Narradora Point Of View
_ Intimo ao banco das testemunhas, o senhor Alfonso Herrera.- Disse após um longo período em silêncio, enquanto tomava uma longa nota baseada nas palavras de Anahí. O neurocirurgião levantou de forma imediata, se batendo com Anahí enquanto traçava o caminho até ao lugar indicado. Ela ofereceu um sorriso gentil à ele, os olhos vermelhos, e em troca ganhou um beijo carinhoso na testa. Robert cerrou os olhos diante da cena, mas preferiu ficar em silêncio.
_ Jura dizer a verdade, somente a verdade e nada mais que a verdade?
_ Juro.- Aceitou, o semblante neutro.
_ A acusação tem a palavra.- George então se levantou, após trocar algumas poucas palavras com o seu cliente.
_ Senhor Herrera, como conheceu a menor Brianna?.- Perguntou, se aproximando lentamente.
_ Eu vi ela pela primeira vez quando deu entrada no hospital em que eu trabalho. Mas, antes disso a minha mulher aqui presente, sempre me falava dela com muito entusiasmo.
_ O senhor está nos dizendo então, que ouviu a sua mulher falar durante dias de uma criança, e nunca se deu o trabalho de verificar se a história era verdadeira ou não?
_ Eu confio na minha mulher, doutor.- Respondeu, os olhos verdes fixos no rosto do advogado.
_ Como pode confiar tanto em uma mulher que já tentou tirar a própria vida?
_ Muito cuidado agora, está ultrapassando uma linha que não deve.- Alertou os olhos duros e frios.
A juíza preferiu interferir, pedindo ao advogado que se atentasse apenas aos factos e não na relação que Alfonso matinha com a mulher dele. (Rhummmmm)
_ O senhor acabou de afirmar que viu a menor pela primeira vez dentro de um hospital, o que nos leva a ter a certeza que não conviveram durante muito tempo. Então como justifica esse desejo súbito de adotar uma criança, sendo que muito pouco sabia sobre ela, e não tinha nenhum vínculo?
_ O que eu ouvi da boca da minha esposa, foi o suficiente para me apegar à ela. Então quando ela manifestou o desejo de adotá-la, eu simplesmente apoiei porque não havia a mínima possibilidade de fazer diferente.
_ Então se ela dissesse que havia acabado de assassinar alguém, o senhor também ajudaria a encobrir o corpo sem questionar?
_ Protesto meritíssima!.- Dulce falou.- O senhor está fazendo suposições baseadas em uma realidade que sequer existe.
_ Protesto aceito.- Normani determinou.- Senhor Herrera, caso não se sinta confortável, não precisa responder.- Anunciou. Alfonso, como o bom sínico que era, cruzou as duas mãos por cima da mesa, e encarou o advogado com a sobrancelha erguida.- Doutor Salinas, vou pedir que isso não volte a acontecer.
_ Perdão, senhora.- Murmurou, os olhos fixos no chão.
_ O senhor gostaria de saber mais alguma coisa?.- O neurocirurgião perguntou, a expressão divertida.
_ Sou eu quem faz as perguntas aqui, senhor Herrera!
_ Então faça uma pergunta de jeito.- Dispensou, duro.
_ A acusação não tem mais perguntas a fazer.- Disse, dando imediatamente as costas e voltando em seu lugar. Dulce Maria sentiu vontade de gargalhar, e mostrou o polegar a Alfonso que revirou os olhos.
_ A defesa tem a palavra.
_ Senhor Herrera.- A ruiva começou, o olhar sereno.- Estamos todos cientes que a menor Brianna Reed, após receber alta do hospital, foi diretamente para a casa de vocês.- Ele assentiu.- Poderia nos contar como foi esse período de adaptação?
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Destino? Talvez
Fanfiction"Antes de julgar a minha vida ou o meu caráter, calce os meus sapatos e percorra o caminho que eu percorri, viva as minhas tristezas, as minhas dúvidas e as minhas alegrias. Percorra os anos que percorri, tropece onde tropecei e levante-se assim com...