epílogo

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Obrigada pelos 70k de leituras😍


🤍

Meses depois

Aaron

Momentos especiais mereciam ser registrados. E eu tinha me assegurado disso. Fotografias da mais pura felicidade estavam espalhados pelo apartamento. Registros de momentos memoráveis: viagens, festividades, conquistas...

O lugar que antes era frio, agora era um lugar acolhedor; um ambiente familiar.

Com a presença das três crianças, o ambiente se tornou ainda mais animado. A leveza infantil estava por toda parte.

Eu não tive a chance de viver em um lar amoroso como esse durante a infância, mas tinha a oportunidade de dá isso a Maya e aos meus filhos. Eu me sentia completo diante da nova realidade. Muito feliz.

Era uma sensação inexplicável e, ao mesmo tempo, incrível.

Eu era um cara muito sortudo.

Enquanto eu segurava e acalmava o bebê choroso de apenas três meses de vida contra meu torso nu, as imagens do meu passado passavam rapidamente pela minha cabeça.

Muita coisa tinha acontecido nos últimos anos.

Muitos momentos infelizes, onde fui preenchido por uma sede injusta de vingança e vazio extremo. Felizmente a redenção tomou conta de tudo logo depois. Com a redenção, veio o perdão e, em seguida, a mais genuína felicidade. Eu tinha um lar feliz, um casamento feliz e uma família feliz. Eu tinha certeza que protegeria quem eu amava com minha vida, que os manteria em segurança e em um ambiente saudável e bem estruturado.

— Por que ela não para de chorar? — eu disse um pouco aflito e Juliet me observou, sentada na cama enorme. — Ela não se acalmou nem com a minha voz. Isso sempre funciona, mas agora...

Com Alice nos braços, observei Zion e Maya ferrados no sono e abraçados um ao outro naquela cama enorme.

Eu sorri.

As duas crianças era unidas e tinham aparecido em nosso quarto aquela noite, com a clara intenção de ouvir Juliet contar histórias fantásticas e verem Alice. Acabaram adormecendo ali mesmo. A presença das crianças era bem vinda, principalmente agora com a chegada recente da pequena Alice. Eles amavam a bebê e sempre encontravam um modo de estarem por perto.

— Nesse caso, ela deve está com fome. Muita fome. Traga-a aqui. — Juliet disse e me aproximei com Alice, depositando a criança com todo o cuidado no colo de sua mãe.

Com um olhar preocupado, eu me sentei ao lado dela, observando Juliet posicionar a bebê de modo que ela mamasse de maneira confortável. Instantes depois, a criança abocanhou o seio inchado da mãe e parecia faminta enquanto mamava. O choro foi embora e eu me senti aliviado.

— Viu só! Ela só estava com fome, papai babão. — Juliet brincou e eu sorri, recordando o momento em que ouvi o choro alto de Alice naquele berço e me desesperei, correndo para acalmá-la.

Mesmo não levando muito jeito ao segurar uma criança pequena, eu tinha aprendido algumas coisas nessas últimas semanas. Já até sabia trocar uma fralda. Eu estava me esforçando e Juliet agradecia a ajudinha extra, já que a maternidade parecia ser cansativa.

— Não sou babão. — menti.

— Você é sim.

Eu não neguei.

Eu era um pai e irmão bastante protetor. Cuidava de Maya, de Zion, e agora de Alice com todo o zelo. Com o nascimento da minha menina, eu me tornei pior nesse quisto, e não mudaria. Enquanto vesse aquelas crianças em segurança, eu não pouparia cuidados. Era minha família e eu me preocupava.

Para Sempre, JulietOnde histórias criam vida. Descubra agora