Vamos cuidar dela

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Bruna correu na frente da Taís, avistaram um grupo de pessoas na área recreativa da piscina. O coração da Bruna apertou mais ainda, foi empurrando as pessoas para os lados e ver o que estava acontecendo. Ela ficou perplexa  quando viu Fernanda caída no chão desmaiada. Correu para cima da menina e alguém falou:
- Não pega nela! Os paramédicos estão vindo... - Alguém que estava contendo a aglomeração falou com Bruna sobre o risco de movimentar a menina que tinha sofrido uma queda.
- Filha! Filha! - Bruna gritava desesperada. - Ela está viva? - Bruna tremia por completo, perguntou em meio a lágrimas para esse homem que falara com ela.
Taís estava em meio a multidão estarrecida, não sabia como agir.
- Sim, esta apenas desmaiada por conta da queda que sofreu. - o homem apontou a altura do escorregador. - O pai dela foi buscar os paramédicos. Nesse mesmo momento Ricardo chegou com os paramédicos do resort e eles começaram imobilizar e socorrer a criança para leva-la a emergência. Bruna olhou para Ricardo aterrorizada, ele também estava completamente perdido. Eles entraram na ambulância e seguiram para o hospital.
Chegando no hospital, uma equipe de médicos e enfermeiros já aguardavam a criança. Começaram a aplicar os primeiros cuidados na menina e entraram com ela para a sala de atendimento da emergência. Bruna tentou ir atrás, gritanto em meio ao choro:
- É minha filha, minha filha...- falava com um choro copioso. Uma enfermeira a conteve e falou olhando em seus olhos confiante:
-  Vamos cuidar dela...Precisamos que esperem aqui para que possamos fazer o nosso trabalho. - a enfermeira colocou a mão no ombro da Bruna e correu para dentro da sala. Ricardo se aproximou e abraçou a esposa.
Algum tempo passou e nada de alguém sair para dad notícias ao casal que estava aflito.
- Vou entrar lá. - Bruna falou impaciente.
- Não, vamos esperar...
- Ricardo, não aguento mais esperar! Porque demoram tanto??? - Bruna falava com a mão na testa.
- Bruna, onde você estava na hora que a Fernanda caiu? Não te encontrei... - Ricardo indagou curioso. Bruna ficou confusa, não conseguia raciocinar naquele momento. Sua vida tinha virado de cabeça para baixo.
- E-e-eu tinha subido para o quarto para tomar um remédio para dor de cabeça. - foi a única coisa que conseguiu pensar.
- Vocês são os pais da menor Fernanda? - uma mulher, médica saiu da sala de emergência. Bruna e Ricardo correram para receber notícias.
- Nós dra. Somos os pais. - Bruna se identificou angustiada.
- Ela está estável, entretanto nós entendemos que foi uma queda considerável, por isso vamos precisar interna-la na ala pediátrica para mante-la em observação...
- Mas se ela está bem, é necessário internar dra? - Ricardo questionou.
-Fizemos alguns exames de imagem que não acusam nada, mas existem hematomas, coleções que aparecem um pouco depois da queda. Ela bateu com a cabeça e essa observação é muito importante. - A médica explicou pacientemente.
- Claro dra. O que for necessário...- Bruna falou. - Podemos ver ela?
- Podem, mas vou pedir que um de vocês a registrem o mais rápido possível na recepção para podermos instalar ela em um quarto.
- Eu vou... - Ricardo falou.
- Ótimo, então você me acompanhe por favor. - a médica pediu que Bruna a acompanhasse.
Chegaram na ala/setor que a menina foi atendida e ela estava deitada em uma cama hospitalar.Tinha um monitor que informava seus sinais e acesso na veia. Bruna sentiu seu coração apertar em ver a filha naquela situação. Seu coração estava a mil, mas precisava manter a calma pela pequena. Respirou fundo e se aproximou da menina que estava acordada.
- Minha princesinha arteira... - Bruna sorriu dando carinho na menina.
- Mamãe! - a menina fez menção de levantar, mas a médica não deixou.
- Fernandinha, meu amor, lembra do que a gente combinou? Você precisa ficar deitadinha por mais um tempinho. Sua mamãe já está aqui para ficar com você.
- Ela precisa disso tudo dra? - Bruna se referia aos acessos e monitores.
- Por enquanto sim, mas depois que for para o quarto, vamos tirar...
- Então minha princesa, pode me dizer o que você estava fazendo no escorrega de criança grande? Mamãe disse para você não subir...
- É que o Pedrinho mandou eu subir mamãe...
- Quem é Pedrinho? E outra... Desde quando você obedece ordem dos coleguinhas? Mamãe já te ensinou a dizer não quando for errado. - Bruna conversava com a menina, e isso era bom, para manter seu cérebro em funcionamento.
Depois de registrar, Ricardo foi ver a filha também. Eles ficaram um tempo na emergência e logo subiram para um quarto individual na ala pediátrica do hospital. Era um bom hospital, parecia ter boa equipe de saúde, e bem equipado também.
Eles entraram no quarto, já era noite. A menina estava com sono, Bruna estava insegura da menina dormir, por conta da queda, mas não podia impedir. Ela e Ricardo se acomodaram nas cadeiras do quarto. Estavam cansados.
- Você precisa retornar no resort para fazer o check out e pegar nossas coisas... - Bruna falou com o Ricardo.
- Não me sinto seguro de ir... Se ela precisar de mim? - Ricardo indagou.
- Eu vou estar aqui, e ela está bem... Se algo acontecer, eu te ligo imediatamente. Além do mais você não deve demorar... - Bruna convenceu.
- Ok, mas por favor, me liga qualquer coisa. Não vou demorar...
- Pode deixar. - Bruna se ajeitou na cadeira do lado da cama da menina. Respirou fundo. Ricardo beijoi a cabeça da filha e deixou o quarto do hospital.
Bruna olhou para filha com preocupação, não sabia o que poderia acontecer, ela estava em observação. Tinha muito medo e sentia aperto no coração o tempo inteiro.
Passou algum tempo e o telefone do quarto tocou. Bruna franziu a testa e correu para atender antes que acordasse a criança.
- Alô?! - perguntou confusa.
- Oi, aqui é da recepção do hospital. É  que tem uma pessoa aqui que quer falar com você.
- Quem?
- O nome dela é Taís. - a recepcionista respondeu, Bruna colocou a mão na testa, havia esquecido por completo da Taís.
- Vocês podem deixar ela subir?
- O horário de visita ja acabou...
- Mas não podem abrir uma concessão? - Bruna se deu conta de que estava sem o celular e que não tinha nenhum meio de contato.
- Infelizmente não senhora...
- Posso falar com ela pelo telefone?
- Só por alguns minutos... - a recepcionista concedeu e passou o telefone para Taís.

A Previsão do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora