Capítulo trinta e cinco.

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Author's Notes;

        Os erros ortográficos presentes nesse capítulo são pelo estado de consciência dos personagens, ou pelas gírias.

                                •••

Bárbara Passos

Eu estava na minha sala me deliciando de um café forte e fraco preparado por Rita, ela é a minha cozinheira favorita, faz um café divino. Do jeitinho que dona Flaviana fazia. Tomar café me relaxava café quente, por favor. Frio só me traz a mesmice de sempre. É como se eu estivesse tomando um sorvete ou algo assim.

      A tentativa falha de aliviar toda a tensão que eu estava sentindo acabou quando a porta foi aberta brutamente, revelando uma Evelyn descontrolada, sua maquiagem estava borrada e seus cabelos ondulados desfeitos, ela segurava um papel na mão esquerda, e podia ver as dobras de um amasso começado a aparecer na lateral da folha, Lauren estava surtando.

     -Céus? O que houve? – exclamo me levantando da minha poltrona e pousando minha xícara na mesinha com a bandeja, ajeitando meu coldre me sento na cadeira da minha mesa e aponto para que ela sente também.

-Apenas... Apenas assine essa porra logo. – ela balbucia fitando o quadro do outro lado da minha sala, o qual ela não desviou o olhar desde que abriu a porta. Ela vagarosamente estende o papel e o joga na minha mesa. Apanho a folha A4 meio amassada pelo exeço de força que as unhas, agora cor de vinho de Lauren a amaçou.

       Passo meus olhos pelo papel e posso ver que é uma ordem de afastamento, já assinada por Steven no campo principal. Não esboço nenhuma reação e olho para Evelyn que agora encarava o chão enquanto uma lagrima pintada de rímel desse pela sua bochecha.

     -Quer conversar? – eu falo pasma.

      -Apenas assine isso Bárbara – ela balbucia mexendo apenas um canto da boca. Seu olhar era de medo, temor, e eu tive do e desespero daquela figura que certamente não é a Evelyn que entrou aqui a poucas semanas. Pego uma caneta e assino depois de ler as duas folhas. Empurro o papel na mesa em sua direção, ela o agarra sem olhar para mim e sai batendo a porta me deixando ali perplexa. Eu sei que ela mereceu pela sua atitude, mas foi preocupante vê-la assim.

    Poucos minutos depois, enquanto eu ainda digeria tudo, batem na minha porta;

        -Entre;

       -Olá Passos. Só vim dizer que já estou indo. E mais uma vez parabéns pelo seu profissionalismo. – Steven sorriu de canto, ele sempre me elogiava, e eu ficava feliz com isso por que certamente orgulharia meu pai..

-Obrigada Tenente. – sorrio de canto tentando afastar  o gatilho emocional que cresceu dentro de mim.

Steven sai e fecha a porta me deixando sozinha com meu nó
na garganta, meu olhar vai de imediato no porta-retratos que tenho na minha mesa, em baixo do apoio da impressora, uma foto que tirei no mês antes de perder meu pai, no aniversario dele eu sorria um sorriso presunçoso e banguela na frente enquanto ele me erguia no ar, mamãe nos olhava maravilhada e também sorrindo, estávamos em frente ao bolo com o topo ; “feliz aniversario ao melhor pai do mundo” que tinha sido escolhido por mim, a essa hora meu coração já estava demostrando seu lado fraco e meus olhos o ajudavam, eu sabia que logo que chegase em casa eu teria uma crise de ansiedade. Eu queria ao máximo evitar isso, mas não conseguiria.  Meu celular tocou, era uma chamada de vídeo de Samantha, Jessy e Iyorrana irmã de Karol ( a Muniz)  limpo minhas lagrimas e me ajeito, para não parecer que eu estava chorando.

𝙾𝚜 𝚘𝚙𝚘𝚜𝚝𝚘𝚜 𝚜𝚎 𝚊𝚝𝚛𝚊𝚎𝚖! -𝔟𝔞𝔟𝔦𝔠𝔱𝔬𝔯- ©Onde histórias criam vida. Descubra agora