Capítulo 22 _ Allysson

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Antes de prosseguirem neste capítulo vou reiterar os gatilhos desta história:

Bullying, violência, suícidio, assédio sexual, uso de drogas, citação a estupro e estupro.

Eu deveria ter colocado este recadinho uns capítulos atrás, maasss... não custa colocar aqui na frente. Não leiam minha história (e este capítulo) se tiverem qualquer um dos gatilhos acima citados. 

No mais, obrigada por lerem 🥰🥰🥰


🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟


Eles vibram nas escadas, ansiosos. Estamos vencendo por 2 a 1 e o time adversário está desesperado para empatar, afinal está faltando apenas dois minutos para o fim do jogo e esta é a única chance de eles vencerem, nos pênaltis, é claro.

Eu pregado de suor, todo escorrido, destruído. A sensação é maravilhosa! Corro em direção ao atacante do time adversário o enquadrando, em sua primeira falha roubo a bola e o driblo para logo dar um chapéu em outro, domino-a e chuto para Renan.

Sigo correndo.

Renan passa para Thales que lança a bola para Maksin, ele repassa pro idiota de novo e eles vão chegando cada vez mais próximos ao gol.

Thales perde a bola para o zagueiro que chuta para o meio de campo. Corro com tudo o que tenho, faltam trinta segundos. Intercepto a bola, devolvo para o melhor ângulo, no caso, o babaca, ele chuta para Regbo que lança a bola certinha. Rente ao gol e, derrapando, Maks faz o nosso último ponto.

A plateia vai a loucura. Um coro de alegria e raiva, são as quartas de final e acabamos de derrotar o time deles em sua própria escola.

Desabo exausto no chão.

Sinto como se meus pulmões quisessem fugir de dentro de mim, minhas pernas estão molengas e não tenho certeza de que consigo levantar.

Nunca na minha vida esta frase fez tanto sentido para mim: Eu daria meu reino por um copo de água.

Durante um tempo eu fico ali, tentando respirar, já que, de repente, isso passou a ser algo muito complicado de se fazer. Os minutos vão passando e a queimação em minhas pernas só vai piorando, sinal de que meu sangue começa. Ótimo! A ideia de me erguer passa a ser uma tortura.

Mas usar torura para descrever isso, não é bem exagerado? Tipo. Tortura é tortura? Ou tortura é tortura? Tipo a tortura medieval, ou a tortura do psicólogo? 

Não. Tenho quase certeza de que falei alguma coisa errada aqui, apesar de que não tem como usar o contexto falar quando só estou pensando, mas... onde eu estava? Ah sim. Tortura psicológica. 

Pera. Eu disse tortura psicológica?

De repente, surge em minha visão um menino loiro que me estende a mão, a aceito e ele me puxa. É um dos jogadores do outro time.

— Bom jogo. — Ele fala por educação antes de seguir para o próprio vestiário.

Já de pé, passo os olhos pelo campo, todos os meus colegas comemorando. Renan ao longe com Lucas e Vittorino, conversando, mas não é eles que procuro. Olho na direção que inicialmente eu já estava atraído e lá está ele, Maksin.

A blusa do time, tal como o short, gruda em seu corpo. Consigo ver cada gominho e músculo, o que é uma maravilha. Porque esse cara é gostoso e não é pouco, não! Mas me sinto frustrado só de imaginar vê-lo sem camisa e saber que é impossível ver além da minha imaginação, porque ele nunca fica sem camisa!

Como Odeio Amar VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora