A PROCURA DE UM ESPOSO

1 Ano Depois (Agora)

Depois daquela noite nunca mais encontrei aquele homem, e minha vida tem sido difícil, perdi meu pai que era meu alicerce, a fazenda está a ponto de ser hipotecada e tem sempre uns peões invadindo para medir as terras e saber quando pode valer, eu expulso todos eles com a minha espingarda, nenhum dinheiro compra o que essas terras vale para mim.

Minha mãe nem na morte dela facilitou minha vida, me deixou a herança que só posso cobrar quando me casar, o noivo fugiu, os homens morrem de medo de mim, como eu vou arrumar um esposo?

Passei o dia todo  pensando e a única alternativa é um homem fora dessa cidade, eu decidi colocar um anuncio no jornal, a procura de um esposo.

Hoje de manhã logo que acordei fui ao jornal e fiz a publicação prometendo dinheiro, eu não sei quanto tenho para receber da minha mãe, mais pagarei o esposo de mentira com essa herança eu espero q  minha mãe tenha deixado muito dinheiro.

A tarde já tinha alguns pretendentes, eles deixaram os currículos, mais não gostei de nenhum, iria esperar para ver se aparecia alguém melhor.

Escuto um carro chegando e logo aparece um homem alto, moreno, com um sorriso lindo.

Homem - Boa tarde 

Quando eu escutou a voz dele, me arrepiei me veio a lembrança daquele homem, mais logo espantei minhas lembranças , ele  nunca iria aparecer aqui.

Homem - eu me chamo Rodolffo, você é a Juliette né? Eu vim pelo anuncio no jornal, você está procurando um marido?

Juliette - Esposo, pq é de mentira, eu preciso fingir que sou casada durante uns meses.

Rodolffo - Eu quero me candidatar.

Juliette - Não, eu já achei o esposo que tô procurando pode ir embora.

Eu falei isso pq ele me causa sensações estranhas, e sempre me faz lembrar daquele homem da viagem.

Minha tia entrou na sala.

Helena - Olá como vai? Sou Helena, tia dela, aqui um cafezinho.

Rodolffo - Como vai senhora Helena, eu sou Rodolffo. Obrigada.

Minha tia me chamou na cozinha e falou:

Helena - Da a chance pra esse rapaz minha filha, de longe ele é o melhor de todos.

Juliette - Não fui com a cara dele tia

Clara - Você gostou dele isso sim

Juliette - Fica quieta Clara ele vai ouvir.

Escutei alguém gritando era o José

José - JULIETTE CORRE AQUI FILHA

Fomos todas para a sala onde estava Rodolffo tomando um café e José gritando

Juliette - O que foi?

José - Estão invadindo a fazenda e medindo terreno

Eu corri peguei minha espingarda, montei no cavalo que estava próximo no quintal e saí correndo, ninguém vai tirar essa fazenda de mim.

Cheguei no local desci do cavalo e apontei a arma

Juliette - O que vcs estão fazendo aqui? Essas terras tem dono.

Homem - Se voce não pagar a dívida , elas são minhas, eu vou comprar.

Juliette - So se passar por cima do meu cadáver.

Homem - tá nervosa? Vem cá vem, eu vou acalmar a fera, vai virar mulherzinha.

Ele tentava me agarrar, quando eu escutei alguém gritar era o Rodolffo

Rodolffo - Respeita ela, seu babaca, se não eu vou quebrar sua cara, e sai dessas terras, com um telefonema que eu der, a polícia vai saber q vcs estão ilegalmente aqui.

Rodolffo agarrou a roupa dele e quase tira o rapaz do chão.

Homem - Calma senhor  já estou indo.

Ele saiu, eu virei pro Rodolffo e falei.

Juliette - O que vc ainda tá fazendo aqui, eu sei me defender sozinha.

Rodolffo - De quanto é essa dívida?

Juliette - Olha senhor Rodolffo eu não sei como dizer delicadamente vai na brutalidade mesmo, vai embora, esse problema é meu eu vou solucionar. Eu não entendo, as pessoas passam a vida procurando um lugar pra ser feliz, eu não, eu nasci aqui sou feliz desde sempre, o vendaval é meu, ninguém vai tirar de mim.

Eu montei no meu cavalo e sai.