Irritante, metido, sarcástico, atrevido, cínico, debochado são os inúmeros adjetivos de uma lista enorme que S/N poderia dedicar ao loiro conhecidíssimo de Outer Banks.
De volta a cidade, em busca de cumprir um último pedido de sua falecida mãe, o...
JJ é a minha intensidade de sentimentos bons e digo isso com total convicção. Acordar, e sentir seu toque sob a minha pele, as carícias de seus dedos, a respiração calma, é uma das melhores sensações da vida.
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- Senti falta de acordar ao seu lado. — Ele sussurra baixinho, aproximando-se para beijar minhas bochechas. - Bom dia, bela adormecida. Seus lábios selam os meus e espalham beijos por todo meu rosto, até me acordarem completamente. - Bom dia. — Respondo sonolenta. - Preciso trabalhar, mas não quero ficar longe de você... — Seus braços entrelaçam a minha cintura, a cabeça enterrada no meu pescoço, seu nariz puxa a respiração e cheiram o meu cangote até o aroma impregnar-se em suas narinas. - Ah não, vai lá ver seu aluno favorito... — Empurro seu corpo. - E a minha namorada Kate também, né? Agora fiquei até mais animado para trabalhar. — JJ me puxa para mais perto e permanece distribuindo beijos por toda minha pele, mesmo a contragosto. - Está tudo acabado, Maybank. — Digo séria. - Ah é? Ótimo, agora posso beijar a Kate sem peso na consciência. Tapo os próprios lábios, surpresa com tamanho baixo nível e arregalo os olhos. JJ aproxima o rosto e roça os lábios no meus, cantarolando baixinho. - Que que foi? Tá doendo? Gargalho alto, não me conformo que o loiro tenha tamanha cara de pau. - Pare porque eu vou te dá um tapa... — Digo em meio as risadas, em tom de ameaça. - Experimenta me dá um tapa... Experimenta. — Ele responde, sorrindo tanto quando. E eu dei. Um tapa que estralou em seus braços e ecoou pelo quarto inteiro. - Caralho... Depois dessa eu já entendi que precisarei beija-lá na matinha, quando você não estiver olhando. - MAYBANK, EU JURO POR TUDO QUE É MAIS SAGRADO QUE VOU TE MATAR. Pego o travesseiro debaixo da minha cabeça e espremo em seu rosto. Apesar da falta de ar, JJ ainda gargalha alto e o som da sua risada gostosa emite pelo ambiente, misturando-se com a minha. Gosto da nossa cumplicidade, das desavenças, alfinetadas e tudo que compõe o nosso relacionamento e proveniente dele. Desde às nossas manias, defeitos e qualidades, até ao extremo oposto de nós mesmos.
- Gosto tanto de brigar com você, marrentinha. — JJ diz após se livrar do travesseiro, puxando o mesmo para cima, me fazendo perder completamente o equilíbrio e cair debruçada em seu peitoral. - Será que podemos, só hoje, fingir que ainda não estamos juntos e trocarmos farpas, olhares e deixar a tensão sexual espairecer sob nós? - Eu iria te pedir a mesma coisa... — Beijo sua bochecha e sussurro em seu ouvido. - Gosto de atuar com você... — Mordisco de leve o lóbulo da sua orelha. - Principalmente quando estamos transando, adoro fingir que você consegue me satisfazer. E neste exato momento, o gosto da vingança escorreu pelos meus lábios. Sorrio divertidamente e arqueio a sobrancelha instantemente. - S/n Maybank, eu vou lhe dá três segundos para você correr... — JJ me desprende dos seus braços e suspende os mesmos, em sinal de rendição. - Que que foi? 'tá' doendo? — Provoco. - Corra mas corra muito, porque se eu te alcançar... Não consigo escutar o complemento da sua frase, em poucos segundos obedeço a sua ordem e disparo em direção ao banheiro do andar debaixo. É tão gostosa essa sintonia de nós. O amo do avesso e o odeio ao contrário... O fato de sermos completamente opostos, é o que me faz adora-lo a cada dia um pouco mais.
🌞
- Até que enfim você chegou, garota!. — S/a abre às portas da sua casa e me recebe gentilmente. - Vocês nasceram de sete meses? Mas será possível... A festa só é daqui a três horas. — Reviro os olhos. - Mas precisamos estarmos prontas com antecedência para fazermos a maquiagem, o cabelo, tirarmos fotos... Você não entende? — Emma passa por nós, com uma toalha enrolada na cabeça e o corpo em um roupão rosa. - S/a, ela tem três anos... — Sussurro, assustada. - Eu sei, mas... — Seus olhos enchem-se de lágrimas. - A minha filha está virando uma mocinha, olha só para isto... Hoje é aniversário de uma das suas colegas de classe que será comemorado na festa anual da fogueira e sabe o que ela me pediu? Adivinhe. Estou prestes a balbuciar algo mas ela me interrompe. - Uma bolsa da Gucci. DA GUCCI!!! E tem mais, fez a Sarah contratar toda uma equipe de produção, como se ela fosse uma estrela e oh meu Deus... — Seus olhos escorrem as lágrimas. - Ela é o meu bebê. Porque tinha que crescer tão rápido? De uma hora para outra não posso mais acompanhá-la até a porta da sala ou assistir seus ensaios de balé, não quer mais que eu frequente as festinhas e sabe qual a palavra que não sai da sua boca? 'Mico!'. - Tudo para Emma agora é "mãe, não faz isso... É mico" "Mãe, não me dá beijos na frente de todo mundo... É mico" "Mãe, não posta essa foto... É mico" "Mãe, não me chama de bolotinha... É mico" "Mãe, abaixa esse som alto do carro... É mico" E a pior de todas: "Mãe não canta as músicas de Chiquititas... É mico" A EMMA AMA CHIQUITITAS!!! - Estou quase virando um King Kong... Eu não aguento mais isto. — S/a chora descontroladamente. - Ah, meu amor... — Puxo-a para um abraço e afago seus cabelos. - Está tudo bem se permitir chorar, demonstrar vulnerabilidade... A Emma está crescendo mas não está deixando de ser o nosso bebê, ela apenas... — Estou falando mas uma vozinha estridente. - Ah fala sério, mãe... — Emma fala, do topo da escada, com um sorriso gostoso nos lábios.
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- Eu não acredito que você está chorando. — Revira os olhos e a maldita frase escapa dos seus lábios. - Que mico!.
