Conto de uma história longínqua. (Furry) (Yaoi) (Lemon)

Cap24: Adeus aos fofinhos.

Bem, depois de um tempo ter se passado (uns 4 meses especificando), nos encontramos em uma das inúmeras partes daquele enorme conjunto de túneis, Roca se encontrava em posição de batalha, os dentes a mostra e as mãos em contato com o chão, o foco total de nosso lobinho albino era ninguém mais, ninguém menos que Sinchi, o irmão de Pachacuti, o garoto não parecia amedrontado como no primeiro encontro com o lobo, mas sim, parecia voraz, seus olhos vermelhos focados emitindo uma luz vermelha extremamente bela, sua faca de pedra estava a frente do corpo, firme em sua posição a frente do rosto.

Os dois combatentes giravam como se fossem planetas orbitando uma estrela, a tensão servindo como um tipo de manta de ferro para testar a paciência de ambos, além de determinar quem atacaria primeiro.

Como esperado, o garotinho coelho foi quem perdeu a paciência primeiro, as pernas fortes de coelho se flexionaram e ele se impulsionou para frente em um salto, a faca indo em diagonal, direita para a esquerda, provavelmente cortaria fora um pedaço da cabeça de nosso lobo... isso se não fossem os instintos dele, claro.

Assim que aconteceu o salto, as orelhas de Roca se elevaram e o menino se esquivou indo para trás, sentindo o vento beijar a sua face, ele se apoiou no chão e jogou seus pés para cima, chutando a face do coelho, que com uma cambalhota e outro pulo, se afastou rapidamente, limpando um pouco de saliva da boca, ele sorriu e se agachou, assim, começando a dar saltos em zigue-zague.

Roca acompanhou os movimentos com os olhos, mas foi surpreendido por uma derrapada do coelho, esta que ergueu uma cortina de poeira, retirando de Roca, o sentido da visão, algo que deu confiança ao coelho, que executou uma estocada com sua lâmina, o ataque, porém, foi frustrado pela habilidade de Roca, que desviou, pegou o braço que empunhava a arma e o usou de alavanca, para girar todo o corpo de Sinchi e o arremessar contra a parede.

O garoto-coelho parou pouco antes de colidir com a parede, mas já arfava pelo esforço, Roca também respirava mais rápido enquanto limpava um de seus olhos, a orbe verde se abriu e Roca sorriu para seu oponente.

-Golpe sujo hein, coelhinho, aprendeu com quem? - Roca questionou sarcástico na língua dos coelhos.

-Com você mesmo, lobo. - O coelho disse com orgulho, se pondo de joelhos e colocando a faca em frente a face. - Está orgulhoso?

-Claro, você evoluiu bastante nesse meio tempo em que estivemos aqui, meu pequeno e primeiro pupilo merece aplausos.

-Obrigado, Qhapaq. - O coelho disse com um semblante alegre. - Agora, vamos acabar com isso, mestre?

-Claro. - Roca disse, enfim tendo limpado os seus olhos e sorrindo de maneira extremamente extasiada.

O coelho, reagindo a permissão, deu um pulo leve para trás e, apoiado na parede, deu um salto, rotacionando no ar, ele desceu sua faca contra a cabeça de Roca, com a clara intenção de fincar a faca em seu crânio.

Porém Roca foi mais rápido, desviando para a esquerda, o movimento fez o coelho sorrir, fazendo nosso lobo albino perceber que a faca tinha mudado seu rumo, vindo na direção de seu pescoço.

O movimento sorrateiro, apesar de ter despertado um sorriso de vitória nos lábios de Sinchi, fez o mesmo perceber que Roca também tinha um sorriso em seus lábios.

O lobo branco, como se fosse uma cobra, jogou suas pernas para cima, envolvendo o braço estendido do garoto coelho, ele rotacionou e fez ambos colidirem com o chão, mas Sinchi recebeu todo o impacto, fazendo o mesmo bufar, soltando ar de maneira violenta.

-Desiste. - Roca falou imperativo.

-NÃO!! - O coelho falou com raiva.

Roca, com a resposta, virou o braço do garoto, desencadeando uma onda de dor e gritos de dor, além do leve som da faca sendo solta, cuja a mesma, foi pega com muita fluidez pelo menino de olhos diferentes, que a apontou para a nuca do coelho.