Leo beijava a boca de Jocelyn enquanto ela rebolava sobre ele. Jocelyn ditava o ritmo subindo e descendo seu corpo sobre o pau dele, até que ele tomou as rédeas, apertou sua bunda e aumentou o ritmo.
Ela o beijou no pescoço, no ombro, apertando seus braços, suas costas.
O clímax veio ao mesmo tempo para os dois, Jocelyn o mordeu no pescoço com toda a força que seus dentes retos conseguiam. Não o machucou.
Ela suspirou e saiu de cima dele, mas Leo a segurou pela mão.
"Ainda falta muito para eu me saciar de você. Pela parte da manhã, pelo menos." Ela sorriu.
"Eu fiquei um pouco enjoada, preciso tomar um pouco de ar fresco e água bem gelada com algumas gotas de limão." Ela vestiu uma camiseta de Leo.
"Isso é por causa da gravidez?" Leo se levantou e vestiu a calça. Foram para a cozinha e na luz das janelas ele pôde ver que Jocelyn estava pálida, sentada numa cadeira à mesa.
"Você parece doente, Jo. Vamos para o hospital." Ele disse já pensando se a levava no colo, ou chamava um jipe.
"Não precisa, estou bem, Leo. Ontem foi um dia muito turbulento, cansativo e perturbador. Eu acho que só dormi bem por que você me deu uma canseira." Ela sorriu.
Leo se ajoelhou ao lado da cadeira dela e segurou sua mão.
"Se eu estiver exigindo muito de você me fale. Prazer nenhum é melhor que o que sinto quando estou com você nos meus braços." Ele queria dizer isso. Ela tocou seu rosto, passou a mão pela barba dele, Leo fechou os olhos, o amor enchendo seu peito, sua mente, seu ser.
"Você parece gostar do que toca." Ela era tão bonita! Andrew devia ser considerado um homem atraente, com os olhos azuis e o cabelo preto bem cortado dos humanos, já ele era um híbrido de humano e leão, com um cabelo que custava a baixar e olhos muito puxados. Era difícil acreditar que ela o achasse atraente.
"Você está querendo um elogio? Por que tenho alguns para você: gostoso encabeça a lista." Ele sorriu, gostava do senso de humor dela.
"E minha calda? Não te assusta? Ou enoja?" Ele era sensível sobre o fato de ter calda. Queria, como Candid disse, tirar esse band-aid.
"Não. Na verdade, sua calda me assustou quando eu te vi. Quando fizemos amor, eu não pude deixar de notar como ela balançava, mas então, eu tive Jonathan e me acostumei. Acho que sua calda é algo da sua essência, como sua sabedoria, por exemplo." Ela deu de ombros.
"Quando estamos transando e eu a toco, você sente tesão?" Ele se levantou e ficou de costas para ela, sentada na cadeira.
"Toque e veja." Ela tocou sua calda e ele ronronou, não conseguiu evitar. Era uma sensação incrível.
"Pai?" Jonathan apareceu na cozinha estava suado e descabelado.
Leo não se virou de todo, virou apenas a cabeça e esperou Jonathan falar. Estava com uma tenda armada no meio de suas pernas.
"A leoa. Ela vai dar à luz." Leo se virou. Jonathan olhou para seu pau, mas não pareceu surpreso.
"Como sabe?"
"Eu não sei, Candid sabe. Estávamos correndo pelo Zoológico, quando ele disse que eu viesse e te chamasse, por que ele sentiu pelo cheiro que a leoa vai dar à luz."
"Candid?" Leo perguntou. Seria o Candid verdadeiro ou Simple, que era Candid esse mês? Na verdade, isso não importava.
"Sim, pai, Candid, o que se veste de azul." Jonathan se divertia com a mania de Leo de trocar os nomes dos trigêmeos.
Ele voltou a se ajoelhar e olhou bem no fundo dos olhos azuis dela.
"Vai ficar bem? Posso mandar Hush..." Leo não terminou a frase, por que Hush não estava ali. Ele inspirou e não o sentiu nas redondezas.
"Hush não está. Ele saiu com Honest."
Era perto da hora do almoço, onde Hush e Candid poderiam ter ido?"
"Sabe para onde foram?" Jonathan olhou para as mãos. Ele não sabia mentir, e Leo não queria que ele mentisse. Candid era uma má influência no fim das contas.
"Deixa pra lá. Você tem de ficar aqui com sua mãe. Ela não está bem por causa do filhote." Jonathan fez cara de desapontado.
"Ah, não, mãe. É um parto de leão! Quando vou ver isso ao vivo de novo?"
"Vamos juntos, então. Eu também não gostaria de perder isso." Jocelyn disse, se levantou e tornou a se sentar.
"Jo?" Ele a tocou no rosto, ela estava pálida e sua testa suava.
"Vamos para o hospital." Ele a pegou no colo.
"Não. Não precisa!" Ela tentou descer do colo dele.
"Não diga mais nada, Jo. Eu vou te levar e pronto."
"Vocês demoraram tanto que os leãozinhos nasceram. Um casal. Estão bem." Simple apareceu por trás de Leo. Leo se virou com Jocelyn no colo.
Ele tirou a camisa, que estava suja de sangue e a calça.
"Deu tudo certo, pode levá-la ao hospital, Leo, mas em nossa família, temos um suco que é muito bom para enjôos por causa da gravidez." Ele falava enquanto abria a mangueira e se lavava.
Leo colocou Jocelyn sobre seus pés.
"Vista-se, Simple. Que mania essa de vocês de tirar as roupas!"
"Ei! Estou de cueca!" Jonathan riu.
"Por que o sangue?" Leo perguntou enquanto estendia uma toalha para ele.
"O leão macho não estava saindo, tive de ajudar." Ele se secou, colocou a toalha na cintura e entrou na administração.
"Está melhor?" Ela balançou a cabeça.
"Ficar me pegando no colo e me descendo do seu colo me deu mais tonteira ainda, eu vou..." E ela vomitou aos pés de Leo.
"Simple! Faça esse suco que disse. Agora! Vou ligar pedindo um jipe, já que ficar em meu colo te enjoa." Leo procurou o celular.
"Cadê meu celular?"
"Celular, você sabe o que é isso?" Simple perguntou e Jonathan riu.
"Jonathan, pare de rir e vá buscar uma calcinha para sua mãe. E Simple pare de brincadeiras e faça a merda desse suco.
"Pensei que era pra eu me vestir." Simple disse.
"E eu não vou trazer uma calcinha pra minha mãe, pai. Credo! E ele é o Candid."
"Então, eu vou pegar uma calcinha, Jonathan procura meu celular e pede o jipe. E Candid faz o suco." Jocelyn vomitou de novo. Leo ia entrando na administração e voltou para junto dela.
"Esqueçam. Vou levá-la no meu colo."
"Leo! Acalme-se! Ficar te olhando pra lá e cá está me enjoando mais ainda!"
Simple deu algo para ela, que bebeu e vomitou.
"Simple, que merda foi essa que você fez?" Ele rosnou.
"Água. Para ela limpar a boca." Ele deu de ombros.
"Leo, isso é normal, por favor, só me deixe respirar fundo e me dê a porra da água com limão."
Leo abriu a geladeira e tirou limões de lá, mas Simple tomou das mãos dele espremeu num copo e completou com água." Jocelyn tomou tudo e respirou fundo.
"E então? Quer ir para o hospital?" Ela balançou a cabeça.
"Não, meu amor. Fique calmo! É só um enjôo. Eu ficarei assim durante os dois primeiros meses."
"Todo dia?"
"Minha mãe teve enjôos durante toda a nossa gestação." Simple disse.
"A gestação inteira? E ela não castrou seu pai?" Leo perguntou.
"Sabe que não, Leo. Ela ainda teve as florzinhas, que na minha opinião, não fariam falta nenhuma."
"Ouvimos isso, Candid!" Daisy e Violet apareceram.
"Eu sei." Ele sorriu maldoso.
"Por que está de toalha?" Violet indagou.
"Por que Leo não se decide entre me mandar fazer um suco ou me vestir."
Jocelyn respirou fundo.
"Estou melhorando. Me ajuda a ir pra cama, Leo?" Ela se levantou devagar da cadeira e Leo ia a pegando no colo, mas ela o impediu.
"Não. Só me dê o braço." Ele ofereceu seu braço e a apoiou até a cama. Jocelyn se deitou de costas e colocou a mão na barriga.
"Eu queria que fosse uma menininha." Ela disse olhando para o teto.
"Pai? Vamos ver os leãozinhos, tá bom?"
"Ok. Mas cuidado. Leoas puérperas são ainda mais violentas." Jonathan saiu antes dele terminar de falar.
"Simple pode dizer o sexo."
"Foi Candid que me cheirou, mas dizem que o faro de Simple é melhor, não entendi."
"O faro deles é melhor que o de todos nós. Talvez Candid seja melhor para indentificar uma gravidez. Ele viu que você estava grávida, mas achou melhor não dizer, pois se dissesse, eu não a deixaria ir."
Ela acenou.
"Deu tudo certo no fim, de qualquer forma. Eu sou grata a Deus por isso."
Leo acreditava em Deus, então concordou.
Ela ajeitou travesseiros na cabeceira, se sentou e segurou na mão dele.
"Eu quero te explicar sobre a revista, sobre a reportagem. Você acredita em mim, se eu jurar por esse bebê em meu ventre que vou te dizer a verdade?" Foi como se ela lhe desse um soco forte no meio da cara. Se ela precisava jurar pela vida preciosa que eles conceberam, significava que ela achava que ele não confiava nela.
E ele confiava? Leo deixou seu coração dizer, ele disparou e aqueceu seu peito. Afinal, o que era confiar? Era querer acreditar. Ainda que não desse certo, ele nunca se arrependeria por querer acreditar nela.
"Por favor, Jo. Não jure. Não jure, não por que não acredito em você, mas por que eu quero que a partir desse momento, tudo o que você me disser, vou acreditar, vou confiar."
Ela enxugou o cantinho do olho e sorriu.
"Eu tinha um diário. Repórteres sempre tem. Eu misturava minhas impressões com minhas investigações, por que eu vivia para escrever. E eu escrevi sobre você, eu coloquei meu coração na ponta da minha caneta e gravei no papel meus sentimentos. E o fato de você ter calda, era algo extraordinário, Leo! De uma forma boa, de uma forma incrível. A frase: 'eu dormi com um Nova Espécie e ele tem calda!' é minha. Era o título do texto sobre você, sobre nós. Se você ler a reportagem, vai ver que ainda que corromperam o conteúdo, meu amor, minha admiração pelo ser humano inacreditavelmente bondoso, íntegro e maravilhoso que você é estão lá, na essência do texto " Ela respirou fundo.
Leo se sentiu triste, aquilo o magoou, mas ele a perdoava. E só a ideia de perdoar, esquecer, o fazia sentir alívio. Alívio de toda a raiva, do peso do ressentimento.
"Eu desisti de escrever qualquer coisa. Eu vim aqui, por que uma fonte minha ouviu falar que entregas regulares, de produtos para bebês, eram feitas para a Reserva, em grande quantidade. Haviam trabalhadores que moravam aqui e esses produtos supostamente seriam para eles, mas era um montante muito grande. Quando nos conhecemos, eu não estava perdida. Quer dizer, eu estava, mas minha intenção era entrar nas terras da Reserva, bem no meio e investigar, mas você me achou."
"Eu sabia que você estava mentindo." Leo beijou a mão dela.
"Sim, eu vi que você não acreditou em mim. Eu andei por todo espaço e não achei nenhum indício de que haviam crianças Nova Espécie. E os funcionários tinham filhos, em diferentes fases de suas vidas, então, eu conclui que os rumores eram falsos. E nós nos envolvemos, passamos aquela noite de sonho, e eu voltei pensando em pedir demissão e voltar. Andrew era um problema, mas eu pensei que poderíamos continuar casados por pelo menos um ano e depois nos divorciar. Ele não era um homem mal, Leo. Mas ele era frio e se casou só por causa do cargo de reitor, ele já estava tentando a anos. Eu cheguei na casa dos meus pais e não me senti bem o clima aqui é mais frio, eu comi muita coisa que não deveria e a gravidez já estava cobrando seu preço. Minha mãe é uma hipocondríaca, me encheu de remédios, calmantes, e eu dormi. Nesse meio tempo, Andrew apareceu por lá, e ficou muito tempo no meu quarto. Meus pais não ligaram, na cabeça deles meu casamento estava só numa fase ruim.
Eu melhorei, fui no dia seguinte no escritório da revista e não consegui falar com meu editor, ele me pediu para esperar uns dias. E dois dias depois suas fotos, a reportagem estavam em todas as bancas. Quando eu perguntei a Phil como ele tinha tido acesso as fotos e ao texto, ele disse que eu enviei por fax. E as fotos vieram por entrega, em mãos. Eu esbravejei e ameacei processá-lo. Ele sorriu e disse que eu entrasse na fila.
Fui atrás de Andrew e ele confessou que foi ele, mas que nunca admitiria. Eu voltei para a Reserva e daí você sabe o que aconteceu. Eu ia pedir demissão, mas Phil disse que meu nome estava famoso, que aumentaria meu salário. Eu aceitei, estava revoltada por você não acreditar em mim. Duas semanas depois, eu descobri que a fonte estava certa, que os produtos de bebê eram mesmo para crianças Nova Espécie, pois eu tinha uma crescendo dentro de mim. Eu procurei Andrew, dizendo que estava grávida, mas não disse que era de você. Ele adorou saber, pois um candidato a reitor casado e com filhos, era imbatível, tanto que dois meses depois, ele era empossado como reitor numa das mais famosas universidades da Flórida. Nós dissemos que a gravidez era de risco, e que eu tinha de ficar no campo. Ele tinha uma casa de campo, eu e minha mãe fomos pra lá e cinco meses depois que eu saí daqui, Jonathan nasceu. Andrew o registrou, e não prestou muita atenção nele. Eu e mamãe não falamos nada sobre a gravidez ter durado praticamente a metade de uma normal. Eu ainda me lembro o dia em que ele pegou Jonathan pela primeira vez, ele já tinha um mês, e estava do tamanho de uma criança de quase um ano. Andrew o examinou, e viu a calda. Jonathan sorriu e ele viu as presas.
Ele não pareceu surpreso. Apenas sorriu para Jonathan e passou a aparecer mais vezes na casa de campo. Jonathan se apegou a ele quase que imediatamente. Devido ao seu posto de reitor, ele não podia expor que eu tinha engravidado de um Nova Espécie ainda casada com ele, então, um ano se passou e nos divorciamos. Quando Jonathan tinha dois anos, Andrew disse que conhecia um cientista, que inclusive tinha feito pesquisas, estudos e experiências para ele durante um tempo, antes de Mercille ser condenada e os Novas Espécies serem libertados. E disse que esse cientista criava dois Novas Espécies, gêmeos. E que eles eram sua responsabilidade já que o cientista tinha morrido." Ela lambeu os lábios.
"Água?" Ela sorriu.
"Com limão."
Leo foi a cozinha e Deu de cara com Hush. Ele tinha um imenso sorriso no rosto e cheirava a sexo. Candid cozinhava alguma coisa no fogão.
"Sério?" Leo perguntou, falando devagar para ele entender. Hush deu de ombros e sinalizou:
"O que queria que eu fizesse? Acha fácil sentir o cheiro do sexo de vocês?"
Leo sorriu.
"Iremos morar na área familiar, logo não vamos incomodar você, amigão." Ele sinalizou.
Hush assentiu e saiu da cozinha.
"Tome, é o famoso suco pra grávidas da minha mãe. Ela vomitou, não é?"
Leo pegou o suco e se sentou.
"Sabe por que Hush ficou triste?"
"Ele devia pensar que vocês vão ficar aqui. Eu acho que seria o ideal, você não?"
"É muito longe da área familiar, Jocelyn se sentiria sozinha, isolada."
"Pergunte a ela. Não precisaria muito para transformar a administração numa casa. E meu tio ia adorar projetar todas as mudanças. Com toda essa história dos clones, tirar Slade do sério faria bem pra ele." Slade odiava obras, Vengeance amava deixá-lo fora de si.
Leo deixou isso para mais tarde. Não importava onde morasse, desde que Jocelyn e Jonathan estivessem com ele. E Hush era parte da família, com sua amizade tão pura que era como um irmão para Leo. E ver Slade arrancando seus cabelos tinha seu atrativo.
Ele entrou no quarto e estendeu o copo para Jocelyn.
"O famoso suco de Candid."
"Pensei ter ouvido Honest na cozinha." Ela o olhou com olhos atentos.
"A voz dos dois é a mesma." Leo disse.
"Honest fala mais alto. E é mais irônico, mais engraçado." Ele sorriu.
"Adoro fêmeas inteligentes." Ele a beijou, assim que ela tomou todo o suco. Tinha um gosto agradável, mas estranho. Ela arrotou bem alto, arregalou os olhos e tapou a boca.
"Me des..." Outro arroto, mais alto ainda.
Ela fechou a boca com força. Nenhum som saiu. Mas quando tentou falar alguma coisa, outro arroto alto e nojento saiu da boca dela.
Lá fora, Honest, Simple, Jonathan, as florzinhas e até Hush riam a cada arroto que Jocelyn soltava tentando conversar. Leo rugiu:
"Candid!"
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LEO
FanfictionLeo sempre odiou os humanos. Tanto que viver na Reserva, bem na Zona Selvagem o fazia feliz, exatamente por não haver humanos ali. Ele tinha tudo o que precisava: amigos, trabalho duro e uma paisagem linda. Até o dia em que encontrou uma linda human...