03 - Todos os caminhos me levam até você

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boa leitura

─── Vai, pode dizer: "oh meu Deus Téo, você é maravilhoso

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─── Vai, pode dizer: "oh meu Deus Téo, você é maravilhoso. Eu não poderia viver sem você". ─── Ele se gabou, tentando tosca e inutilmente imitar a minha voz. ─── "Eu te amo. Vou lembrar de você quando estiver me casando ou estarei me casando com você se nada der certo. Eu te amo"

Franzi o nariz.

─── Eu não falo assim. ─── Murmurei. ─── E não, eu não vou nessa festa. Sem chance?

─── Ué? ─── Ele parou, o que praticamente me obrigou a fazer o mesmo. Massageei minhas têmporas, já cansada da minha dose de Téo hoje. ─── Por quê?

─── Um: eu não tenho roupa para festa de jovens ricos filhos de famosos ricos que tem amigos ricos com outros filhos ricos amigos de jovens famosos e ricos. Dois: eu provavelmente vou estar cansada demais para me arrumar. ─── Enumerei com os dedos. ─── Três: eu não vou simplesmente aceitar sair para um lugar onde provavelmente vou me sentir desconfortável só para ver um garoto que, como você mesmo disse, eu só conheci duas ou três vezes e, não menos importante, quatro: eu já estou cansada de olhar para sua cara essa semana. Está bom ou quer mais?

Meu amigo abriu a boca, em completo silêncio por um tempo. Em seguida, levou a mão para o peito.

─── Uau, eu amo o jeito como você pisa em mim. ─── Disse, por fim. Meus lábios tremeram para dar o sorriso que queria brotar, mas eu não o fiz. Em seguida, continuei andando. ─── Mas sabe o que? Eu acho que seria vantajoso você ir.

Ele correu atrás de mim, dizendo:

─── Vem cá, por que você quer tanto que eu vá, hein? Tenho certeza que não é por causa dos meus sonhos.

─── Você está duvidando da minha bondade, Raly? Isso machuca meus sentimentos, sabia disso?

─── A verdade, Téo.

O garoto levou a mão para o cabelo, baguncando em sinal de frustração. Encolhi os olhos, enquanto a gente atravessava a rua para a parada de ônibus. Ele aproximou o corpo um pouco mais do meu, para que pudesse falar baixo quando notou algumas pessoas perto.

Eu contive um sorriso. Ele era realmente alguém que chamava atenção e não só porque tinha pais famosos ou era rico (ok, isso também era um dos motivos) mas porque, também, era muito bonito. Talvez o cabelo bagunçado, o sorriso colgate e as tatuagens lhe dessem uma fama de badboy que no fundo não combinavam nem um pouco com quem ele era de verdade.

Era engraçado. Antigamente as pessoas costumavam achar que a gente namorava, até hoje achavam, mas a maioria tinham acostumado com nossa proximidade sem maliciar.

─── Ok, tem um garota...

Bufei. Serio mesmo?

─── E?

𝚂𝙸𝙽𝙰 • bakOnde histórias criam vida. Descubra agora