Capítulo 13 - A Virgem Velada.

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[...]

— Você vai para o apartamento? — Yani pergunta guardando suas coisas na mochila.

— Agora não... quero começar a esculpir, tentar pelo menos. — respondo.

— Quer que eu fique? Posso ajudar.

— Não precisa. Só avise a professora que mudamos a nossa escultura.

— Ok, irei avisar. Bora nos chamou para dar uma volta. Deixa para fazer isso depois, amanhã por exemplo.

— Não sei se eu deveria... isso leva tempo, sinto que já perdi meu tempo demais com distrações.

— Como quiser, vou remarcar para outro dia então... — responde pegando o celular.

— Não cancele por causa de mim, vai vocês duas. — respondo voltando minha atenção para ela. — Sério, vai.

— Está bem, mas não fique até tarde, vá para casa cedo, ok? — responde dando um beijo em minha testa.

— Está bem, mas não prometo.

[...]

Estava desenhando um esboço da escultura antes preparar o mármore.

— Oi. — ouço Bora entrar na sala acompanhada de Yani carregando umas sacolas, presumi que seria comida.

— Oi! — falo soltando o lápis em cima do caderno, indo de encontro a ela abraçando-a

— Contei a Bora que você não quis ir comigo, e ela fez questão de comprar almoço para você, quer dizer, nós duas dividimos. — Yani fala colocando as sacolas em cima da mesa.

— Nossa... eu mereço vocês duas?! — respondo sorrindo.

— Claro que merece! — Bora diz sorrindo. — Vamos comer, estou morrendo de fome!

Concordo pegando uma cadeira me juntando à elas.

— Fim de semana que vem terá uma festa, você vem, né? — Bora pergunta.

— Eu acho que vou... pode ser legal, né?! – pego uma embalagem de comida tirando o lacre.

— Claro que vai! Tem bebidas de graça! — Yani exclama. — Acho que não tenho roupa para esse evento...

— Yani, não começa. Você é RICA! Claro que tem. — respondo. — Aliás, você deveria me emprestar umas roupas suas.

— Calma, é só uma festa, não um baile de gala. — Bora fala soltando uma risada.

— Nunca fui em festa de gente famosa. — dou de ombros.

[...]

Depois de  terminar nosso almoço e conversar como iríamos a essa tal festa e sobre coisas aleatórias. Elas foram embora para deixar eu começar a dar início a escultura.

Voltei a desenhar o esboço da nova escultura. Olhava a foto na tela do celular tentando capturar todos os detalhes.

— A escultura dessa artista não é feita de bronze? — ouço a voz de Hyunjin preencher a sala vazia.

— Isso é perseguição! — rebato o encarando.— E eu mudei, para sua informação.

— Estava dando uma volta e resolvi entrar aqui. Então você mudou... parece bem fácil de recriar. — fala sarcástico.  — Vai começar a esculturar agora? — pergunta pegando um dos utensílios.

— Sim, como você pode ver já desenhei o esboço.

— Ah... — diz pegando meu caderno. — Ficou muito bom o esboço, você vai recriar A Virgem Velada? Acho essa escultura linda.

Pacemaker (Hwang Hyunjin - Stray Kids)Onde histórias criam vida. Descubra agora