Ela vai casar

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Chegando no bar, Rosângela já tinha uma mesa reservada, estava rolando uma roda de samba. Era premeditado  Rosângela curtia esses bares super animados. Bruna chegou tímida, na mesa tinham pelo menos três casais, e dois rapazes. Todos se conheciam e pareciam se encontrar frequentemente, Bruna sentiu-se deslocada, tímida. Ela conversou um pouco com cada um, uma das mulheres, a reconheceu da televisão e foi a que mais conversou com ela. Falaram sobre casamento, filhos, Bruna contou sobre o divórcio e virou algumas canecas de chopp para dentro. Rosângela resolveu tirar Bruna para dançar, ela estava extremamente tímida, mas também ficando bêbada, acabaram dançando, entretanto samba não era seu forte, errou muitos passos. Rosângela como professora ajudava a aluna. No final, Bruna estava se divertindo. Essa mulher que conversava mais com ela se aproximou enquanto dançavam e passou a jogar algumas cantadas, Bruna ficou confusa, pois a mulher estava com o marido que não parecia ligar muito. A mulher então sorriu e Bruna retribuiu o sorriso tímida, era uma mulher atraente, morena, alta, olhos negros e cabelos crespos bem soltos. Bruna tinha quedas por mulheres altas. Ela não tinha ideia do que estava fazendo, mas estava realmente bêbada e aquilo parecia uma ótima idéia para não pensar na Taís. A mulher percebendo que tinha passagem se aproximou mais ainda da Bruna e começaram a sambar juntas. A mulher passou a mão na cintura da Bruna e sussurou no seu ouvido:

- Podemos ir ali? - mulher atirou ousada.

- Mas e seu marido? - Bruna perguntou confusa.

- É aberto... O relacionamento é aberto... Vamos... - A mulher continuava a sussurar no ouvido da Bruna que quase cedeu, a mulher era muito sedutora.

- Mas se é aberto... Porque vamos ali para trás??? - Bruna indagou ainda dançando com a mulher.

- Você é esperta... - a mulher sorriu surpresa.

- Quer dizer que menosprezou minha inteligência? - Bruna indagou provocando.

- Ok, você prefere assim, na frente de todo mundo, não tenho problema com isso... É que achei que por ser uma figura pública quisesse ficar mais reservada. - a mulher se justificou.

- Olha, me desculpa... - Bruna parou de dançar, colocou a mão na cintura, sorriu e continuou: - Nós mulheres somos dramáticas mesmo, olha para a gente, fazendo um baita "dr" sobre uma simples ficada? Vem cá... - Bruna confiante, bêbada puxou a mulher pelo braço e a levou para trás do bar.

Chegando lá, encostou a mulher contra a parede e a invadiu com uma beijo intenso. A mulher animada retribuiu e o beijo avançou pelas preliminares. Bruna retribuiu passando a mão sedenta por baixo da blusa da mulher que gemia de tesão, nesse momento em que Bruna invadiu por baixo da blusa, a mulher a travou a mão da Bruna e falou:

- Eu vou entender se não quiser, mas podemos convidar meu esposo? Ele gosta de participar... - a mulher pediu, Bruna sentiu seu corpo gelar, aquilo era demais para ela. Ao mesmo tempo surgiu uma certa curiosidade, vislumbrou uma oportunidade. Era um casal muito atraente, o marido era negro, másculo, com um olhar muito sedutor. Bruna sentiu desejo por aquela experiência, mas ao mesmo tempo muito medo e insegurança. A mulher vendo que ela estava relutante, confusa, voltou a beija-la e falou entre o beijo:

- Esquece o que eu falei... Vamos só nós duas, está muito bem assim. - mulher invadiu Bruna com um beijo intenso que a deixou com vontade de experimentar e em um impulso, ela falou sussurando entre beijos curtos:

- Pode ser na casa de vocês?

- Sério que você vai aceitar meu convite? - a mulher parou de beijar Bruna e olhou para ela surpresa. Bruna confirmou com a cabeça, a mulher estava em êxtase. Se recompuseram, pegou na mão da Bruna e foram chamar o marido para saírem dali.

Eles estavam bêbados, então pegaram um uber. Os três sentaram atrás, Bruna no meio do casal, eles estavam um pouco tímidos a princípio, então o homem tocou no rosto da Bruna e deu um selinho nela. Ela retribuiu nervosa, a mulher falou:

- Bruna, fica tranquila, que não vai rolar nada do que não queira... - A mulher acariciou o rosto da Bruna e a beijou também. Bruna se sentia infinitamente mais a vontade com ela. Os três ficaram trocando algumas carícias no carro e Bruna pensou que poderia ter feito isso com o Ricardo, talvez tivesse feito seu casamento re-acender, ela não poderia negar que era muito interessante. Eles três entraram no apartamento do casal, que era bem luxuoso, ficava inclusive na cobertura. Bruna ficou admirada com tanto luxo, provavelmente eram um casal muito bem sucedido no que faziam. Assim que entraram a mulher veio por trás e beijou Bruna no pescoço, por um instante Bruna suspirou achando que fosse a Taís ou pelo menos teve essa sensação. Ela estava sentindo saudades da Taís e não estava fazendo nada para impedir seu casamento. Estava sim, indo ao caminho oposto, chegando em um menáge. Seu pensamento se perdeu na Taís e ela não conseguia mais se concentrar nas carícias do casal. Bruna recuperou a sobriedade por alguns instantes e pensou a que ponto havia chegado, o que estava fazendo, há alguns meses atrás sua vida era completente diferente, e isso seria inaceitável. Pensou na Nandinha, que precisava trazer estabilidade a ela. E em sua rápida auto análise chegou a conclusão de que isso tudo não condizia com sua essência, fugia completamente dela. Bruna foi então freando e o casal percebera que ela havia murchado. A mulher então perguntou carinhosamente:

- Tudo bem?

- Desculpa... - Bruna falou recolhendo sua blusa e o sutiã e continuou:- Não vai rolar...

- Fizemos alguma coisa errada? Que te incomodou? - a mulher perguntou preocupada.

- Na-na-não... É que estou afim de outra pessoa.

- E porque não está com essa pessoa agora?

- Ela vai casar...

- Ainda não casou, certo?

- Não.

- Então existem chances. - a mulher sorriu e abriu a porta para que Bruna fosse embora. - Não a deixe escapar. - a mulher piscou os olhos.

- Obrigada e... desculpa por isso! - Bruna falou sem graça.

- Não se preocupe. - A mulher sorriu e se despediu da Bruna que foi embora apressada.

A Previsão do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora