Cap. 32

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Ruby

Ruby fez amor com Suzanah mais uma vez, só que dessa vez na cama. E como da primeira vez a veterinária atingiu o orgasmo com êxito, ela estava exausta e a detetive satisfeita.
Ruby olhava para o teto acariciando os cabelos de Suzanah, ela estava deitada em seu peito. Gostou de ficar com ela, na segunda vez que transaram a veterinária estava menos tímida. Seu momento de plenitude é quebrado com a pergunta inevitável de Suzanah.

- Quem é Anna, Ruby?

Suzanah vira a tatuagem embaixo do seio, escrita com uma letra bonita e como Sophya ficou curiosa.

- Alguém do meu passado.
- Hum, e essa pessoa tem o seu nome no mesmo lugar?
- Não...ela é alérgica as tintas de tatuagem, descobriu isso muito antes de me conhecer.
- Ahhhh, lugar curioso que você escolheu.
- É...

Ruby não contou para Suzanah porque não queria se aprofundar, mas Anna gostava de beijar e chupar os seus seios, não só isso era a parte do seu corpo que ela mais gostava, no segundo aniversário de namoro, Ruby fez uma surpresa e eternizou seu amor por ela na pele. Desde aquele dia se tornara sua tatuagem favorita, mesmo não estando mais com a médica, a detetive nunca pensou em apagar a tatuagem e não ligava se outras mulheres achassem ruim, Anna seria a única mulher que teria o nome tatuado em seu corpo.

- Se ela não fosse alérgica você acha que ela faria?
- Talvez...

Ruby estava monossilábica, uma indicação que não queria conversar e muito provavelmente não sobre seu passado ou a ex.
Suzanah pergunta se ela estava com fome mas ela nega.

- Perdeu a virgindade com Josh?
- Hahaha não, mas, eu tenho pouca experiência, ele foi o segunda cara com quem eu fiquei. Perdi aos 21.

Ruby fica incrédula.

- "Tá" brincando?
- Ué por que ? E você?
- Com 15.
- Quem era o cara?

Ruby sorri e a lembra com docilidade.

- Su, você não lembra o que te falei?
- Ah! É verdade desculpa.
- Homem não me toca, só mulher.

Suzanah dá uma risadinha mas lembra de algo que Ruby lhe falou.

- Sim, mas você disse que já os beijou.
- É...mas sabe brincadeiras de adolescentes, essas tipo verdade ou desafio?
- Ah sim.
- É isso.
- Puta merda, já entendi, já sabiam que você era lésbica e faziam de propósito.

Ruby caí na risada e confessa o impensável.

- Não gata, eu sou louca mesmo, sempre escolhi o desafio, mas aquelas pragas me pregavam peças hahahaha. E aí eu beijava.
- Não passava de beijo né?
- Se refere a sexo oral?
- Sim.
- Nunca, Deus me livre, prefiro morrer a colocar um pau na minha boca.

Suzanah dá uma gargalhada, Ruby além de linda era muito divertida.

- Suponho então que homem nenhum nunca tentou te agarrar?
- Já aconteceu...mas ele se arrependeu amargamente.

Ruby conta a Suzanah que quando tinha dezoito anos pouco antes de conhecer Anna, um colega do time de futebol da faculdade tentou violentá-la quando lhe deu carona, mas não contou com o fato que ela sabia se defender, não só conseguiu fugir do ataque como mandou o cara para o hospital.
Seu pai Edward sempre a incentivara a ter aulas de defesa pessoal independente da sua sexualidade, e agradeceu o pai por ter insistido nas aulas, foi por conta desse episódio que Ruby passou a se interessar mais em seguir a carreira policial.

- Mexeu com a pessoa errada não é?
- Com certeza, todas as mulheres deveriam saber defesa pessoal.
- Eu ando com spray de pimenta.
- Isso é bom gata, mas se você não souber usar só vai deixar o agressor mais irritado. Quando eu puder eu te ensino algumas coisas.
- Certo.

Ambas conversam mais um pouco e trocam beijos antes de finalmente se renderem ao sono. Ruby estava visivelmente relaxada a tensão de dias atrás enfim deixara seu corpo.

Anna
Alguns dias depois...

O aniversário de casamento de Anna chega, mas ela não estava em clima de comemoração, na verdade nunca esteve, mas John não tinha culpa de ter casado com uma lésbica enrustida, então ensaiava seu melhor sorriso para não chatear o marido e nem levantar suspeitas.
Desde o dia que encontrara o pingente ficou mais receosa dele descobrir algo, sabia que Edward não contaria nada, mas nunca mais ficou tranquila desde que sem querer atraiu a atenção de John para o pingente, que antes o ignorava. O pingente voltou a ocupar seu lugar cativo: um pratinho em forma de coração onde Anna colocava seu anel solitário que fazia par com a aliança, não gostava de dormir com o solitário pois tinha medo de cair a pedra. John lhe comprara outro após ela perder o primeiro e agora tinha cuidado a todo momento.
Outro motivo pra não estar num bom dia, é que notou que Ruby estava mais feliz do que de costume, a detetive ostentava um anel de compromisso na mão direita, dias depois delas se estranharem em sua sala. Soube por Heather que ela estava namorando Suzanah, o humor da ex e até seu comportamento estavam mais leves, Heather lhe fofocara que ela não alfinetava os colegas e até chegava no horário.
Anna sabia que esse comportamento era devido ao fato dela estar fazendo sexo com certa frequência e por ter uma companhia, era o escape favorito dela. Só não tinha certeza se a namorada nova acompanharia o pique de Ruby que era insaciável e raramente passava uma semana sem, se estivesse em um relacionamento.
Ruby com certeza ouvia algumas piadas por estar se comportando de outra forma, mas como sempre sabia que ela não ligaria e calaria a boca da pessoa se sentisse ofendida.

- Parabéns doutora pelo aniversário de casamento.

Ashley sua assistente a cumprimenta e a tira de seus devaneios.

- Ah, obrigada.
- O que ganhou do seu marido?
- Nada, deve me dar alguma coisa a noite.

Anna não ligava se ganharia algo, John sempre lhe dava presentes por qualquer motivo, ironicamente Ruby também era assim. Deu um sorriso ao pensar que era algo que eles tinham em comum.
Afastando os pensamentos, se concentrou no trabalho, sairia mais cedo, já pedira permissão a Bill e tinha muito o que fazer ainda.

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