Capitulo quarenta e oito.

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Bárbara Passos 

Eram oito horas da noite quando eu cheguei em casa, eu estava feliz, mas por trás do meu sorriso, havia uma grande parcela de culpa. Hoje pela tarde registramos as drogas e armamentos que foram apreendidas de madrugada. Fizemos registros e cadastramos no sistema, o que deu um baita trabalho. Eu estava exausta, cansada e me sentindo culpada, eu com certeza iria chorar horrores e provavelmente teria uma crise de ansiedade mais tarde.

Tomei um banho quente e relaxante, Brasília marcava 12°C, estava congelante, liguei o aquecedor no meu quarto e na sala, fui até a cozinha com o intuito de comer algo, mas tudo que eu conseguir ingerir foi um copo de suco e três biscoitos, um nó se formou na minha garganta e eu segurei indo até a pia para lavar o copo, um barulho me tira dos devaneios, me viro e ouço apenas o barulho do copo que eu ensaboava no chão.

Augusto...

Ele estava escorado na minha bancada me observando com sua cara de psicopata.

-então você decidiu simplesmente invadir o meu galpão? – ele perguntou sínico.

-Victor, o que porra você está fazendo aqui? – pergunto pausadamente e ele rir de lado, então um pensamento me invade; como ele entrou? Respiro fundo e contorno o balcão pegando minha arma já sentindo meu coração disparar e uma sensação estranha no estomago.

-Bárbara você está mexendo com o traficante erado.

-FODA-SE, some daqui. – grito engatilhando a arma e ele ri alto.

-Faixo rosa, faixa rosa, o estresse mata.

-Como você entrou aqui caralho?

-Deixaste a porta destravada flor.

-Merda. – balbucio ao lembrar que eu ia descer com o lixo.

-Tão lerda. – ele fala e contorna o balcão ficando de frente para mim.

-VAI EMBORA. – eu grito novamente.

-Não, pelo menos não agora. -Ele responde na maior calma do mundo.

-AUGUSTO – grito de novo.

-Vamos conversar querida! – ele fala debochadamente. – ME DEIXA EM PAZ.

-NÃO GRITA COMIGO. – eu devolvo

-Sai do pé da minha facção Bárbara, vai ser melhor pra você.

-Isso é uma ameaça? – pergunto sorrindo segurando minha arma para baixo observando que o castanho de seus olhos está escurecendo. Ele me encara, e uma corrente passa pelo meu corpo.

-NÃO INTERESSA. – ele devolve.

-NÃO GRITA COMIGO VAGABUNDO.

-Olha aqui Bárbara, você acha que eu vou me entregar? Você acha que vai ser fácil me prender? – ele pergunta sarcástico. – NÃO VAI.

-Ah, mas tenha certeza que eu vou te ver atrás das grades.

-Sonha sua vadiazinha.

-ME RESPEITA FILHO DA PUTA. – grito e  pela primeira vez me arrependo no mesmo minuto ao notar a escuridão nos olhos de Victor, a expressão dele muda totalmente.

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⏰ Última atualização: Aug 05, 2022 ⏰

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𝙾𝚜 𝚘𝚙𝚘𝚜𝚝𝚘𝚜 𝚜𝚎 𝚊𝚝𝚛𝚊𝚎𝚖! -𝔟𝔞𝔟𝔦𝔠𝔱𝔬𝔯- ©Onde histórias criam vida. Descubra agora