-... - Ubiratã deixou a mandíbula cair pelo chão ao ouvir tal afirmação. - Vocês são loucos se querem que eu ponha fé... nisso.
-Acho que você já sentiu na pele o meu poder, não? - Roca perguntou, ainda arrastadamente sexy.
-Não acho que força bruta seja o suficiente para acabar com uma vila toda, principalmente considerando que quer que os cervos se desloquem para essa vila. - Disse Ubiratã, se manter firme.
-Quem disse que estamos falando do poder dos músculos? - Perguntaram os dois juntos, em uníssono, novamente mostrando aquele sorriso maquiavélico. - Falamos dos medicamentos.
-... sim... como já citei, vocês salvaram os pais de Piatã, sei um pouco das capacidades dos seus remédios, matador.
-Pois bem... - Roca disse mansamente enquanto descia os braços pelo corpo de Dante e estendia os braços do mesmo, fazendo uma pose de valsa. -Então imagino que possa supor a partir disso, o que eu posso fazer, e como podemos orquestrar a derrota daqueles cães sardentos, não?
-...na verdade, não.
-Então é menos esperto do que quer admitir. - Dante disse, começando a dançar com Roca. - O que pretendemos... creio que deixarei para daqui a pouco para dizer, vamos ver se consegue, se fizer um esforço. - Disse o lobo pardo, girando Roca, e regressando aquela pequena bela arte. - Por enquanto, o que deve saber, é o que já foi dito, sua cooperação é vital para que esse plano não falhe.
-Como posso ser tão importante assim, acabei de chegar nisso aqui, não sou nada influente naquela vila mixuruca, e honestamente, não sou nada forte. - O cervo-anão questionou irritadissamente.
-Você é a única coisa que pode sequer ameaçar realmente este plano, afinal...- Roca parou os passos e trouxe o rosto de Dante para mais perto com seus dedos o puxando pelo queixo. - Você é o único que sabe da minha identidade como matador e curandeiro, além da existência de Dante, então, isso, por si só, já é uma calamidade. - O lobo albino largou o queixo do outro e voltaram a dança.
-Sei... mas não acham que sou burro o suficiente para ir contra vocês quando tem ao menos um plano para me beneficiar, ou acham?
-Na verdade... Sim. - Dante disse, desdenhoso.
-Você me subestima demais. - Ubi disse de maneira irritada e lenta.
-Temos uma base para tal, creio eu. - Roca disse, lançando um olhar assassino, apesar de manhoso para o cervo. - Mas... digamos que, vamos deixar avisado uma única coisa...
Dante se aproximou com Roca, e baixou-o, fazendo o menino dos olhos diferentes focar no cervo, mas o vendo de ponta cabeça.
-Que não deixaremos pedra sobre pedra se nós impedir. - Roca disse, com mais um sorriso diabólico, e regressando aos braços de Dante. - Se é que me entende. - Roca disse amável e com uma piscadela.
-...já disse que não sou tolo a esse ponto, agora, me liberte, e poderemos regressar a vila. - Disse o veado, levemente amedrontado.
-Se diz. - Dante disse, se desvencilhando de Roca.
Andando lentamente para na direção da cadeira, o pardo cortou as cordas dos pulsos e dos cascos de Ubiratã, libertando o cervo de suas amarras.
-Vocês amarraram bem, devem ser anos de prática. - Ubiratã disse, alfinetando Roca, enquanto se levantava e massageava os pulsos.
-Creio que também. - Roca respondeu leviano enquanto se arrumava. - Agora, toma aqui as suas armas. - Com o dito, Roca pegou três lanças e as jogou para o cervo, que as pegou com destreza.
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Conto de uma história longínqua. (Furry) (Yaoi) (Lemon)
AdventureEm um mundo onde existem animais que podem andar sob duas patas, usar as mãos e mais umas coisinhas (dependendo da espécie, claro), um lobinho-marrom chega a distante ilha de melville, e lá, ele encontra algo que não tinha desde os 5 anos: uma famíl...