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Escrever sempre foi o meu refúgio! Escrevo quando não consigo respirar! Escrevo com lágrimas em meus olhos, escorrendo por meu rosto! Escrevo mesmo quando estou tomada pela ansiedade! Escrevo para não enlouquecer! Escrevo porque é a única coisa que ainda me mantém viva!

Eu voltei para vocês. Não estou no  meu melhor momento, graças a atitudes cujas consequências precisarei aprender a viver. Por mais que doa, por mais que me rasgue por dentro... no final, só precisamos ser maiores que as nossas marcas, nossos medos, nossos erros e acertos.

Espero que desfrutem do capítulo.

...

Narradora Point Of View

Após a sentença da juíza, houve um momento breve de comemoração. Nikki foi algemada e levada diretamente para fora da sala, lágrimas escorrendo por seus olhos vermelhos. O advogado, George Salinas saiu sem cumprimentar ninguém, o que arrancou risos de Dulce Maria, sendo seguido por Robert. Esse tinha o rosto vermelho pela raiva, a boca amarga ao sentir finalmente o gosto da derrota.

No final, não é como se ele quisesse verdadeiramente cuidar da menor, mas perder uma batalha justamente para ela, não era de todo algo que estava disposto a encarar de cabeça erguida.

Ainda tinha muita coisa por resolver, era verdade, mas naquele momento felicidade era a única coisa que sentiam, e bastava.

Nada mais importava.

...

_ Está tudo bem?.- Brianna perguntou ao ter o corpo da escritora colado ao seu. A pequena estava usando um vestido vermelho com estampa do seu desenho favorito na parte frontal, o cabelo preso em um coque bonitinho.

Anahí não parou de chorar nem mesmo quando chegou em casa e encontrou os filhos na sala.

_ Melhor que isso impossível, minha pequena.- Murmurou em voz baixa, olhando brevemente para Alfonso que estava logo ali, se desculpando com Blair pelo sumiço. Natan olhava tudo com desconfiança.

_ Mas está chorando.- Observou, os olhos curiosos.

_ Certo, nós precisamos conversar.- Disse, carregando a menina até ao sofá.- Lembra quando eu perguntei se você queria viver comigo e com o tio Poncho?.- Perguntou, a voz delicada, os dedos acariciando o rosto da pequena.

_ Você disse que eu poderia brincar se quisesse.- Murmurou puxando pela memória.- Eu tenho que ir embora agora?

_ Claro que não, bebê.- Respondeu rapidamente, sorrindo em seguida.- Hoje nós fomos falar com uma juíza para que ela nos permitisse cuidar de você para todo o sempre. Não foi fácil, mas no final, a juíza aceitou o nosso pedido, e você agora pode ficar descansada que nunca mais saíra daqui.

_ E-eu não vou voltar para a tia Nikki nunca mais?.- Anahí negou com a cabeça.

_ Aquela fase da sua vida já passou, e agora nós só precisamos nos focar no que vem pela frente, certo?

Houve um breve momento de silêncio, em que Brianna encarou todos os presentes na sala e percebeu que gostava muito de ficar ali. Era muito divertido pintar com Blair, e mesmo Natan não sendo a pessoa mais amigável do mundo, ela gostava de olhar para a cara emburrada que ele fazia toda vez que alguém tentava o tocar. Gostava de ficar deitada no colo do tio Poncho e receber mimos de Anahí. Ela percebeu naquele momento que se a tal juíza decidisse que ela precisava voltar a viver com Nikki, ficaria muito triste.

_ Certo.- Respondeu em voz baixa, os olhos brilhando.- E-eu quero mesmo ficar aqui. 

_ Eu sei que sim meu amor.- Anahí se recostou no sofá, trazendo a menina para o seu colo que a envolveu pelo pescoço.- Agora somos uma família completa.- Sorriu abertamente.

Destino? TalvezOnde histórias criam vida. Descubra agora