Cap 37: Um dia de escravo

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- Acordem, seus imprestáveis!!! - Uma chibatada é direcionada ao chão, fazendo ecoar um grande som estridente pelos corredores de pedra, era impossível permanecer dormindo.

Roca e Daw despertam, Roca em um sobressalto e Daw somente abrindo os olhos lentamente.

- Tem dois minutos!! Venham, sem balela!!! - O cavalo albino de antes estava lá, os esperando com fervor.

Roca trincou os dentes, ficava mal humorado de manhã, ainda mais acordado a força  mas engoliu o ódio e se levantou com dificuldade (por fome, por causa das correntes e claro, por causa do ferimento), se irritando com o tilintir das correntes, tanto dele quanto de Daw enquanto ambos se arrastavam pelos corredores.

Eles voltaram aos campos e lá trabalharam, Roca, quase que de imediato, se arrependeu de não ter comido o urso, o trabalho atiçava seu corpo, consumia energia, energia demais para gordura de menos, então a irritação de Roca se intensificou, cortando o trigo de maneira bárbara (mesmo que aquilo desse pontadas dolorosas no ferimento), muito diferente de Daw, que mantinha a calma enquanto cortava com perfeição.

Chegou em um ponto em que Daw pegou a garra de Roca antes que cortasse mais, usando um movimento fino, que pareceu um acidente, enquanto se aproximava de seu ouvido, em mais um movimento "acidental".

-Está fazendo errado. Se continuar assim, ele vai te chicotear. - O gato diz, calmo, indicando com os olhos a direção do cavalo, que já batia o casco no chão, obviamente irritado. - Se acalme.

Roca rosna de volta. - Não se mete. É problema meu.

- Nosso, você é curandeiro, valioso demais para ser danificado mais do que já está.

-Você não está me tratando como uma ferramenta, está? - Roca pareceu rosnar ainda mais, o tick nos lábios aparecendo, indicando que poderia atacar.

O cavalo pegou o chicote.

Daw suspirou. - Só estou querendo seu bem. Se você mesmo não o quer e deseja a morte, tudo bem. - Ele solta Roca e segue com seu trabalho impecável.

Roca pareceu pasmo com a ação, mas o baque o voltou a razão, o permitindo ver a situação melhor e respirar fundo, quando expirou, voltou ao trabalho.

Durante umas boas horas, Roca e Daw (fora outros escravos que trabalhavam ali) trabalharam, cortando trigo, cortando trigo, cortando trigo e cortando trigo à medida que o sol se arrastava pelo céu.

Quando  finalmente o sol chegou em seu ponto mais alto  e o calor já começava a ser lacerante, o cavalo albino relinchou alto.

-Hora do lanche, seus bastardos!!! - Ele diz, virando o olhar para uma carroça que vinha subindo, jogando sacos para as áreas de trabalho.

Um dos sacos foi jogado aos pés do cavalo albino, que o pegou com desdém e, com ainda mais desdém, jogou o conteúdo do saco para os escravos enquanto recolhia o fruto de seus esforços.

Roca e Daw estavam sentados no chão mesmo, as cestas cheias de trigo estavam diante deles, então o cavalo só os olhou com um certo desgosto e jogou para cada um, uma bola verde pouco menor que a palma da mão de alguém, depois, ele pegou o trigo deles, seguindo adiante.

- Mas o que é isso? - Roca pergunta, olhando a bola verde.

-Uma bola de vegetais. - O gato olhava meio enojado para a bola. - Restos do Senhor...talvez de dias atrás, já que a maioria dos carnívoros não come isso e prefere tentar a sorte na arena. - O gato respirar fundo e mordisca a bola, engolindo um pedaço, parecendo lutar contra cada músculo de sua garganta para engolir aquilo, mas seguiu comendo.

Conto de uma história longínqua. (Furry) (Yaoi) (Lemon)Onde histórias criam vida. Descubra agora