Irritante, metido, sarcástico, atrevido, cínico, debochado são os inúmeros adjetivos de uma lista enorme que S/N poderia dedicar ao loiro conhecidíssimo de Outer Banks.
De volta a cidade, em busca de cumprir um último pedido de sua falecida mãe, o...
A ligação emocional com o bebê na barriga não acontece de repente. É um processo lento e bastante crucial. Aquele desenho do ultrassom ainda está muito abstrato e seus movimentos são praticamente nulos. O meu bebê é tão quieto que ás vezes preciso me certificar de que ele está mesmo vivo pelo aparelhinho portátil. Em compensação, todas às vezes que ele demonstra um mísero movimento, é uma festa!. A sensação de bolhas de ar, borboletas voando, peixe nadando, gases, fome ou ronco no estômago, é sempre tão especial quanto da primeira vez. Estou devorando o livro O Conflito, a Mulher e a Mãe, da filósofa francesa Elisabeth Badinter. A autora não acredita em instinto materno e diz que, para os seres humanos, a gestação envolve transformações psicológicas e sociais nada fáceis e hoje, enxergando por uma outra perspectiva, percebo o quanto ela está certa. Pensamos, logo nos preocupamos; Em não ter mais tempo para nós, não poder trabalhar como antes, ter que alimentar e educar uma criança e ainda guardar dinheiro para comprar um videogame no Natal. O que me tranquilizou foi um joguinho que constantemente jogava com a minha falecida mãe: Guitar Hero. Receber um brinquedo significava que eu ainda era filha também. Podia contar com outras pessoas e continuar fazendo as coisas de que gosto. Eu seria mãe, mas independente disto, não perdi a minha essência.
A ocitocina é o hormônio que, após o parto, ajuda na ligação emocional com o bebê. Também é chamado de hormônio do amor e associado à sensação de prazer 40% é o quanto a concentração desse hormônio aumenta após o orgasmo e justamente por isso minha vida sexual nunca esteve tão ativa. Os orgasmos relaxa o meu corpo em níveis absurdos. Após o trabalho bem feito, e muitíssimo bem feito, minhas dores na lombar, o inchaço dos pés, contrações, cólicas e qualquer outra dor que possa dificultar a minha gestação, dissipa-se. Transar, além de ser ótimo para a autoestima, controla a ansiedade, melhora o humor, aumenta a produção de anticorpos, libera endorfina (um hormônio que gera sensação de bem-estar e ajuda a ter um sono mais profundo) e fortalece não só a imunidade, como a musculatura da vagina. O sexo durante a gestação tem sido ainda mais prazeroso, isso graças ao aumento dos níveis de estrogênio e progesterona, como a lubrificação vaginal e o fluxo sanguíneo da região pélvica, o que predispõe excitações com maior frequência e orgasmos mais intensos. Além dos orgasmos frequentes, há algo de divino que JJ Maybank aprendeu em um de seus infinitos canais do Youtube para preparar papais de primeira viagem. Quando estou me arrastando pela casa, já com às mãos na coluna por conta da sobrecarga de peso, seus braços entrelaçam a minha cintura e suas mãos divinas suspendem a minha barriga, elevando-a até uma altura o suficiente para aliviar a tensão do feto. Quando o meu super herói sem capa faz isto, juro por todos os deuses que vou no céu e fico por lá mesmo; O alívio é surreal. Por alguns minutos, enquanto suas palmas se encarregam de segurar o bebê, me sinto extremamente mais leve.
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