oi, desculpa a demora vidinhas. Estava com um bloqueio terrível e mto mto mto atolada com o semestre. Vou tentar atualizar com mais frequência, prometo ♡
─── E então? Como foi?Téo perguntou, colocando a tábua de petiscos no puff improvisado e se enrolou nos cobertores ao meu lado logo em seguida. Como se eu não tivesse o que dizer, encolhi os ombros em resposta, levando minha garrafa de cerveja a boca e me permitindo o silêncio, enquanto o gosto amargo espalhava-se pelo meu paladar.
Eu costumava não gostar de cerveja ou bebidas em geral, mas ultimamente havia me acostumado com elas. Não que eu fizesse além do necessário, mas as vezes era um ótimo pedido quando eu precisava urgentemente relaxar e tirar um peso dos meus ombros.
─── Ruim, suponho.
O garoto ao meu lado riu baixo, com a própria garrafa e fez o mesmo. Eu tinha chegado em sua casa há mais ou menos duas horas, depois de instalar Nalu em meu apartamento novamente e vê-la cheirando tudo, como se soubesse onde estava. Eu estava com medo de que talvez ela precisasse de um tempo a mais para se adaptar, porém quando Gabriel me trouxe ela nessa tarde, seu reconhecimento foi tão imediato que eu quase me vi chorando ao agarrá-la nos braços depois de tanto tempo.
─── Não diria que ruim é a palavra adequada, mas...
─── Mas?
─── Só foi... estranho. ─── respondi. Isso, estranho! Estranho era um ótima palavra.
Outro gole longo e a tensão nos meus ombros anuiu. Téo me deu uma olhada de rabo de olho, mas não disse nada por um tempo.
O tempo frio lá fora ainda estava caótico e eu agradeci o par de luvas amarelas surrado que fazia um bom trabalho em manter minhas mãos aquecidas. Apesar disso, ainda podia sentir o ventinho penicando onde a touca e o cabelo não cobriam, tipo o meu rosto e, principalmente, meu nariz praticamente congelado.
Era irônico que mesmo assim, o céu ainda permanecia estrelado e bonito como sempre. Não havia sinais de chuva, nem mesmo nuvens. A Lua estava por lá, e a constelação de escorpião começava a desaparecer pelo teto, dando-nos o vislumbre da de sagitário bem diante de nós. A vista que o apartamento de Téo entregava à noite era sempre deslumbrante e me deixava hipnotizada. Acho que, talvez, era por isso que mesmo congelado, eu havia optado por nós sentarmos ali ao invés do tapete quentinho na sala de estar.
─── Como assim? Vocês se falaram ou não tiveram tempo?
─── Tempo? Tempo nós tivemos de sobra. Não atoa, Michele não estava por lá quando cheguei e ele quem abriu a porta.. ─── Eu ri irônica, finalizando minha garrafa de cerveja e me esgueirando para pegar outra no suporte que havíamos trazido horas mais cedo. Elas não estavam tão geladas quando deveriam, mas dado ao tempo, dava para o gasto. Assim que abri minha quarta garrafa, voltei para o meu lugar de sempre, entre as cobertas e encarei o céu. ─── Mas o que podíamos conversar? Não havia o quê, então comentamos brevemente sobre Nalu antes que ele fosse buscá-la e quando voltou, nós ficamos em silêncio durante um tempo. E então...
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𝚂𝙸𝙽𝙰 • bak
FanfictionCONCLUÍDA ✔ A primeira vez que Lyra viu Gabriel, estava pendurada de cabeça para baixo há mais de seis metros do chão. Ainda assim, o peso daquele olhar castanho sob o seu nos três segundos que eles se encontraram fez com que os cabelos da sua nuca...