23 de Dezembro
Típico meu deixar tudo para a última hora. O shopping está um caos e eu ainda não comprei uma única prenda.
Mãe
Pai
Susan
Ryan
Kevin
Noah
Eleanor
AvósEstava mesmo bem disposta naquela tarde. Tudo tinha ficado resolvido com a mãe do Noah. Fui com eles à capital para a primeira consulta dela, o médico estava confiante. O Noah estava feliz, eu e a mãe dele estávamos a dar-nos mesmo muito bem. Estava tudo perfeito.
Decidi começar pela minha mãe. Entrei na loja de roupa favorita dela, aquelas a que as raparigas novas não vão porque é tudo demasiado jet set.
No manequim estava um vestido de gala azul marinho, com pérolas no decote e brilhantes na cintura. Perfeito.
Pedi à senhora que me confirmasse se havia o tamanho da minha mãe. Felizmente havia, era o ultimo. Boa!Ao meu pai comprei uma gravata na mesma loja, em tom prateado, com riscas brancas.
Entrei na loja de acessórios e acabei por comprar uma pulseira com as letras bff. Sim, eu sei, é um bocado cliché, mas eu sabia que a Susan ia adorar.
Comprei um perfume para o Kevin, para as minhas avós e para a Eleanor, rezando para que eles gostassem.
Para o Ryan, passei na loja de estampagens e encomendei uma t-shirt azul escura com a frase:
O melhor amigo da miúda nova.
Disseram que ia demorar meia hora, então aproveitei para procurar a prenda mais difícil. A do Noah.
Não fazia ideia do que lhe ia dar. Ele não precisava de nada em especial. Fui passando pelas montras, à procura de ideias. Pelo caminho cruzei-me com imensas pessoas da universidade. Estávamos de férias e provavelmente estavam a fazer o mesmo que eu.
De repente, olhei para uma publicidade numa montra e percebi que era mesmo aquilo que estava à procura!
*
24 de Dezembro
Combinei com o Noah encontrar-me com ele à porta de minha casa. Ele vai para casa de uns familiares numa cidade perto daqui e vai passar lá a semana, só volta no dia 31 à noite, para passar a passagem de ano comigo.
- Finalmente Noah, está frio aqui fora! - resmunguei quando ele parou o carro e veio ter comigo.
- Desculpa fofinha, distraí-me na república e não dei pelo tempo passar.
- Hum, que atencioso - comentei.
- Vim só mesmo dar-te um beijo, já devia estar a caminho!
- Ok Ok. Tens aqui a tua prenda e a da tua mãe. Não te atrevas a abrir antes da meia noite - avisei.
- Sim senhora! - gozou, esticando-me um saco com as prendas dele.
- Adoro-te, bom natal amor - sussurrei enquanto o beijava.
- Bom Natal Cinderela.
- Avisa quando chegares! - pedi, enquanto o via afastar-se.
*
- De certeza que temos de esperar até à meia noite?
- Sim.
- Mas nenhum de nós acredita no pai natal, deixem-me lá abrir as prendas...
- Não! - respondi ao mesmo tempo que o meu pai.
A minha mãe era pior que uma criança no natal.
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Thank you. Chloe
RomanceChloe - Uma rapariga ruiva, inocente, feliz. A vida pregou-lhe várias partidas que ninguém deveria viver, mas ele estará sempre ao lado dela. Certo?