Os erros concerto quando der!Boa leitura!
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Narradora Point Of View
Três meses depois
O movimento de entra e sai das pessoas e a agitação que era definitivamente um ponto característico daquele lugar, não era propriamente algo que ela estava gostando de observar naquela tarde. Sentia que a qualquer momento fosse sair correndo sem rumo algum, se mais algum desconhecido a encarasse durante longos minutos e dissesse o quão linda estava dentro daquele vestido justo, quando definitivamente não se sentia daquela maneira.
Com os seus oito meses de gestação recém-completos, Anahí sentia como se a qualquer momento fosse cair e sair rolando pelas ruas da cidade feito uma bola de praia. Sofria todas as noites com dores na coluna, o que muitas das vezes obrigava Alfonso a preparar pensos quentes para tentar ajudá-la, não poderia ver queijo algum na frente de seus olhos que quase colocava o estomago para fora do próprio corpo, e não sabia mais qual fora a última vez que usara um sapato diferente daquelas rasteirinhas pretas, que apesar de não serem as suas favoritas, eram realmente confortáveis para o momento. E apesar de todo mal estar que tomou conta de seu corpo naqueles três meses, Anahí não conseguia deixar de sorrir toda vez que se via no espelho e enxergava aquele volume todo em seu corpo. Toda vez que sentia os bebês se movimentando como se tivessem todo direito de fazer aquilo, ou toda vez que observava o namorado conversar com os dois como se já fossem dois adultos. Dos dois, Alfonso era definitivamente a parte da relação que mais babava encima dos bebês, só perdendo aquele posto para a pequena Rosalie.
E falando em Rosalie, ela havia finalmente sido aceita em Harvard, e mudou-se para um apartamento perto da universidade uma semana antes das aulas começarem. Lukas e Lucy foram ambos admitidos na mesma universidade, o que deixou Alfonso a beira de ter um colapso nervoso só ao imaginar o seu bebê longe de seus olhos e ao lado de um garoto com os hormônios todos gritando por liberdade. A despedida não fora uma das melhores, sendo que a escritora chorou por quase duas horas seguidas no dia em que a filha anunciou, em um jantar, que logo estaria saindo de casa para correr atrás dos seus sonhos. Alfonso tentou com toda sua tranquilidade, apesar de não estar muito feliz com aquele facto, acalmar a namorada que só faltou implorar para ir dentro do porta malas do carro da menor. Mas, por mais que quisessem manter a filha protegida debaixo de suas asas, ambos sabiam e precisavam reconhecer que aquilo era o melhor que poderia ter acontecido. Que Rosalie precisava traçar aquele novo caminho com os próprios pés, descobrir e enxergar o mundo pelos próprios olhos, cair e levantar por si mesma, e ainda assim ter a certeza de que eles estariam do outro lado sempre que precisasse. E foi exatamente assim que as coisas se desenvolveram nos próximos dias.
E após um tempo considerável longe, ela estava finalmente voltando a fim de passar pouco menos de uma semana ao lado dos pais.
Anahí ergueu os olhos assim que o sino da porta de entrada tocou pela centésima vez desde o momento em que sentou-se naquela cadeira, em uma mesa no fundo do restaurante, e sorriu largo assim que a imagem do seu bebê se fez presente entre toda aquela multidão. A menor estava vestindo calça jeans na cor preta, uma t-shirt branca da Nike, jaqueta de couro preta e tinha os pés cobertos por um par de conturnos também pretos. Os fios loiros estavam repartidos ao meio, caindo livres pelos ombros e balançavam de forma elegante a cada passo dado. Em seu ombro esquerdo estava pendurada um mochila amarela do esponja e carregava na mão direita uma sacola de tamanho médio.
A escritora sentiu vontade de saltar daquela mesa e correr até finalmente ter Rosalie presa em seus braços, mas logo descartou aquela ideia ao observar o modo como os seus pés ainda estavam inchados. Mordeu o lábio inferior enquanto os segundos que pareciam nunca ter fim passavam, e sentiu os olhos se enchendo de lágrimas assim que a menor sentou do seu lado e abriu um sorriso do tamanho do mundo.
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Destino? Talvez
Fanfiction"Antes de julgar a minha vida ou o meu caráter, calce os meus sapatos e percorra o caminho que eu percorri, viva as minhas tristezas, as minhas dúvidas e as minhas alegrias. Percorra os anos que percorri, tropece onde tropecei e levante-se assim com...