Cap. 62

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Anna

Anna fica incrédula com o infortúnio de Ruby, quando não era uma mulher furiosa pela rejeição era outra. Ficou com remorso por ter desconfiado da detetive dias atrás, sabia que ela não mentia.
- Bom eu vou de Uber e você de moto simples.
- Claro amor.
- Eu posso arrumar sua mala para Vegas?
- Não eu arrumo.
- Ok.
Anna dá um beijo em Ruby e sai primeiro que ela. Não tinha conseguido as horas extras, porque Bill já tinha colocado o outro legista, então não lhe sobrou trabalho pra fazer além do que já fazia no seu horário.
Quando chegou no departamento, antes de descer para o seu setor quis passar na copa pra pegar café e dar um oi para Heather...

****

Sophya estava na delegacia respondendo por ter depredado o carro de Ruby, não estava na sala de depoimento, não era o procedimento padrão para um caso como o dela. Estava sentada e Victor fazia anotações.
- Porque depredou o carro da detetive Shültz?
- Não fui eu.
- As imagens dizem outra coisa. Quando a detetive chegar ela vai querer uma acareação. Facilite meu trabalho, e não cutuque a onça. Não a conhece.
- Conheço bem aquela vadia.
Sophya se cala, acabara de se acusar.
- Então confessa que arranhou o carro dela e furou os pneus?
- Sim.
- Porque?
- Aí seu policial coisa minha.
- Ok, eu vou passar seu depoimento a limpo, pode pegar de seis meses a um ano por destruição de bem particular. Exceto é claro se a detetive aliviar pra você. Eu já venho, não saia daí.
Sophya não estava nem aí, todas as vezes que visse o carro de Ruby, iria arruiná-lo, sabia que a detetive o adorava. Sophya olhava em redor desinteressada até ver Anna, ficou confusa de vê-la por ali. Pensou que ela também era policial. Mas não ligou e a xingou, seus ciúmes falou muito mais alto...

****

Depois que saiu da copa e estava se direcionando para seu andar, Anna ouve seu nome.
- E aí Anna, sua vadia, transa com a Ruby na viatura também?
Anna se vira no mesmo instante, ficou incrédula ao ver Sophya, e mais incrédula ainda de ser exposta.
- Está gostando de ter voltado com ela? Se você não existisse eu poderia ter tido uma chance.
As pessoas em volta param o que estão fazendo para ouvir. Anna olha pro chão, estava morrendo de vergonha.
Ruby chega uns minutos depois e mexia no celular até ver os colegas parados, tira o óculos escuros quando seu olhar cruza com o de Sophya. Tinha denunciado Sophya, só não pensou que iam chamá-la para esclarecimentos tão rápido.
- Ah agora chegou a vagabunda.
- Garota meça as palavras pra falar comigo.
- Que foi está bravinha porque estraguei seu brinquedinho? Não pode mais usá-lo com a outra vadia ali.
- Cale-se Sophya, você não vai dar um show aqui como fez no dia do restaurante.
Anna observa, estava farta de se esconder, e mais farta ainda de ver Ruby sendo agredida verbalmente. Decidida, anda até Sophya e lhe dá uma bofetada no rosto.
- Cale-se garota, você não tem nada a ver com a minha vida, aliás ninguém tem. Jamais teria uma chance real com a Ruby, você é escandalosa, pedante, arrogante e insuportável. Me admira que ela tenha saído com você um dia.
Todos que estão por perto ficam chocados com Anna, que sempre fora gentil e nunca entrou em conflitos, principalmente Ruby.
- Para meus colegas que estão vendo essa cena lamentável, quero que vocês saibam que eu retomei meu antigo relacionamento com a Ruby, nos conhecemos muito antes de me casar com meu ex-marido, estou cansada de me esconder no mundo, esconder a minha essência e o que sinto por ela. Levei anos para ter coragem de sair do armário, e já que estou sendo exposta, eu não vou negar o que sinto e muito menos me esconder. E quanto a você Sophya se limite a voltar pra sua vida e deixe a Ruby em paz.
Sophya fica chocada, com o tapa e com as palavras de Anna.
A médica pega na mão de Ruby e entra na sala dela e fecha a porta, sem ligar para os olhares.
Encosta Ruby na parede e a beija, estava livre finalmente.

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