05 - Todas as noites, desde...

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boa leitura ♡ ( atualizando mais rápido do que pensei que faria)

boa leitura ♡ (tô atualizando mais rápido do que pensei que faria)

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─── Uma volta pode ser muita coisa, mas um café talvez. ─── Eu respondo, desfazendo o nó do pano e retirando um fio de cabelo do rosto.

Gabriel acompanhou meu movimento atentamente. Ainda que houvesse um sorriso no canto dos seus lábios, eu não conseguia deixar de me sentir nervosa sob seu olhar.

Ele era tudo isso de intensidade exalando de si. Intensidade e confiança, na verdade. Tudo isso ao olhar, quando andava ou mesmo em suas palavras. Até uma frase boba como "dar uma volta", por exemplo, deixava isso explícito.

─── E para sua sorte eu conheço um no fim da rua. ─── Completei a frase, fingindo que meu rosto não estava corado quando passei por ele, juntando minhas coisas.

─── Para minha sorte. ─── Gabriel murmurou baixo, como se fosse mais para si do que para mim e riu. ─── Claro!

Começamos a sair e como era fim de tarde, o sol já se despedia do céu. Acenei para alguns conhecidos no caminho, tentando fingir costume enquanto Gabriel me seguia lentamente atrás, com as mãos nos bolsos.

─── Você parece ser bastante popular por aqui. ─── Observou, puxando assunto.

Diminui os passos, deixando que ele me alcançasse na calçada e então começamos a andar lado a lado.

─── Mais ou menos. ─── ri. ─── Agora um pouco mais porque minhas aulas estão começando a se popularizar, mas antes não era tanto assim.

─── Quanto tempo tem que tu dá aula aqui?

─── Tem mais ou menos um ano.

A conversa morreu brevemente, mas como a lanchonete era perto, eu pude me sentir levemente aliviada por isso. Sorri minimamente, indicando o lugar com a cabeça.

─── É ali. Espero que esteja com fome, os sanduíches daqui são os melhores!

Atravessamos a rua, comigo tomando a frente quando entramos no estabelecimento.

─── Oh, a Lyra chegou! Querida, boa tarde!

─── Oi, Dona Ana. Boa tarde! ─── acenei para ela, rindo da sua animação ao me ver. ─── Como a senhora tem estado?

─── Bem e você, filha? Andou sumida esses últimos dias. Sentimos sua falta.

─── O bolso não deixa a gente viver de lanche todos os dias, sabe? Às vezes a gente tem que maneirar.

─── Oh, garota insolente. Eu já disse que quando você quiser vir comer e não tiver, não precisa pagar.

A mulher jogou um pano em mim, fazendo-me rir e apara-lo no ar, antes de me dar um olhar suspeito e dirigir a atenção até um ponto ao meu lado.

𝚂𝙸𝙽𝙰 • bakOnde histórias criam vida. Descubra agora