem conta muito. Bom deixa eu ir vou jantar com meu boi. Amanhã a gente continua.

- Keh, obrigada tá, você tem muito talento, você desenha muito bem, acho que vamos nos dar bem.

- Eu que agradeço, já aprendi muito hoje com você, seu trabalho é incrível, é uma honra pra mim. Até amanhã.

Carla – Keh vai embora e fico um pouco envergonhada do meu papel, a garota é super gente fina, acho que vou me dar bem com ela. Arthur chega e percebe que estou em outra vibe. Pergunta se ainda estou braba, brinco e digo que sim e que é melhor ele sair de perto de mim, ele sai correndo, eu o chamo de palhaço e ordeno que ele volte.

- Gracinha você né...cheio de graça

- Ô, você mandou eu sair de perto, obedeci, eu sou obediente.

- Ah você é obediente é, então me obedece e vem cá me dar um beijo

Eita... ela é braba e mandona