Capítulo quarenta e um.

204 16 0
                                        


(um mês depois)

Bárbara Passos

Eu acordei às sete horas em ponto; atrasada, eu tinha ido dormi tarde ontem, cheguei em casa ás dez da noite depois de terminar de preencher algumas fichas. Corro pra cozinha coloco o pó de café e a água no filtro da cafeteira, ligo e vou para o banheiro, tomo um banho extremamente rápido, visto meu uniforme e cato minhas chaves as colocando no bolso, penteio o cabelo e calço o coturno. Meu telefone toca e eu atendo já bebericando o meu café, assusto ao ver que era o numero da delegacia.

-Oi?

-Passos você esta quase uma hora atrasada. – reconheço a voz de Sandro e reviro os olhos. Ele não perde uma oportunidade pra me alfinetar.

-È eu sei disso. – respondo mastigando um biscoito.

Não espero resposta e desligo largando minha xícara na pia e indo em direção a saída do meu apartamento.

Bati meu ponto e entrei pra minha sala, eram oito horas quando eu consegui chegar. O trânsito não me ajudou. Avisei no grupo da reunião hoje ás nove horas.

-Entra. – disse ao escutar três batidas na minha porta.

-Oi oi. –Milena entra com uma sacolinha.

-Oi meu bem. Bom dia.

-Bom dia, vai ficar melhor quando você tomar café. – ela fala sentando no sofá e ajeitando sua arma no coldre.

-E como a senhorita sabe que eu não tomei café?- eu indago.

-Sua cara me diz. – ela responde convencida, eu sorrio Milena e como uma mãe pra gente. Abri a sacola e minha sala foi invadida pelo cheiro do delicioso café gourmet da padaria da esquina. Sorri de orelha a orelha, Mi me conhecia extremamente bem. Comi o sanduiche de pão integral e alface. Fiquei simplesmente grata pela Mi, meu estomago chorava apenas com café e dois biscoitos água e sal.

-Mih, não sei o que seria de mim sem você. – agradeço tomando meu café enquanto digito no meu computador.

-E, eu sei que você me ama. Agora beijos e bom trabalho. – ela joga um beijo no ar e sai.

Olho no monitor do computador e vejo que já são dez pras nove. Saio da minha sala e me dirijo ate o elevador. Na sala de reunião já estava todo mundo, mas como de costume, Evelyn não.

-Bom dia Equipe!

-Bom dia Chefia. – eles respondem em uníssono.

-Só um minuto, eu vou procurar a agente Santos. – eu respondo deixando minha pasta e meu copo de café na mesa.

Desço até o primeiro andar e vou ate os dormitórios. Ninguém. Abro todas as portas e nada. Aonde é que essa garota se meteu? Vou ate o pátio e lá estava ela sentada na mesa central pintando suas garras de amarelo.

-Santos? – eu pergunto cruzando os braços.

-Ah, oi Bárbara. – ela levanta o olhar e me cumprimenta.

-Mulher, pelo amor de Jesus Cristo. Estamos te esperando.

-oi? Pra que? – ela pergunta desentendida.

-Olha o grupo Evelyn – falo já perdendo a paciência. Ela faz uma careta.

-Ah nãooo, eu acabei minhas unhas agora, meu celular esta no bolso. – ela da uma birra.

-Cacete Evelyn. Era pra já termos começado a reunião. Que coisa. Você precisa ser mais responsável. Faz o favor de se levantar e ir pra sala de reunião agora. – eu falo elevando meu tom de voz.

-Ai, ok. – ela resmunga me seguindo e assoprando suas unhas gigantes. Eu já estava perdendo completamente a paciência.

Entro na sala e ela vem atrás fechando a porta.

-Ok agentes, demoramos por que a agente Santos estava pintando as unhas no saguão. – falo sem humor me sentando na cadeira, as meninas riem com desdém e bufam para Evelyn.

-Responsabilidade da próxima vez ok Evelyn? – Brabox fala.

-Vamos começar logo isso – ela fala entediada.

-Bom. A reunião de hoje e para organizarmos a próxima operação contra a facção comandada por Victor Augusto. – eu falo e automaticamente a minha mente da play no filme da ultima vez que nos vimos, do nosso beijo e de como ele me olhava naquela noite enquanto eu saia da academia. Me arrepio com o pensamento, fazia um mês desde aquele dia da academia, e eu nunca mais o vi.

-Sim... – Carol me incentiva a continuar.

-Bom, já são ao todo quatro meses de operação. E nos precisamos começar a apreensão de pessoas fortes ali. Os vapores e reforços que trancamos, foi pouco.

-Certo, e qual é o próximo passo? – Liz pergunta.

-Faremos uma invasão o mais rápido possível. Eu vou chamar uma amiga minha, e juntas nos vamos descobrir aonde está localizado a central de armamento e drogas deles. Vamos invadir lá e fazer a apreensão da maioria. – respondo.

-Não é muito arriscado? – Santos pergunta e escuto Carol gargalhar.

-"Ni i miti irriscadi?" – ela remenda Evelyn.

-Minha filha nos somos policiais, só fazemos coisas arriscadas. – Thaiga responde.

-Voltan, seja menos infantil. – eu falo me segurando pra não rir. – Sim Santos, é muito arriscado. Mas na nossa profissão é mais que normal. – respondo.

-Certo. Quando nos iremos invadir? – Bradock pergunta.

-Assim que tivermos as informações necessárias. Então, todos nos vamos estar atrás de endereços e pistas que possam nos ajudar certo?

-Entendido. – eles respondem.

-Ok, estão dispensados, quaisquer informações vão até a minha sala.

(°°°)

𝙾𝚜 𝚘𝚙𝚘𝚜𝚝𝚘𝚜 𝚜𝚎 𝚊𝚝𝚛𝚊𝚎𝚖! -𝔟𝔞𝔟𝔦𝔠𝔱𝔬𝔯- ©Onde histórias criam vida. Descubra agora