Cap. 31

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Anna

Anna conferia o resultado dos exames e como tinha previsto eles foram trocados, colocou nas pastas corretas após algumas observações que teve que fazer. A médica ouve uma batida na porta e pede pra pessoa entrar, só não imaginou que fosse Ruby.

- Cadê meus exames?

Anna revira os olhos, odiava essa grosseria dela.

- Oi pra você também.
- Oi meu cú.
- Credo Ruby, você é muito grossa sabia?
- Anna dá logo meus resultados.

Anna se aborrece mas se impõe.

- Enquanto não falar direito comigo não dou nada.
- Então engole essa merda.

Ruby dá de ombros e saí da sala, a médica olha pra cima revirando os olhos, havia esquecido por um breve momento que a ex era cabeça dura e não dava o braço a torcer, mas anda até a soleira da porta e lhe diz.

- Sobe sem os resultados pra anexar no seu relatório que vai ficar a semana preenchendo papéis, você escolhe.

Ruby para e levanta a cabeça em direção ao teto bufando, coloca as mãos na cintura, pragueja, dá meia volta e retorna pra sala de Anna.

- Assim que eu gosto.

Anna dá um sorrisinho vitorioso e Ruby lhe diz com extrema grosseria:

- Vai à merda.
- Vai você. Estou terminando minhas observações, espera um pouquinho aí.

A detetive sem um pingo de paciência retruca:

- Acha que eu tenho tempo pra ficar perdendo?
- Tem e vai esperar. E não me apresse, odeio fazer as coisas com pressa.
- Disso eu sei bem...

Anna ignora o comentário e vê que Ruby está xeretando a sala, mexe em alguns objetos e faz careta para uma foto que ela está com John.

- Para de mexer nas minhas coisas por favor.
- Não.
- Você é pior que criança sabia? Muito teimosa.
- Bla bla bla.

Anna suspira, detestava esse comportamento de Ruby, ela fazia isso com os dedos nos ouvidos, igual às crianças.

- Nem parece que tem 33 anos. Se tivesse levado umas palmadas quando criança não seria assim...
- Bla bla bla não estou ouvindo.
- Cala a boca Ruby.
- Vem calar se for mulher.

Anna fica possessa, a ex-namorada era impossível e conseguia ser muito irritante quando queria.

- Saí da minha sala. Espera lá fora.
- Isso é que não doutora, pediu pra esperar aqui e aqui eu vou ficar.
- Sua insuportável.
- Uhummm...

Quanto mais Anna falava mais Ruby a irritava propositalmente. A médica termina suas observações e joga a pasta no rosto da detetive que fica surpresa com tal atitude.

- Depois sou eu a grossa.
- Some da minha sala.
- Fala direito comigo eu não sou aquele paspalho que você chama de marido.
- Bem que você queria ser.
- Sou muito melhor que ele e você sabe disso, não adianta se esconder Anna.

Anna se cala, sabia que ela tinha razão, quando ia responder o celular da detetive toca e ela atende. Ruby se retira, levando a pasta na mão e com o celular na outra, bate a porta e Anna fica com raiva por descobrir que ela ainda falava com a tal Suzanah.

Ruby

Ruby saí da sala de Anna e no corredor fala com Suzanah.

- Oi Ruby atrapalho?
- Não, e aí como está?
- Bem, você não quer jantar aqui em casa?
- Hum, tá bom, que horas?
- Às 19:00 está bom pra você?
- Claro gata, até.

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