Capítulo XXI - Feliz Natal

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23 de Dezembro

Típico meu deixar tudo para a última hora. O shopping está um caos e eu ainda não comprei uma única prenda.

Mãe
Pai
Susan
Ryan
Kevin
Noah
Eleanor
Avós

Estava mesmo bem disposta naquela tarde. Tudo tinha ficado resolvido com a mãe do Noah. Fui com eles à capital para a primeira consulta dela, o médico estava confiante. O Noah estava feliz, eu e a mãe dele estávamos a dar-nos mesmo muito bem. Estava tudo perfeito.

Decidi começar pela minha mãe. Entrei na loja de roupa favorita dela, aquelas a que as raparigas novas não vão porque é tudo demasiado jet set.
No manequim estava um vestido de gala azul marinho, com pérolas no decote e brilhantes na cintura. Perfeito.
Pedi à senhora que me confirmasse se havia o tamanho da minha mãe. Felizmente havia, era o ultimo. Boa!

Ao meu pai comprei uma gravata na mesma loja, em tom prateado, com riscas brancas.

Entrei na loja de acessórios e acabei por comprar uma pulseira com as letras bff. Sim, eu sei, é um bocado cliché, mas eu sabia que a Susan ia adorar.

Comprei um perfume para o Kevin, para as minhas avós e para a Eleanor, rezando para que eles gostassem.

Para o Ryan, passei na loja de estampagens e encomendei uma t-shirt azul escura com a frase:

O melhor amigo da miúda nova.

Disseram que ia demorar meia hora, então aproveitei para procurar a prenda mais difícil. A do Noah.

Não fazia ideia do que lhe ia dar. Ele não precisava de nada em especial. Fui passando pelas montras, à procura de ideias. Pelo caminho cruzei-me com imensas pessoas da universidade. Estávamos de férias e provavelmente estavam a fazer o mesmo que eu.

De repente, olhei para uma publicidade numa montra e percebi que era mesmo aquilo que estava à procura!

*

24 de Dezembro

Combinei com o Noah encontrar-me com ele à porta de minha casa. Ele vai para casa de uns familiares numa cidade perto daqui e vai passar lá a semana, só volta no dia 31 à noite, para passar a passagem de ano comigo.

- Finalmente Noah, está frio aqui fora! - resmunguei quando ele parou o carro e veio ter comigo.

- Desculpa fofinha, distraí-me na república e não dei pelo tempo passar.

- Hum, que atencioso - comentei.

- Vim só mesmo dar-te um beijo, já devia estar a caminho!

- Ok Ok. Tens aqui a tua prenda e a da tua mãe. Não te atrevas a abrir antes da meia noite - avisei.

- Sim senhora! - gozou, esticando-me um saco com as prendas dele.

- Adoro-te, bom natal amor - sussurrei enquanto o beijava.

- Bom Natal Cinderela.

- Avisa quando chegares! - pedi, enquanto o via afastar-se.

*

- De certeza que temos de esperar até à meia noite?

- Sim.

- Mas nenhum de nós acredita no pai natal, deixem-me lá abrir as prendas...

- Não! - respondi ao mesmo tempo que o meu pai.

A minha mãe era pior que uma criança no natal.

Thank you. ChloeOnde histórias criam vida. Descubra agora