CAPÍTULO 18

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Lincon permaneceu largado ali no meio do mato como se tivesse perdido o rumo de casa.

Por que fora dar ouvidos a sua irmã mais velha Amanda?

_Da próxima vez em que você quiser trepar, sugiro tentar pegar um homem, pra variar, já que descarta todas as mulheres que caem em sua rede, irmãozinho._ela dissera quando ele lhe fora dizer que sua vida amorosa não tinha sentido algum._Aliás, confesse para a sua irmã mais velha, Lincon: você já se apaixonou alguma vez?

Ele havia olhado pra ela sem dizer nada, pois nem ele sabia responder àquela pergunta.

Tantas meninas lindas, carinhosas, elas sim apaixonadas por ele e se jogando aos pés dele...mas ele era apaixonado por alguma delas?

Amanda havia suspirado desanimada e colocara a mão sobre o ombro do irmão caçula:

_Não precisa falar nada. Com esta cara de cachorro que caiu da mudança, é óbvio que está mais perdido do que cego em tiroteio. Foi o que eu pensei: você agarra, amassa, trepa, mastiga e cospe fora! Aí já parte pra outra! Olha lá que Deus castiga, hein?!

Ele odiava quando ela falava feito o avô, que adorava usar aquelas expressões que Lincon  odiava!

_Se é que elas têm parte da culpa, pois não se valorizam e fazem plantão aqui na porta todas as noites. Não tivesse você tido aquele problema no seu pau que te deixou impotente...

Ele a havia interrompido indignado e ao mesmo tempo envergonhado por sua irmã ter ficado sabendo daquilo:

_Eu não sou impotente! Não poder ter filho não é ser impotente! Eu sou estéril, Amanda! Sabe a diferença entre os dois?

Ela levantara as mãos acima da cabeça, em sinal de paz:

_Calma...eu só troquei os nomes, tá bom? Eu sei que o seu pau funciona direitinho e que deixa esta cambada de mau amadas neste fogo depois de experimentarem uma noite com o meu irmão gato. Eu quis dizer que se você pudesse fazer filhos, a casa estaria lotada de sobrinhos pra eu te ajudar a criar, só isso. 

Seria aquilo? Será que ser estéril lhe deixava infeliz no amor? Será que ser estéril não deixava que ele se sentisse homem? Não deixava que ele se apaixonasse pelas garotas e dia a dia sentisse que estava perdendo o tesão por elas? Lincon se perguntava aquilo em suas noites de insônia, depois de alguma transa insossa nos braços de alguma garota.

Felizmente, o corpo  do rapaz parecia saber direitinho seguir o ritual de beijar as garotas, dar carinho, caprichar nas preliminares, como elas gostavam, deixar que a mão, ou a boca das meninas cumprisse o seu papel de  fazer o pênis dele  ficar duro...e aí vinha aquela bela  ereção que dava  prazer às meninas. Ele podia até gozar, mas ele sabia que faltava algo...que ainda não era aquilo! E foi assim que ele começou a trocar cada vez mais rápido de parceiras...às vezes uma por noite, quando estava mais determinado a tentar  fazer a coisa dar certo!

_Toque nestes peitos, Lincon...veja como são firmes..._elas tentavam atiçá-lo.

_Entre com tudo, garanhão e eu te mostrarei o paraíso!_também falavam se abrindo toda para que ele entrasse cada vez mais fundo...

Lincon agradecia por  ser fácil de se excitar...agradecia por não deixar dúvidas sobre estar gostando de tudo aquilo e realmente tinha pena das meninas! Aos poucos, mentir foi ficando tão fácil que ele até chegou a acreditar que era uma questão de tempo até realmente se apaixonar por alguma delas. Elas sempre perguntavam ao final:

_Você gostou?

_Claro que sim...você foi maravilhosa...

E aí vinha a decepção quando ele não mais as procuravas, deixando que elas pensassem o que quisessem dele.

PERDÃO! EU PEQUEI E GOSTEI!-Armando Scoth Lee-romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora