capítulo 7: encontro ilegal

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Durante a noite de sábado, procurei uma roupa decente em meu armário. Acabei me decidindo por uma saia acima dos joelhos, branca e por uma regata azul-marinho. Para calçar, escolhi um par de saltos, não muito altos, de cor escura.

Encontrei uma gargantilha no armário, com um pingente enfeitando o centro. Era linda e a coloquei em instantes.

Logo estava pronta e com o cabelo devidamente penteado, jogado sobre meus ombros.

Quando consegui ouvir o barulho da campainha, saí do quarto.

Desci as escadas, ouvindo a voz de Dustin e de meus pais no andar de baixo. Eles pareciam felizes com a presença do meu namorado e eu pus um sorriso no rosto, aproximando-me deles.

Dustin me encarou com admiração.

— Uau. Você está linda. — disse.

— Obrigada. Você também está.

Ele vestia uma calça jeans, sapatos de grife e camiseta social preta.

— Concordo com você, Dustin. Juliet está linda. — meu pai elogiou e me surpreendi com seu gesto. Ele geralmente era frio comigo. Hoje parecia supreendentemente feliz. Aposto que tudo isso se devia à presença de Dustin.

— Tenham cuidado, queridos. — mamãe disse assim que deixamos a mansão em direção ao conversível estacionado do outro lado do muro.

— Deixa que eu abro. — Dustin fez questão de abrir a porta do carro para mim e sentei ao lado do banco de motorista. Dustin estava ao meu lado em instantes.

A noite estava amena, e gostei da sensação do vento contra meus cabelos, já que a janela estava aberta. Sorri brevemente, então Dustin ligou o rádio do carro em uma estação qualquer.

Durante o caminho nos distraímos com a voz de Elley Duhé preenchendo o carro, até Dustin finalmente estacionar.

Franzi o cenho, observando a rua deserta e escura. As casas mais próximas eram simples e bem diferentes das que eu costumava ver em meu bairro. Havia muitos galpões também.

— Chegamos?

— Quase. — ele pulou para fora do carro e deu a volta nele.

Permaneci apreensiva, então saí do carro, tomando cuidado para não tropeçar em algum buraco, já que o asfalto tinha grandes crateras.

Dustin segurou minha mão, puxando-me delicadamente com ele. Logo estávamos seguindo pela rua deserta, até dobrarmos em uma esquina.

Sufoquei o suspiro de espanto.

Que lugar era esse?

Conforme nos aproximávamos o barulho ficava maior e havia caixas de som por toda parte, além de carros de todos os modelos. Meus olhos passearam sobre a quantidade assustadora de pessoas e o cheiro de álcool chegou ao meu nariz.

Fiz uma careta, encarando Dustin. Ele tinha um sorriso divertido no rosto.

— Que espécie de lugar é esse? — foi minha pergunta.

— Um lugar incrível. — disse, encarando o pessoal. Ele parecia não se importar com meu aparente descontentamento, então sorriu. — E a diversão ainda nem começou.

Não entendi.

Muitos carros e motos estavam no local e observei garotas seminuas, percebendo que várias delas pareciam embriagadas. Os garotos não estavam muito diferentes no que dizia respeito ao álcool e a maioria deles tinha tatuagens, piercings... A maior parte da música ambiente era composta por batidas com letras obscenas.

Para Sempre, JulietOnde histórias criam vida. Descubra agora