Capítulo 13 - Maksin

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Podia, de alguma forma, sentir ou saber, não tenho certeza, que meu corpo estava tremendo.

Não sabia o que alguém pensaria caso me visse, mesmo que quisesse não poderia imaginar, o pequeno fio de lucidez ainda muito fraco em relação a névoa mental do sono aprofundado.

Era óbvio que eu estava sonhando, quando se vive repetidas vezes o mesmo pesadelo é facílimo decorar tudo que acontece nele. Todos os passos e lugares. E mesmo que pareça que eu possa ter certa autonomia na minha própria cabeça, que posso controlar a redundância, ou até mesmo decidir interromper esse sonho... Isso é uma ilusão.

Esse é o pesadelo. E em como todas as outras vezes me encontro amarrado por minha própria mente, obrigado a ser um expectador e o protagonista da minha angústia.

Sinto meu peito pesar como se, de repente, o ar no ambiente fosse rarefeito, meu estômago se contrai, levando um frio extenso que toma conta da minha espinha e ácidos se estacam na minha garganta queimando, e queimando.

Meu coração bate cada vez mais frenético e forte, quando em uma tortura lenta eu me forço a andar um passo de cada vez. Quando chego em frente a porta imaginária, mas que no momento parecia bem sólida, estico a mão e toco a maçaneta, mas não consigo girá-la, parece até que meus ossos viraram gelatina.

E apesar de isso ser um sonho estou falando realmente no sentindo figurado da coisa, meus ossos não viraram gelatina, apenas estou sem forças demais para virar a maçaneta.

Covarde demais para girá-la, por que sei o que tem detrás da porta. E não quero ver, não de novo.

Mas covardia, há muito, deixou de ser parte do meu ser, então apenas me forço a engolir o medo e o receio, engulo-os seco e eles atravessam ardendo por minha garganta. Não ligo para isso, não ligo para a dor. Respiro fundo três vezes, inspirando e expirando, em todas as três o ar entrou em meu corpo como navalhas afiadas, e saiu da mesma forma.

Rasgando. Queimando.

Podia me sentir sangrando por dentro, e por fora.

Então decidi abrir a porta, porque o que não seria mais uma pitada de desolação em um banquete de sofrimento?

E assim como das outras vezes, me arrependi amargamente de tê-lo feito.

— Maks!


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Como Odeio Amar VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora