capítulo 2: desafiando alguém

6.4K 435 58
                                    

Jason cutucou meu ombro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Jason cutucou meu ombro.

— Aceita ou não? Vai ser divertido.

— Tudo bem. — abri um sorriso, mirando minha atenção na rua.

Boa sorte, camarada. Nos proporcione um belo show. – Alan deu risada com os outros, enquanto Jason montava em sua Super Duke.

A minha era uma Ninja H2R escura e bem cuidada. Pertenceu ao meu pai, antes do velho falecer.

Assim que coloquei o capacete, Jason já estava aquecendo o motor. Ele arrancou um tempo depois e eu não demorei muito a pegar o jeito. Logo estava correndo sobre o asfalto em alta velocidade.

Depois de ter ultrapassado Jason, eu já me sentia vitorioso, mas isso findou assim que ele ficou lado a lado com minha moto durante a corrida de volta.

Eu conseguia ver seu sorriso enorme embaixo do capacete e sorri também, até perceber que nossas motos ficaram perigosamente próximas.

Franzi o cenho, preocupado, e para não colidirmos, decidi me afastar mais para o lado.

Sem pensar muito, atravessei a poça d'água que a chuva provocou.

A água suja espirrou para todos os lados e eu apenas me afastei, segurando a risada por baixo do capacete.

Ouvi gritos e xingamentos, antes de dar a volta.

Freei a moto perto das garotas e as três me olharam como se olha para uma barata.

Não vacilei, apenas retirei o capacete com cuidado, observando o rostinho das três ganharem tons de surpresa. Eram bonitas, na verdade, lindas. E aparentemente ricas e esnobes.

A do meio chamou minha atenção pela beleza incomum.

Fixei meus olhos em seu rosto delicado e nariz pequeno. Os olhos eram escuros e os cabelos de ébano, longos. O uniforme lhe caia bem, e como eu pensava, não devia passar de uma vadia esnobe, porque ergueu o queixo com altivez, claramente me desafiando com o olhar.

— Seu... — pareceu procurar o palavrão certo. — Arruaceiro! – acabei rindo, o que pareceu deixar a branquinha bem irritada. — Como ousa nos molhar? Eu devia chamar a polícia.

Que exagero! Eu até poderia pedir desculpas, mas ela me irritou.

— Como?! Que eu saiba a rua é pública.

— Então peça desculpas. Agora! — exigiu de nariz em pé

Dei risada, antes de encarar uma de suas amigas. A garota de cabelos cor de mel ficou com as bochechas coradas, o que me fez rir. Eu geralmente causava isso nas garotas, então não iria poupar minha arrogância. A outra garota de cabelos loiros apenas me observava boquiaberta, mas nenhuma delas ousou abrir a boca.

Voltei o meu olhar para a pentelha irritada. Seu uniforme era o mais molhado, e o cabelo também havia sido atingido. Com certeza a chapinha foi pelo ralo.

Para Sempre, JulietOnde histórias criam vida. Descubra agora