Cap2: O estranho desperta.

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Depois de ter feito o que disse, o menino, saiu com seu pai, indo para o sul, a frente da cabana, onde depois de uns poucos segundos andando, chegaram a uma cachoeira, era relativamente pequena, mas suas águas estavam caindo em um lago cristalino, que refletia o céu branco junto de seu fundo cheio de pedras.

-Aqui que deixo vocês dois. - Disse o pai, deixando o lobo marrom às margens do pequeno lago. - E filhão, tenha cuidado, esteja sempre alerta. - Disse o pai, agora no ouvido do garoto.

O lobo-pai foi embora assim, deixando Roca sozinho, somente acompanhado do ser desacordado e do som da cachoeira.

-Tá. - Disse o garoto, ao se deparar de fato com a missão que recebeu, pondo uma massa de tecidos ao lado do lago. - Agora... vamos tirar as suas roupas.

O menino, apesar de com rubor na face, fez sem muitos rodeios, tirando primeiramente a blusa semi-rasgada do lobo marrom, e logo em seguida, suas calças, que o nosso lobinho teve mais relutância em tirar, deixando o estrangeiro seminu, suas intimidades escondidas por uma fralda de tecido.

-A-acho que assim está bom. - Disse o lobinho branco, meio corado. - Agora e-eu.

Ele se despiu com mais rapidez do que alguém poderia contar até dez e depois que o fez, colocou o lobo marrom para dentro da água fria e congelante, entrando aos poucos também para deixar o seu corpo se acostumar a temperatura quase negativa da água.

-Detesto banhos. - Disse Roca, com um arrepio. - Imagino que vindo de outro lugar, deve ter a mesma opinião que eu não? - Perguntou o lobinho heterocromático ao lobo marrom desacordado, que obviamente não respondeu. - Tá, imagino que não vá acordar cedo, não sem uma refeição decente. Então sem papo.

Roca, nu como estava, se levantou e foi até a cachoeira, pegando de detrás da queda d'água, três potes de madeira e os trazendo até onde estava o lobo marrom, ele as deixou de lado para poder tirar cada uma das impurezas do pelo e corpo tanto seus quanto do outro lobo, depois de ter acabado, ele pegou as roupas do outro e com uma essência tirada de um dos potes, ele a lavou perfeitamente, pondo-as de lado após dobra-las, ele tirou o lobo marrom da água e o levou até o pé da árvore em que tinha posto as roupas.

-Acho que não dá para ficar com esta tanga molhada em roupas secas, né? - Disse Roca, meio corado novamente, com um tom que tentava mais se convencer do que qualquer coisa.

Tirando levemente aquele tecido encharcado, ele o jogou ao lado das outras roupas que tinha acabado de lavar, colocando rapidamente uma de suas calças nas pernas do estrangeiro, e depois pondo a camisa, cabiam perfeitamente.

-Couberam. É muito conveniente. - Disse Roca, sorrindo. - Agora deixa eu me vestir para podermos voltar para a minha casa.

Se vestindo com roupas diferentes, mas com a mesma aparência das que usava anteriormente, ele pegou as roupas que acabou de lavar e as pôs detrás da cachoeira, depois disso, ele pegou o estrangeiro e o pôs nos ombros, indo na direção de casa.

-Conseguiu, filhão! - Foi a primeira coisa que Roca ouviu ao chegar, sendo envolto pela voz potente de seu pai e pelo seu abraço tão forte quanto.

-Pai! Ele é pesado!! - Disse o pequeno albino, sendo puxado para o chão pelo peso de ambos os lobos.

-Solte-o, Dason. - Disse a loba-mãe, com um sorriso e tom leve.

- Não me aguentei, me desculpe. - Disse Dason, com um sorriso maroto.

-Posso pô-lo na cama de reserva, mãe? - Disse Roca, já não se aguentando em pé.

-Claro, querido. Rápido também, o almoço já está pronto.

Conto de uma história longínqua. (Furry) (Yaoi) (Lemon)Onde histórias criam vida. Descubra agora