Capítulo trinta e nove.

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Victor Augusto

Sai do apartamento de Bárbara com a mente conturbada, eu realmente estava diferente, não era o meu eu ali, eu parecia sensível e preocupado. Porra, eu preciso admitir que Bárbara está causando sobre mim um efeito perigoso. Muito perigoso.

Cheguei em casa ás 16:50 tomei um banho e fui comer, Suellen estava terminando de fazer um bagulho lá, que por sinal estava cheirando muito.

-Oi gatinho. – ela me cumprimenta.

-Boa tarde Su, você já tá na cozinha né?

-É o que eu faço por aqui – ela rir com humor e eu acompanho, a amizade da Suellen me faz bem.

-O que o chefe aprontou hoje? – ela pergunta.

-Nada não, passei o dia na casa de um amigo.

-Ah ta Victor. Aliás. – ela fala desacreditando.

Aqui as meninas não importam com isso, exceto Lara e Suellen. Elas sempre estão de olho no horário que eu saio e entro, e onde eu estava, são as que mais se preocupam comigo. E isso dificulta as vezes, por exemplo quando eu ia na casa da Bárbara ou algo do tipo. Elas sempre ficavam curiosas.

Comi e me levantei deixando o prato na pia.

-Victor. – Suelen fala quando eu estou saindo da cozinha.

-Oi?

-Eu não acredito ok? – ela fala girando o garfo no macarrão se referindo a minha desculpa, suspiro e vou em direção as escadas, eu precisava ver como estava o meu armamento.

Bárbara Passos

Eu comecei a chorar ali, as quatro da tarde enquanto a água que eu coloquei pra ferver pra mim fazer café, pra tomar café, as quatro da tarde fervia a mais de 5 minutos.

-Droga – balbuciei para mim mesma.

Eu odiava toda a força que Victor tinha sobre mim, aquele efeito maldito. Minha consciência sumia quando eu estava perto dele, e como se eu ficasse alheia a tudo e concentrasse apenas em sua beleza. Nas ultimas vinte e quatro horas, eu estranhava a forma em que Victor agia, ele não parecia um traficante rico, ignorante estupido e babaca, ele parecia ter sentimentos e se importar com algumas coisas, e isso estava fazendo uma confusão na minha mente.

Suspirei alto e desci da bancada, coei meu café, sentei-me à mesa dando alguns goles pensando na merda da minha vida.

O som do toque do meu celular me desperta, vou até o hack da sala e lá estava ele, o nome "Gray" estampava na tela enquanto a ultima musica da minha Playlist tocava.

-Alô?

-Graças a Deus tu atendeste guria. O que aconteceu contigo ontem, do nada você some, um segurança sobe no palco dizendo que o seu primo tinha vindo te buscar? - ela reclama, solto um longo suspiro.

-Não foi nada, eu só o encontrei lá e viemos em bora, eu estava um pouco bêbada demais. – me justifiquei, e graças a Deus ela pareceu acreditar.

-Ok Bitch, boa tarde pra tu. – ela deseja e eu desligo o celular terminando meu café, faço uma vitamina e visto minhas roupas de academia.

Quando eu abro o elevador, a insuportável da Emily vem de brinde.

-Boa tarde Bárbara . – ela me oferece o seu sorriso falso.

- Boa tarde.

-Nossa quanto mal humor, achei que tinha passado bem com o gostosão ontem – ela ri sarcástica e eu bufo, eu sabia que ela tinha passado naquele elevador ontem, enquanto eu estava com Victor, eu poderia jurar isso.

-Minha vida e tão da sua conta assim? – respondo sorrindo e a porta do elevador abre, saio com minha garrafa na mão.


Hoje eu vou corre até o parque e ir na academia ao lado, faz uma semana que o meu treino esta pendente.

(°°°)

Eu estava treinando as pernas, quando eu reparei nas duas mulheres que estavam a alguns metros de mim; eu parecia conhecê-las de algum lugar...

Larissa Andrade e Larissa Silva...

𝙾𝚜 𝚘𝚙𝚘𝚜𝚝𝚘𝚜 𝚜𝚎 𝚊𝚝𝚛𝚊𝚎𝚖! -𝔟𝔞𝔟𝔦𝔠𝔱𝔬𝔯- ©Onde histórias criam vida. Descubra agora