capítulo 44: Desesperos de um escurecido

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Sob a luz da grande estrela mãe, estava Dante. O lobo marrom segurava um basta de madeira, focando em seu oponente, mestre Di.

A raposa por sua vez, parecia bem relaxada, seu bastão sendo segurado com uma leveza de dar inveja, como se estivesse segurando um filhote, ou mesmo algo mais frágil que isso.

Dante então arranca a frente, dando um golpe na direção do mestre, que casualmente desviou o golpe com o seu próprio cajado, não se demorando muito no movimento, o raposo logo revirou, dando um golpe da direita pra esquerda com o cajado.

O lobo, ainda meio desnorteado, perde a base devido a um golpe que recebeu nas pernas e então, já no chão, mestre Di o rendeu, pondo seu cajado contra o rosto do lobo.

-Melhorou bastante nesses últimos tempos, menino. Está bem mais leve. Mas para quem viveu nas ruas, está faltando leveza aqui. - Ele bate na cabeça do lobo. - Já não lhe disse isso, não sei...algumas vezes ao longo desse meio mês, garoto?

-Sim..disse sim, aí... - Dante diz, enquanto massageava a cabeça e era ajudado por Di a se levantar. - Obrigado...

-Hoho, por nada, garoto.

-E aí, Dante? Já sentou a mão nesse véio? - A voz de Ubiratã é ouvida, o cervo anão logo se revela, trazendo uma bandeja cheia de comida para os dois.

-Não...ainda estou longe disso.  - Dante disse, pegando algum dos bolinhos que Ubi trazia.

Di pegou um bolinho, dando um breve olhar para Dante quando ele disse que estava longe de o alcançar.

-Hoho...mas é você, pequeno cervo? Você e o outro precisam de treino também.

Ubiratã se arrepia. - Mais surras?! Ontem não foi o bastante não?!

-Hohoho, nem de longe.

-Huuuuuuuuuu!! Te odeio, seu velho chato!!!

-Hoho, você vai me agradecer depois.

-Eu já agradeço. - Dante diz, sorrindo enquanto comia mais.

Ubiratã fez cara feia e então chutou a canela de Dante.

-Aí!! - ao lobo exclama, segurando o local atingido. - Caramba! Desde que o mestre Di veio, você aquietou ainda mais do que antes! Vai dizer que não?

-Quer que eu dê um chute nas tuas bolas pra tu ver o quanto que eu fico calmo com isso, caralho?!!

-Huhuhuhuhu. - Mestre Di ria enquanto via os dois. - Meninos, chega. Eu vou treinar Piatã e Ubiratã agora, e quanto a você, Dante. Quero que coma e medite bem, acho que não chegaremos em nenhum lugar se não apaziguar totalmente a cabeça. Talvez deva também dar uma pausa nas buscas.

-Mas...a gente enfim está no alcance de informações úteis. Talvez...

-Não, sem "talvez". Medite. Cuide da sua mente, garoto. Ou já se esqueceu do que lhe falei antes?

Dante baixou o olhar. - Tudo bem, mestre.

-Hoho...ótimo. Agora então vou me concentrar em tor COF COF treinar Ubiratã e Piatã

-Eu vi essa tosse falsa aí, hein, velhote!!

-Hohohoho! Não sei do que está falando, jovem. - O raposo sorri, pegando o cajado de Dante e pondo na mão do pequeno cervo, puxando Ubiratã consigo.

-DANTEEEEEEEEEEEE!!!!!! - O cervo grita, se contorcendo enquanto é levado.

Mas o lobo marrom só acenou enquanto via o cervo ser levado.

O lobo respirou fundo, indo mais para longe, ficando a beira de um penhasco e se sentando de pernas cruzadas, respirando fundo enquanto sentia o ar passando por seus pelos, o sol aquecendo seu corpo, a terra sob seus pés.

Conto de uma história longínqua. (Furry) (Yaoi) (Lemon)Onde histórias criam vida. Descubra agora