-Diria que não...ser esquisito. - Roca disse, meio entrecortado, a língua que eles falavam era muito peculiar, Dante o tinha ensinado ela previamente, mas, por ser tão...única, parece que ela grudou na cabeça de Roca.
-Há... olha quem fala, um ser peludo e de quatro patas. Parecido demais com um dingo. - Disse o grosseiro, dando um pulo a frente, erguendo os punhos, como um boxeador. - TÃO primitivo. - Continuou com desdém.
-É um jeito de ser mais eficiente correndo e avançando, não vou negar que é degradante, mas é eficiente, e é isso o que importa. - Dizia rosnando.
-Ao, ele tem argumentos? Que medo. - Dizia ainda em tom debochado, um sorriso se formando em seus lábios.
-Não me subestime. - Roca disse, aumentando o rosnado.
-Nossa, nossa, tenha calma serzinho...só estou dizendo. - Dizia com um sorriso de deboche na cara.
-Sei... - Roca ronronou com o tom ameaçador e desconfiado.
O clima entre os dois indivíduos parecia pesar com tamanha tensão, até que o canguru atacou, dando um soco na direção de Roca, o menino de olhos diferentes desviou para a direita, usando da rotação para jogar o seu pé contra a cabeça do seu oponente, o canguru só se jogou para trás, se apoiando na própria cauda, ele deu um belo chute no peito de Roca, jogando o garoto para o mar.
O lobo, jogado na areia e com certa falta de ar por causa do golpe, começou a tossir, mesmo assim, o canguru se aproximou com muita calma, se sentou sobre a barriga do garoto albino (impedindo ainda mais a respiração do mesmo) e começou a dar socos no lobo, um de cada vez, dando cada um com muita paciência, parecendo se deliciar com cada golpe.
-Ah, vamos, branquinho. - Deu um soco. - Mais resiliência, você estava com TANTA garra. - Deu mais um soco. - Agora, só está assim? - Mais um golpe.- Esse saco de carne e sangue? Que decepção! - Quando ele ia dar mais um golpe, sua mão foi parada por uma outra.
-Não...bate...NELE! - Dante, erguido, dando um soco bem no focinho do canguru, fazendo o mesmo sair de perto e se sentar na areia seca.
Dante olhou para Roca com ternura e piedade, já que parecia semiconsciente, seu nariz sangrando e seu olho roxo. Dante fechou os olhos de Roca, e o deixou descansar na areia e então, olhou para os cangurus e disse com certa rispidez:
-Viemos em paz. - Disse com uma pose ofensiva, se pondo entre o ser saltitante e Roca. - Não desejamos brigar.
- Nao foi o que pareceu. - Disse o canguru com um sorriso, limpando o sangue e se pondo de pé. - Ele me atacou, somente me defendi.
- Mentira, plena mentira, o meu companheiro não atacaria sem motivo.
- Tem certeza?
-Plena!
- Hu...entendo...tem realmente muita confiança nele. - O canguru ergueu os punhos, novamente em posição de boxeador. - Convencer uma mente confiante é quase impossível.
-Ainda bem que sabe disso. - Dante disse, rosnando para o ser agressivo.
-Ta bom, tá bom, já chega. - O canguru que antes se escondia na mata disse, se pondo entre Dante e o outro canguru. Ele se diferia do primeiro por ter marcas brancas de tinta ao longo do corpo, grandes linhas que marcavam seu tórax e rosto. - Bearchan, chega.
-Ah...por que, Dainan?
- Está os provocando, assim fica difícil te defender.
-Ahh...chato. - Disse cruzando os braços.
- Sim, sou mesmo. - Disse com orgulho e se virando para Dante. - Prazer, dingo, sou Dainan, e, como vê, sou do povo canguru. Me desculpa o Bearchan, ele é muito agressivo e ama lutas, desculpe-o, por favor.
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Conto de uma história longínqua. (Furry) (Yaoi) (Lemon)
PertualanganEm um mundo onde existem animais que podem andar sob duas patas, usar as mãos e mais umas coisinhas (dependendo da espécie, claro), um lobinho-marrom chega a distante ilha de melville, e lá, ele encontra algo que não tinha desde os 5 anos: uma famíl...