Cap10: Um dos momentos de luxúria decisivos.

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Agora anos depois (sendo mais específico, uns 12 anos a frente), em meio a uma floresta densa e sem um sinal de luz devido as grandes abetos e aos pinheiros do local, um grupo de uns 8 cervos corriam desesperadamente por ali, cada um com a respiração ofegante e sempre olhando para trás de relance, os 8 eram idênticos, musculosos o suficiente e somente vestindo tangas que só escondiam as intimidades e armados de lanças com pontas de pedras.

Em formação de lança, eles corriam se mantendo juntos... ou não.

Uma flecha saiu das sombras e foi direto na nuca de um deles, ele estava na ponta esquerda da lança, e caiu sobre o que estava a sua direita, o grito do que ainda estava vivo foi de horrorizar qualquer um, o cervo jogou o corpo de seu semelhante ao chão, os olhos desesperados enquanto outro tocava em seu ombro, o consolando.

Uma sombra correu dentre as árvores, nenhum som foi ouvido, mas foi o suficiente para todos os cervos se armarem, todos ficaram costas com costas, olhando ao redor com ansiedade.

A sombra passou novamente pelas árvores, mas uma flecha veio de cima, acertando o cérebro de mais um, o grupo se dispersou por instinto e a sombra veio e rapidamente cortou a garganta de mais um, depois foi para outro e fez o mesmo, o terceiro tentou revidar erguendo a lança, mas o ser desviou com graça e quebrou o objeto com um mover de mão, logo em seguida erguendo a outra mão para arrancar a artéria carótida direita do ser, o matando na hora.

Os últimos três vieram para cima, lanças erguidas, o ser se jogou contra os três, chutando a cara do lanceiro que estava no meio, logo em seguida, desmaiando os outros com os braços.

O ser caiu no chão sem um mero ruído apesar da neve, e com um som de vento, perfurou os dois, deixando somente um vivo.

O que estava vivo, fitava a figura de maneira horrorizada, como se visse o próprio diabo, se embananando ao tentar engatinhar de costas para longe dali, a figura se aproximou calmamente, deixando o som de seus passos ecoarem.

O cervo disse algo com um grito horrendo.

O ser pareceu compreender, retirou o capuz, era Roca, o menino tinha crescido e ficado com ao menos 1,70, seus olhos e pelo pareciam ainda mais belos do que na infância, brilhando na escuridão de algum modo, os olhos pareciam reluzir com luz mordaz e inteligente, o jeito corporal, apesar de esguio e elegante, demonstrava firmeza e força, sua expressão de rosto mostrando deboche e o mais puro desinteresse.

-Desculpe-me, mas não posso deixa-lo vivo. - Ele respondeu com um tom desinteressado, em uma língua diferente.

Com a fala, ele cortou a garganta do homem, o fazendo cair sem vida.

-Ahhh. - Roca suspirou com cansaço. -Ainda bem que hoje isso tudo acaba. - Ele disse, olhando aquela carnificina com certa culpa agora.

Ele deixou o arco e as flechas de lado, indo para os corpos e os pegando e aos poucos, foi os amarrando, e enquanto fazia isso, sentiu um leve aroma no ar, um aroma adocicado, não era lupino.

Ele voltou aquele modo sério e subiu nas árvores, procurando com os cinco sentidos a presa que ele tinha deixado escapar, se concentrado por alguns segundos, ele disse:

-Duas pessoas. - Ele disse, o desinteresse dominando a voz, mas em seu fundo, a culpa a preenchendo.

Pondo novamente o capuz, ele voou pelas árvores, não deixando nenhum som se propagar muito longe, até chegar em uma pequeniníssima clareira, Roca se escondeu em meio aos galhos finos dos pinheiros, até se sentando em um dos galhos, e observou curioso pelo que tinha sentido e pelo pouco que tinha visto.

Os dois cervos pareciam em um momento romântico, completamente e claramente alheios ao massacre que aconteceu ao lado, ambos eram idênticos em aparência ao seus irmãos de raça, mas um deles era pequeno, talvez da altura de Roca, enquanto o outro se equiparava aos outros, 1,85, talvez mais, um estava de frente para o outro, ambos estavam abraçados, rostos unidos, Roca não via o contato (até porque, ele estava em um ângulo completamente desfavorável a isso, estando atrás do cervo maior) mas claramente acontecia pela posição que se encontravam.

Conto de uma história longínqua. (Furry) (Yaoi) (Lemon)Onde histórias criam vida. Descubra agora