Only Love ❤️

Cap. 29

Anna

Anna estava na casa da sogra entediada como sempre, queria que seu domingo fosse mais produtivo e suspira.

- Não me diga que está de dieta novamente meu bem, você está muito magra. Meus netos precisam de uma mãe saudável haha.

Como sempre Violet a enchia com comentários sobre o peso dela e com filhos.

- Mãe minha esposa está ótima.

Anna sorri para o marido e responde para sogra com suavidade.

- A senhora sabe que cuido da alimentação.

Violet não gostava muito da nora, achava que ela não era muito dedicada ao filho como ele era com ela. Sem contar que John trabalhava muito pra dar uma vida de rainha pra ela sem muito sucesso. Achava terrível ela não fazer nada em casa, mesmo achando a médica  muito bonita e querendo que ela lhe desse netos, queria que o filho fosse tão amado por ela como ele amava a nora.

- Você mal mexeu na comida, então achei que estava novamente de dieta.
- Não, só estou sem fome.

Anna levanta e recolhe os pratos para levar para a cozinha e a sogra a acompanha.

- Sabe eu sou uma mulher muito realizada com meus filhos, não me imagino sem eles.
- Imagino.

Violet tivera três filhos, mas só John era o mais dedicado e visitava a mãe com frequência, seus irmãos sempre davam desculpas, Anna passou a entender os cunhados depois de um tempo namorando o marido. A sogra era chata e tentava controlar tudo, não era de estranhar que Harry e Bettany corriam da mãe. A mãe de Anna era do mesmo jeito, por isso elas se davam bem.
Anna termina de lavar a louça e pragueja por ter quebrado uma unha.

- A senhora tem uma lixa?
- No banheiro querida segunda gaveta.

Anna vai até o banheiro mas não encontra a lixa, então entra no quarto da sogra pra procurar no banheiro de lá e é procurando a lixa que encontra outra coisa muito mais valiosa. Seu pingente.

****

Anna sente um misto de emoções, estava feliz por tê-lo encontrado mas furiosa com John.
O marido a fizera pensar que tinha se livrado do minúsculo objeto, mas ele levara pra casa da mãe.

- Você o encontrou?

John tinha ido atrás de Anna ao notar a demora dela.

- John o que meu pingente está fazendo aqui?
- Anna eu posso explicar!
- Você tem mesmo que explicar o que o meu pingente está fazendo no banheiro da sua mãe, eu acreditei que nunca mais o veria.

Anna estava furiosa com a atitude do marido.

- Anna não consigo tolerar e nem aceitar o fato de alguém ter te marcado tanto.
- Isso é passado John pelo amor de Deus.
- Querida por favor!
- Chega, vamos pra casa, você conseguiu mais uma vez me deixar irritada.

Anna guarda o pingente na bolsa, sua sogra não entende o que estava acontecendo quando o casal passa por ela na sala.

- Você achou a lixa meu bem?
- Sim, mas estou indo, vamos John.
- Mas está cedo?

John tenta distrair a mãe.

- Desculpa mãe Anna está com dor de cabeça.
- Ah querida está vendo só? Não se alimenta.

Anna fica possessa, porém não a responde e sai pela porta entrando no carro em seguida, era ponderada nas palavras mas estava no seu limite. E antes que respondesse e faltasse com respeito a sogra preferiu ir embora.

Ruby

Ruby estava com Suzanah no carro, elas tinham acabado de sair do festival e passaram uma tarde agradável, a noite chegara e a detetive lamentava o fim da sua folga.

- Gostou do festival?
- Sim, por que?
- Aquilo que você chamava de namorado, mencionou o fato de você não gostar de multidão.

Suzanah sorri e diz com tranquilidade.

- Eu não gosto de aglomerações mesmo, me sinto claustrofóbica. Mas o festival estava tranquilo.

- Entendo.

Ruby continua dirigindo e olhando pra frente, no caminho para casa da veterinária, de repente Anna aparece em seus pensamentos e balança a cabeça para espantar a lembrança.

- Está tudo bem?
- Claro, por que?
- Balançou a cabeça.
- Ah! Eu nem percebi.

Suzanah fica intrigada, Ruby era assim misteriosa...para puxar assunto comenta das tatuagens dela.

- A polícia não tem um protocolo para tatuagens?
- Se tem eu não estou sabendo, por que?
- Porque você tem tatuagens nos dedos, no pescoço, na nuca e atrás das orelhas.
- E essas são só as que você consegue ver gata...

Ruby diz com notas de sensualidade.

- Hum, então você tem mais?
- Sim, tenho os braços cobertos, uma entre os seios, uma embaixo dos seios, uma em cada lado da cintura, só não tenho nas costas nem nas pernas.

Suzanah fica surpresa e curiosa.

- Uauuuuu.
- Você tem tatuagens?
- Nenhuma hahaha.
- Hummmm.

Ruby fica ainda mais curiosa com Suzanah e desejou vê-la nua e só para ela.

- Tá entregue gata.
- Obrigada, gostei muito de hoje.
- Eu também.

Ruby não resiste e toca os lábios de Suzanah, olha intensamente para veterinária a desejando, sem aviso a beija. Suzanah não fica surpresa como achou que ela ficaria e nem sem afasta, ao contrário, retribuiu o beijo deixando a detetive satisfeita.
A veterinária por instinto coloca as mãos no rosto de Ruby que delicadamente as tira de lá e as coloca em seu pescoço. Suzanah gosta do beijo dela: era intenso, marcante e muito gostoso.
Ruby termina o beijo sugando o lábio inferior de Suzanah que geme.

- Gostosa.

A veterinária fica corada, a detetive era intensa e sabia bem o que queria. Nunca beijara uma mulher antes e gostou da experiência.
Ruby fica um tempo olhando pra ela e mexendo em seu cabelo,  já estava acostumada com aquele tipo de reação, mulheres héteros geralmente ficavam mudas depois que eram beijadas por ela.

- Está tudo bem?
- Está, eu só estou pensando.
- Em que? Me fala.
- É que...eu nunca fiquei com uma mulher.
- Relaxa, foi um beijo e eu não resisti, mas não vou te pedir desculpas, porque não me arrependo nem um pouco.

Suzanah ri quebrando a tensão, não queria demonstrar emoção, não era uma adolescente, mas ficou realmente em êxtase com o beijo. Tinha sido muito bom.

- Certo.
- Ok, e nos vemos por aí?
- Claro, dá um beijinho na Mandy.
- Pode deixar.

Suzanah desce do carro deixando Ruby feliz, quem sabe o que futuro reservava para ambas.