Only Love ❤️

Cap. 46

Ruby
Momentos antes de ir na casa de Anna...

Ruby tinha ido pra casa, no caminho tentava se acalmar, seu pai falaria um monte. Mas não ligava, estava preocupada com Suzanah, a deixara com uma amiga, e pediu por notícias caso ela acordasse histérica, não entrou em detalhes com a amiga da veterinária. Os amigos de Suzanah assim como seus pais estranhavam o fato dela ter "virado" lésbica, não tinha tempo pra explicar o inexplicável, aconteceu, foi bom. Mas Ruby no fim se culpou, não teve responsabilidade afetiva, deixou os prazeres da carne falarem mais alto.
Quando chega em casa, procura pela arma sem sucesso.
- Porra cadê aquela merda.
Carmem já estava de saída e mais calma, não se atreveu a perguntar nada pra Ruby, além dela estar nervosa sabia que a detetive odiava que se metesse na vida dela.
- O que está procurando?
- Minha pistola, você viu?
Bom, eu acho que a moça que estava aqui pegou, eu a vi colocando algo na bolsa mas não vi o que era.
- Ok.
Ruby ficou pensando no que Anna poderia querer com a sua arma.

****

Na casa de Anna...

Ruby se lembrava do caminho até a casa de Anna, só não sabia o apto, usou todo o charme que tinha para conseguir a informação do rapaz que estava cuidando das plantas, não queria passar na portaria, não sabia se o porteiro era fofoqueiro e não queria encrencar Anna. Sendo assim, conseguiu inventar uma mentira bem cabeluda e o rapaz lhe forneceu a informação. Fez uma anotação mental de avisar Anna que seu prédio não era seguro, todo mundo sabia da vida de todo mundo.
Ao chegar no apto, e ser atendida, perguntou sem delongas.
- Você pegou minha arma Anna?
- Uauuuu você não muda.
- Anna para, eu tenho que deixar com o Bill.
- Porque?
- Vai me deixar entrar ou vamos conversar aqui?
- Ah desculpe entra.
Ruby conta a Anna todo o acontecido e a médica fica aborrecida, esqueceram do tempo e agora Ruby arcava com as consequências.
- Edward vai ficar uma fera com você Ru.
- Porra eu não ligo você sabe...preciso da minha arma, tenho que levar para o chefe.
- Eu peguei porque eu a vi jogada no chão, se Suzanah voltasse sei lá o que poderia acontecer. Ela te ameaçou não foi?
- Sim, mas a arma estava travada, não tinha jeito dela conseguir destravar, tem duas travas de segurança. Mas não podemos arriscar uma arma na mão de alguém histérico.
- Sim...e agora como fica vocês duas?
- Não fica Anna eu tenho que terminar com ela, mas Suzanah vai fazer outro escândalo.
Ruby coloca as mãos no cabelo, estava perdida com toda a situação, suspensa e com um abacaxi nas mãos.
- Estava até usando aliança, achei que fosse sério.
- Ah isso? Suzanah insistiu e você sabe que eu não ligo pra essas coisas, só pra essa aqui.
Ruby pega no pingente de asa de anjo e se aproxima de Anna.
- O único objeto que me importo de usar meu colar, com os pingentes de asa e as iniciais, somente.
Ruby beija a testa de Anna, Suzanah fez questão de usar uma aliança porque queria que outras mulheres vissem que Ruby não estava disponível, mas era o coração da detetive que não estava disponível.
- Ruby ela gosta muito de você.
- Eu sei...
Ruby e Anna não se soltam do abraço e pra descontrair Ruby muda de assunto.
- Então é aqui o reino da minha Anna?
Anna sorri e diz que sim com a cabeça e mostra o apto pra Ruby.
Ruby sabia que Anna era uma mulher que gostava de coisas bonitas e caras, mas John não podia acompanhar os desejos da mulher. Mas era esforçado, Ruby não podia negar. Assim como ele, gostava de presentear Anna, de mimá-la, quando namoravam não faltava nada pra ela. Anna nunca pediu nada pra Ruby mas mesmo que pedisse seu desejo seria atendido.
- É até que ele cuidou bem de você hahaha...
- Sua boba, para com isso.
Ruby nota o pingente de Anna pousado no pratinho, ficara imensamente feliz por ela o ter ainda, mesmo que não usasse. Mas Anna não lhe contou o que passou nas últimas semanas por conta dele.
- Anna eu tenho que ir, ter uma conversa definitiva com Suzanah e ir na Crows enfrentar meu pai.
- Ok
Ruby beija Anna com ímpeto, não queria soltá-la, queria deitá-la na cama e fazer amor, ainda não matara toda a saudade acumulada pelos anos que não estiveram juntas. Mas estava consciente que não seria uma tarefa fácil, assim como Suzanah, John não ia gostar da novidade e tampouco querer perder Anna.