Cap8: as lutas dos pequenos guerreios.

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Chegando na casa, Roca novamente desabou em sua cama, sentindo o próprio cheiro residual, além da frieza daquelas cobertas, e chorou, chorou como um bebê, sua mãe não falou uma só palavra, somente acariciava a sua cabeça com um olhar de pena.

-Roca! - A voz de Dante soou vinda da porta, o lobo estava com um manto e capuz, abaixando o capuz para deixar bem visível a sua face preocupada.

Vindo para junto de mãe e do filho, o lobo pardo ficou ao lado do lobo albino, sem saber o que fazer.

-Vou os deixar sozinhos. - Disse a mãe, se retirando do local.

Quando a mãe saiu, Dante ficou ainda mais sem jeito, principalmente por ter tomado o lugar da mãe.

-...eu vi tudo. - Disse Dante, por fim. - Queria te recepcionar adequadamente, mas... não deu.

Roca não respondeu verbalmente, somente continuou a soluçar baixinho.

-É uma verdadeira injustiça que achem que você trapaceou, o seu pai estava lá com os outros o tempo todo, só isso anularia toda a história do Matto.- Continuou Dante.

-Eles não se importam... - Disse Roca, em meio aos soluços.

-Como... - Dante já ia abrir a boca, mas foi interrompido pela resposta da pergunta que ainda nem tinha feito.

-Para eles, eu não passo de um amaldiçoado, mesmo que tudo aponte que eu fiz algo de maneira justa, se alguém disser que não, que eu trapaceei ou coisa assim, vão me jogar pedras na hora.

-Mas isso é tão idiota. Não faz sentido.

Roca não respondeu, só voltou aos seus soluços.

-Ma-mas enfim, acho que chega de falar de injustiças. - Disse o lobo pardo, ao acariciar a cabeça do outro enquanto corava. - Queria só te dar os parabéns, sobreviveu da melhor maneira possível e por esmurrar a cara do Matto, é meio caminho andado para acabar com o desgraçado do Aucaman.

-Obrigado. - Disse Roca, mansamente.

-Espero que se dê bem na segunda parte do teste.

-Também espero.

Um silêncio se instaurou no ambiente depois da resposta, ambos os lobinhos permaneceram como estavam, Roca deitado e Dante acariciando a cabeça de Roca levemente, isso até a voz de Roca cortar o silêncio.

-Você pode... se deitar aqui? - Perguntou, com o rosto tomando cor.

-C-claro. - Foi a resposta trêmula de Dante, ao se deitar na cama.

Ao sentir o outro se deitar, Roca se virou e abraçou o peito do outro, que corou de imediato.

-Seu cheiro me acalma. - Disse Roca, ainda com resquícios de lágrimas no rosto, e um imperceptível tom choroso.

O lobo pardo estava corado e estático, depois de 2 segundos, moveu as mãos de um lado para o outro sem saber onde as por, até envolver Roca com elas.

-O seu também. - Ele respondeu, um tanto atrasado.

Ambos os lobinhos caíram em um sono profundo.

-Meu santo do céu, posso sempre contar com o Dante para consolar o meu filho... e ter umas cenas fofinhas. - Disse Isamaia, entrando de novo e olhando aquela cena com brilho nos olhos.

A mãe deixou os lobinhos dormirem enquanto ela mesma fazia o que tinha que fazer... isso claro, até o pai chegar.

-UFA! - Disse o mesmo, entrando como se tivesse corrido uma maratona, se jogando de um lado para o outro como se as pernas não aguentassem o peso do corpo. - Amor...

Conto de uma história longínqua. (Furry) (Yaoi) (Lemon)Onde histórias criam vida. Descubra agora