Capítulo 45: Sangue do meu sangue

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Aconteceu rápido demais para a maioria dos olhares detectar, como um tiro de canhão.

Roca estava vivo, e nem ele sabia como, mas seu salvador não veio de fora, e muito menos foi inesperado.

Olhando para o lado, ele viu uma lança fincada ao lado de seu rosto, perigosamente perto de si, agora estava se sentindo melecado, o sangue do lobo semi quadrúpede que ameaçara sua vida agora manchada seus pelos brancos sujos e seu corpo jazia em seu peito, com um enorme buraco aonde antes estava seu olho esquerdo.

-HIPÓCRITA!!!!!!! - Grita o rato, batendo no apoio da arena. - VOCÊ NAO VAI MORRER ANTES DE EU PERMITIR QUE ISSO ACONTEÇA, ENTENDEU, SEU LOBO IMUNDO?!!!!! - O Rato grita a plenos pulmões. - TENTE, E AQUELE GATO DE MERDA VAI TE ENCONTRAR NO PÓS VIDA LOGO DEPOIS!!!!!!!

Roca arregala os olhos, Dan... ...se ele morresse, Dan, que não fizera nada...seria morto? Seu amigo, o único que estendeu a mão para ele, o único com quem dividiu momentos naquele lugar...não...

O lobo, trêmulo, se ergue, seus pelos se arrepiando enquanto focava em seus inimigos.

Ele então, mesmo com as pernas bambas, se forçou a frente,  determinado a lidar com os lobos, um único não se afastou, pelo contrário, arrancou a frente, pulando em Roca.

O lobo bípede atacou o pescoço do semi quadrúpede com as garras, atacando direto a carótida e, aproveitando a energia de movimento, girou o corpo morto do lobo inimigo, o arremessando contra seus outros adversários, fazendo outros dois lobos.

Roca se voltou para o terceiro lobo, que não mais mostrava loucura devorado ou raiva, mas sim puro medo. Ambos os lobos, em seus estados mais selvagens, voltam a antiga língua, cada pequeno gesto soando como mil palavras, mil expressões, as garras de Roca, seu rosnar feroz, seu olhar fixo dizendo em mil línguas de mil jeitos diferentes "eu vou te matar" enquanto o outrora predador quadrúpede, com seu olhar e orelhas baixas e cauda entre as pernas, mostrava pura submissão, implorando ao seu usurpador por piedade.

Não foi concedido, em um breve aproximar, o lobo bípede quebrou o pescoço do seu parente de raça.

Então mais palmas foram ouvidas. - Uhuhu!! Ótimo, abate em vítima rendida!! Esse é um clássico!

Ignorando o rato devido ao ódio, Roca corre contra seus últimos adversários, os dois últimos lobos, que ainda estavam desnorteados pelo golpe do corpo.

Roca pulou no primeiro, enfiando as garras no pescoço do lobo, que não teve nem tempo de gritar. O outro lobo, em puro choque, olhou para o seu igual bípede, ameaçando dar um ganido antes de receber uma mordida no pescoço  dele, arrancando a pele do pescoço dele e o matando.

O rato voltou a bater palmas. - Bravo, bravo!! Verdadeiramente divino!! Bem coisa de carnívoro, matar gente da própria espécie sem o menor remorso!!

Roca, bufando e arfando, olhava para na direção do rato, o focando com seus olhos bicolor furiosos, seu olho azul parecendo não mais o céu de um dia ensolarado e calmo, mas agora parecendo um céu prestes a passar por uma tempestade, enquanto seu olho verde parecendo não mais um grande prado calmo ou uma floresta benévola, mas um grande pântano, que em si esconde as piores das ameaças, ou o verde gosmento do veneno de uma víbora, ácido e mortal.

-Uhuhu, gostei do olhar. Agora, próximo!!

Roca arregala os olhos, e então, um elefante joga mais predadores contra Roca.

Horas e mais horas se passaram, Roca de pouco em pouco, foi minado, suas barreiras mentais lentamente sendo destruídas pelo cansaço, pela fome e por Wei Jin, que sempre fazia seus comentários ininterruptamente.

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⏰ Última atualização: Oct 17 ⏰

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Conto de uma história longínqua. (Furry) (Yaoi) (Lemon)Onde histórias criam vida. Descubra agora