Cap 32: A normalidade de um dia

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O sol se moveu um pouco no céu antes de Dante conseguir se soltar de Roca, se limpando (novamente) naquele riacho e, quando enfim o Sol estava no meio do céu, Dante começou a acordar Roca.

O menino de olhos diferentes aos poucos abriu os olhos, se vendo no peito de Dante, mas ainda recebendo uns tapinhas.

-Roca...Roca, vamos?

-Hu...- Os olhos dele estavam meio esbugalhados enquanto ele os coçava. - Já?

-Sim...vamos?

-Vamos. - O lobo de olhos diferentes se ergueu da água, começando a se secar e se vestir junto de Dante.

Ambos andaram com leveza, seguindo a fina linha de cheiro do Dainan, que ainda resistia aos açoites do vento.

Eles enfim acharam o canguru, mas ele já estava com uma cesta em mãos e uma carranca irritada, pulando para algum lugar antes de olhar para os meninos e dizer com escárnio:

-Então, enfim saíram do banho?

-Sim, acabamos, desculpe a demora. - Dante disse sem graça.

-Tá. A uma pequena fazenda em frente, vamos, me ajudem a pegar os alimentos de vocês. - Seguiu pulando, sendo seguido pelos lobos.

Os três seguiram até uma ampla planície, cheia de raízes e ervas comestíveis.

-Hu...isso será agradável. - Roca constatou com a visão.

-Digo o mesmo.

-Sem conversa, mais ação. - O canguru disse, irritadiço, se agachando e começando a colher as plantas que por ali se encontravam.

Roca e Dante se olharam, mas logo fizeram o mesmo em silêncio. E eles o fizeram, passaram um bom tempo colhendo ervas e raízes e as pondo na cesta de Dainan, isso até Roca ficar desconfortável.

-É...Dainan? - Roca chamou de maneira tímida

-Diga. - O canguru retrucou irritado.

-É...bem...só queria puxar assunto...a gente vai ficar junto, então...queria te conhecer melhor.

-ME conhecer melhor? Tem certeza?

-T-tenho, por que?

-Porque se me conhecer, vai saber que odeio atrasos e rodeios, e vocês fizeram exatamente isso enquanto eu colhia as primeiras levas de plantas!!

-Hu...sério? Nos desculpe...- O lobo branco disse arrependido, baixando as orelhas em submissão.

-Hu...ao menos sabem que fizeram algo de ruim. - Disse o canguru bufando.

-É mais difícil do que parece cortar pelos do corpo inteiro, acabamos demorando demais, foi realmente um imprevisto. - Dante disse com naturalidade, retirando mais plantas do chão. - Mas, prometemos nos adiantar se for necessário fazer isso mais vezes.

-Bem, assim espero, detesto ficar esperando demais.

-Isso é perceptível. - O lobo marrom disse, erguendo o rosto e, por um instante, piscando para Roca, ambos sorrindo de maneira travessa por um instante. - Mas...realmente é necessário que nos enturmemos com os seus iguais, para tal coisa, devemos aprender os seus costumes, pode nos ajudar?

-Bem...sim, claro que posso, é minha responsabilidade de qualquer jeito, não? - O canguru disse com um meio sorriso no rosto. -Mas, vamos falar isso na vila, é mais fácil de explicar lá.

-Tá. - Ambos disseram, voltando ao silêncio.

Pouco tempo depois, quando a cesta já estava cheia e alguns cangurus já seguiam novamente para o vilarejo, o trio se ergueu, satisfeito pela safra e seguiram para a vila.

Conto de uma história longínqua. (Furry) (Yaoi) (Lemon)Onde histórias criam vida. Descubra agora