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Hey, meus bebês! Como vocês estão?

Tentei voltar rapidinho para não deixar-vos tanto tempo sem um capítulo, ok?

Começo por dizer que o capítulo de hoje é estritamente necessário, apesar de achar que muitos sentirão raiva em alguns momentos. Mas, confiem em mim que no final tudo dará certo.

Divirtam-se com a leitura e não deixem de votar e comentar.

Os erros concerto quando tiver coragem.

PS: A garotinha ali na foto é a nossa Brianna, ok?

...

Narradora Point Of View

O sobretudo cinza balançava a cada passo dado, a expressão fechada e os lábios curvados em uma careta desgostosa. Carregava na mão direita uma pequena mala preta, e na esquerda uma pasta contendo variadíssimos documentos. Aquele não era propriamente um dos seus melhores dias, mas ele sabia que a profissão que escolhera exercer exigia muito do seu foco, seu tempo, sua força de vontade e também sua vida e disponibilidade.

Desde o momento em que terminou o ensino superior em RI, apesar de ter alcançado tal feito com uns dois anos de atraso, e decidiu seguir a carreira de Diplomata, soube que a partir daquele momento seu tempo não mais seria desperdiçado com bebidas, festas e mulheres - embora esse último item nunca deixara de fazer parte de suas prioridades máximas -, que sua vida não mais seria sua e que ter um lugar fixo para morar seria considerado um verdadeiro luxo.

A carreira de Diplomata roubava praticamente todo o seu tempo, e na maioria das vezes, para não ter que dizer todas as vezes, era obrigado a viajar para outro estado como mandava o figurino. Precisava representar o seu país de origem em outras federações ou em instâncias internacionais em diversas áreas desde cultural, ambiental, política, econômica e até mesmo administrativa, com o intuito de assegurar as boas relações com países estrangeiros. E apesar do pouco tempo livre que possuía, não podia reclamar porque a quantidade de zeros que tinha em sua conta bancária falavam por si.

Com um único aceno de cabeça às duas recepcionistas que ficavam atrás do balcão de mármore que enfeitava aquela sala gigante, ele caminhou até ao elevador e apertou o botão para a cobertura onde ficava apenas o seu escritório, um banheiro e uma sala de descanso. Tão logo as portas de metais se abriram revelando o comodo terrivelmente familiar para si, caminhou imediatamente para a sua sala sendo seguido por Aprill, sua fiel e prestativa secretária desde sempre. A mulher de trinta e poucos anos, possuía cabelos escuros como a noite, olhos cinzas como a lua e um corpo realmente chamativo. Para aquele dia em especial, Aprill usava um vestido azul de mangas compridas, justo até ao meio das coxas torneadas e um sobretudo branco por cima. Os fios negros estavam presos em um rabo de cavalo, e um par de óculos de grau escondia parcialmente aqueles olhos tão expressivos.

Assim que o seu adorado chefe acomodou-se em sua mesa, que ficava de frente para a enorme parede vidro, a secretária fechou a porta com todo cuidado, puxou uma poltrona branca e sentou ao lado dele de pernas cruzadas.

_ O que tenho para hoje?.- A voz rouca e potente soou como música no ouvido da mulher que sorriu timidamente antes de finalmente abrir a agenda para confirmar qual seria a rotina do seu chefe para aquele dia.

_ Duas reuniões no final do dia, senhor.- Ela respondeu, os olhos corriam rapidamente pelas anotações feitas conforme apertava a ponta do lápis com os lábios vermelhos.- Uma com o Ministro e outra com o seu advogado. Tem também um evento beneficente às oito horas da noite no hotel, e às cinco horas da manhã estará embarcando para o Brasil.- Aprill respirou fundo assim que terminou de ler, e ergueu ligeiramente a cabeça para fitar o homem sentado majestosamente do seu lado e sentiu-se mais uma vez nervosa.- A propósito, chegou a pouco menos de vinte minutos uma encomenda para o senhor.

Destino? TalvezOnde histórias criam vida. Descubra agora