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* Flashback três anos atrás *

07/08/2018

JJ

Conforto você pode encontrar em uma música, em uma imagem, em uma obra de arte, um sorriso, uma voz, um olhar, uma pessoa.
É justamente esse conforto que vai te levar para frente, é o conforto que vai te dar forças para continuar.
Incrivelmente bom quando acontece, esse conforto te aquece por inteiro, te faz dormir leve e acordar sorrindo sem que você possa controlar, como se nada pudesse te atingir.
Os sentimentos ruins parecem quilômetros mais longes, tão afastados que nem se quisessem poderiam tocar tua pele.
Agora deitados, abraçados, me pergunto quando foi, em qual momento exato, a gente se perdeu.
Os sentimentos ruins estão tão próximos que nem ao menos sequer notamos, a dor estava ao meu lado, camuflada pelo conforto, esperando todo ele se esvair para tocar minha pele, agora, tão sem vida.
A dona do meu conforto é responsável pela minha dor; Não a reconheço mais e
talvez ela não se importe.
S/n parece qualquer outra pessoa, não mais a mulher extraordinária pela qual me apaixonei.

- Quando este cachorro vai embora? O cheiro dele me dá enjoos. — Ela diz impacientemente, assim que acordamos.

- Sabe por que ele está aqui em casa? Pelo mesmo motivo, a S/a tem muitos enjoos por conta do seu cheirinho

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- Sabe por que ele está aqui em casa? Pelo mesmo motivo, a S/a tem muitos enjoos por conta do seu cheirinho. Bom dia, Mike. — Digo, cumprimentando o nosso animal de estimação emprestado.
- Eu não suporto mais um segundo ao lado dele. — Ela diz, se levantando e correndo em direção ao banheiro.
- Baby, você está vomitando de novo? — Pergunto, preocupado.
- Não, eu... — S/n gagueja.
- Estou com dor de barriga, apenas isto. — Desconversa.
Sai da suíte e desce escadaria abaixo.
Sem bom dia, carícias ou cuidados.
Novamente me pergunto, quando foi que nos deixamos; Não nos encontramos mais um no outro.
Desço os degraus, logo depois e avisto-a na cozinha, cozinhando algo.
- Podemos conversar? — Digo, inseguro.
- Agora não, J. — Ela responde, grosseiramente.
- Só me escute então, por favor. — Peço.
Abraço-a por trás e beijo delicadamente sua nuca, acariciando sua pele com a ponta dos dedos.
- Vamos fazer um dia mágico inovado hoje. — Sussurro em seu ouvido.
- Inovado? Como assim? Vamos mudar às regras? — Ela pergunta curiosamente e agradeço aos deuses divinos por ter atingido sua atenção.
- Só um pouco. Desta vez, nós presentearemos o doce um do outro. — Explico.
- Ainda não entendi, J.
- Pensa comigo. Só podemos comer doces o dia inteiro, certo?
- Certo. — Ela responde, caminhando pela minha linha de raciocínio.
- Só que serão doces específicos. — Explico novamente.
- E qual a especificação?
- Eu só posso comer os doces comprados ou feitos por você e vice versa.
- Ahh, então por exemplo... — Ela vira-se para mim.
- Quando eu terminar este bolo de chocolate, não vou poder comer nem uma fatia? — Faz beicinho.
- Nem o farelo, se não você automaticamente perde e precisará me pagar... — Penso um pouco.
- Setecentas pratas. — Sorrio.
- Ah meu Deus, Maybank. — S/N tapa os próprios lábios.
- Por favor, compre doces bons. Estou praticamente implorando. — Ela suplica.
- E você capriche nesse bolo e nas outras refeições adocicadas.
- Fechado. — S/n sorrir de orelha a orelha e só então me dou conta do quanto estava com saudades disto.
Seguro seu rosto e o inclino para trás, selando seus lábios aos meus.

Me ame ou me odeie- JJ Maybank Onde histórias criam vida. Descubra agora