Cap. 37

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Pov Arizona.

Dor.

Dor.

Dor.

Eram 05 horas da manhã, ainda estava escuro e eu sentia meu bebê se mexer demais, eu não queria acordar a Callie por ela estar cansada já que a dias ela vem me acompanhando em não dormir.

Já tinha se passado algumas semanas, a data para ele nascer era dia 27/12 e não era pra eu estar sentindo essa dor agora.

Tem um mês que o Lucca fez aniversário e só fizemos um bolinho já que eu não aguentava mais dar um passo.

- Amor...- a chamei baixinho e ela resmungou.- Eu estou morrendo de dor.

Falei e ela não ouviu.

- Callie.- Voltei a chamar.- Por favor...

Senti uma lágrima escorrer.

A balancei na cama e ela se remexeu, mas não acordou.

-Droga.- murmurei.

Levantei e comecei a andar de um lado para o outro no quarto na tentativa de aliviar a minha dor.

- Arizona...- ouvi ela me chamar.- Cadê você?

- Estou aqui.- falei próximo a porta.

- Senti sua falta na cama, está tudo bem?

- Não, estou com dor.- resmunguei.

- E por que não me chamou?

- Eu te chamei, duas vezes.- respirei pesado.- Eu acho que ele ta vindo, Callie.

- Mas a data não é pra daqui a 20 dias?- perguntei.- Faltam 3 semanas ainda.

- Se ele quer vir agora, deixa ele vir agora.- coloquei minha mão nas costas.- Eu que não vou ficar sentindo dor.

- Vou pegar a bolsa, o Lucca e ligar pra Addison. - ela falou se levantando.- Vai indo pro carro.

Eu demorei cerca de 5 minutos para chegar no carro, já que toda hora eu parava  por estar sentindo dor. Callie passou por mim duas vezes, uma levando o Lucca e as três bolsa, que no caso era a minha, a dele e a do bebê, e depois voltou para me pegar no colo já que eu não conseguia andar.

Ao chegarmos no hospital Addison e Mer já esperava por nós duas, Mer pegou o Lucca e o levou para casa delas e Addie me levou até a sala de parto para os primeiros exames. 

- Sabe me dizer quando a bolsa estourou?- Ela me perguntou.

- A bolsa já estourou?- perguntei nervosa.

- Ari, já estou sentindo o cabelinho, preciso que você faça força.- ela pediu e eu tentei.- Quase lá, preciso que tente mais uma vez.

- Vai, amor, ta quase lá.- Callie veio até o meu lado e segurou minha mão.

- Se eu fosse você eu não far...

- AAAAAAAAAAH.- gritamos juntas quando eu apertei a mão dela.

- Eu tentei avisar. - Addie riu.- Saiu a cabecinha, Ari, agora eu quero que faça uma última força.

- Ok, eu vou tentar.- disse meio ofegante.- Amor, você ta bem?

- Chama alguém pra ver a mão dela.- Addie pediu.- Vamos, Ari, no 3. 1, 2 e 3.

Pediu e eu fiz força, uma força que eu não sei de onde saiu, mas eu fiz.

- Parabéns, Ari, é uma menina.- ela disse rindo enquanto eu recuperava a minha respiração.- Mais uma mini Torres.

Coincidência do amor Onde histórias criam vida. Descubra agora